SEU FULANO
(Osmar Proença/André Teixeira)
Seu Fulano,capataz
Do Descanso até o Pavão
Da invernada do Alto Grande
Ao rodeio do Albardão
Da bota de meio-pé
Prima-irmã do pé no chão
Que saía cutucando
Assoprando um redomão
Gauchão daquela escola
Da bombacha de dois panos
Ensinava o que aprendeu
Na cartilha dos vaqueanos
Quarteador na redondeza
Pra os amigos: o Paisano
Na estampa "acriollada"
Do ancestral castelhano
Seu Fulano, rumbeador
No ofício de cuidar gado
Do costilhar da coxilha
Ao coração do banhado
Pra Invernia o bichará
No verão arremangado
Encargos de coronel
Na humildade de soldado
Que fez do galpão da estância
Um fortin pra seus aliados
Ninguém se faz capataz
Sem a demão da peonada
Sem perfil de homem campeiro
Quem só é na pataquada
Sem a proteção Divina
Do oratório da morada
E a confiança do patrão
Que a estância vai bem cuidada
Ademais, tiro o chapéu
Pra esses mestres dos arreios
Que tocam essas estâncias
Seus rebanhos e rodeios
Que soltam coplas ao vento
Da orquestra de espora e freio
E pagam suas promessas
Pra o "Guri" do Pastoreio.
16 окт 2024