Atlântico - arranjo e composição de Ricardo dos Santos.
Gravação inédita com Edison Machado & Boa Nova que foi realizada em New York entre janeiro e março de 1978 - a última gravação do Edison Machado. (Cópia original gentilmente cedida por Steve Sacks).
BOA NOVA
Edison Machado foi convidado pelo baterista Luiz Chuim de Siqueira para dar seguimento ao grupo em Nova York no final de 1977. Em 1976 Boa Nova fez 21 shows na Dinamarca com Chuim na bateria, produzido pelo pianista Jesper Hedegaard.
Músicos:
Paulinho Trompete - flugelhorn, trompete
Steve Sacks - sax alto
Ion Muniz - tenor
Mozar Terra - piano
Ricardo dos Santos - contrabaixo
Edison Machado - bateria
Músicas gravadas em Nova York 1978:
1. Atlântico (Ricardo Santos)
2. Porto Feliz ( Mozar Terra)
3. Naquela Base (Guilherme Vergueiro)
4. Janeiro (Ion Muniz)
5. Clods (Alfredo Nascimento)
6. Serena (Steve Sacks)
7. A chegada (Dom Salvador)
8. Ascensão (Mozar Terra)
9. Para Ana (Ricardo dos Santos)
10. Pra Nova (Aloisio Aguiar)
11. Constelação (Alfredo Cardim)
EDISON MACHADO 1934 -1990 foi um baterista muito importante que desenvolveu e registrou uma nova concepção do Samba e isso pode ser ouvido a partir dos discos com a Turma da Gafieira em 1956/57. Isso abriu um caminho por onde os bateristas passaram a percorrer e que trouxe outras possibilidades sonoras para o Samba, e como resultado continua influenciando os músicos em todo mundo.
Edison Machado demonstrou sua inventividade, suingue e técnica em importantes álbuns como; Samba Novo - 1963 (CBS), Bossa Três - 1963 (Elenco), Rio 65 Trio - 1965 (Phillips), A Hora e a Vez da MPM - 1966 (Phillips), Obras - 1970 (Stylo) ao lado de músicos como Dom Salvador (p), Luiz Carlos Vinhas (p), Tião Neto (b), Sergio Barroso (b). Participou na gravação do LP The Composer Of Desafinado Plays, com Antônio Carlos Jobim, que ganhou um Grammy. Também participou no LP Sergio Mendes & Sexteto Bossa Rio, Você Ainda Não Viu Nada, assim como no LP O Som, J.T. Meirelles e Os Copa 5.
"Acredito que Edison dos Santos Machado, descendente de Estácio de Sá, merece uma estátua em algum belo ponto da cidade do Rio de Janeiro. Uma das razões: Nas noites cariocas entre 63 e 67, só existia Samba quando Edison estava na cidade por que quando ele saía para alguma turnê no exterior, só dava "funky", "jazz", entre a "elite" dos músicos e artistas. De repente Edison estava de volta! Graças a Deus! O Samba existe! O Brasil e o Mundo existem e a vida se tornava mais bela e excitante. Mais Carioca! Este é meu testemunho!" Ricardo dos Santos - baixista.
Texto editado por Jesper Hedegaard, pianista e produtor e Luiz Chuim de Siqueira, baterista, professor e pesquisador.
13 окт 2024