BNCC e o ciclo para a ALFABETIZAÇÃO 

Bom saber!

Agradeço a sugestão! Colocarei na lista.

Muito bom seu comentário, Érica! Muitos professores subestimam a capacidade dos alunos e este é o maior mal que temos na área da educação. É preciso incentivar e não limitar nossos alunos. Amei sua fala.

Olá, Gisele! Como expliquei, depende muito da experiência pessoal para a pessoa concordar ou não com o que se faz na alfabetização ( idade é um dos itens ). Como fui alfabetizada com 4 anos e meu filho com 5, além de já ter trabalhado com primeiros anos de 5 anos, sem problemas e até com bastante sucesso, como expliquei na dúvida da seguidora Suelen nos comentários deste vídeo, para mim é totalmente normal. Claro que respeito a opinião das outras pessoas, pois é algo muito mais complexo discordar ou concordar com algo que se acredita ou não. Realmente tem diferença na alfabetização, mas na parte neurológica, o aluno pode ter um excelente aproveitamento na alfabetização com cinco anos. Certamente é preciso modificar as estratégias, mas o resultado pode sim ser alcançado! Sou prova viva disso, se não tivesse alfabetizado crianças com 5 anos, em meus 24 anos de magistério, não emitiria minha experiência, pois acredito que só podemos falar de coisas que vivenciamos. Sou meio contra "teóricos", pois acho que não podemos falar de algo que não vivemos. Não é, contudo, meu caso. Como você foi alfabetizada com sete anos, natural ser contra a redução da idade e não há nada de errado com a opinião, mas não podemos deixar o achismo e opiniões/experiências pessoais terem um efeito negativo, tentando mudar algo que não será mudado agora, uma vez que irá prejudicar quem está diretamente envolvido. Se é assim, nossa tarefa é encontrar alternativas para um bom trabalho. Vê como é muito da perspectiva pessoal? A diferença é grande, mas os resultados podem ser surpreendentes quando nos abrimos a novas possibilidades.

Olá, Giane! Cada pessoa tem sua própria impressão sobre a alfabetização, de acordo com as experiências. As comparações que faço entre países são atuais. Posso lhe indicar vídeos, artigos e até mesmo as bases curriculares caso se interesse também pelo assunto. Tenho contatos também de profissionais da fase de alfabetização de outros países e até mesmo um grupo de estudos que fazemos com uma pessoa de cada país. Importante ressaltar que algumas diferenças são devido à natureza da formação da língua. Nos encontramos poucas vezes por ano, mas faz grande diferença na dimensão de alfabetização que temos. Em breve vou lançar um livro que estou escrevendo sobre a fase de alfabetização que não apenas explica, mas também justifica o motivo de fazermos o máximo que pudermos para que o aluno de sete anos ( no máximo ) esteja na fase A2 da hipótese alfabética. Fico contente que goste das explicações, por isso já indico que acompanhe sempre os vídeos e redes sociais, para poder saber quando o livro será lançado. Espero que goste do conteúdo.

Com certeza, Débora! Estou estudando a parte do Infantil para fazer, em breve, um vídeo sobre o assunto. Estou "cavando" ali o que podemos fazer para interpretar, traduzindo para a PRÁTICA, que é o que precisamos, direcionando a proposta da BNCC para uma base bem sólida, pois é essencial que tenhamos um olhar crítico e sério sobre essa fase de ensino também! Muito bem colocado o seu comentário. Agradeço muito sua participação.

janaina spolidorio Agradeço, Janaína! Vou aguardar ansiosamente o seu vídeo sobre o Infantil! Os seus conhecimentos tem me ajudado muito na prática da sala de aula! Parabéns pelo seu trabalho e obrigada por compartilhar a sua experiência e pesquisa.

Olá, Carolina! Estou preparando mais deles! Em breve, novos vídeos com o tema.

Com certeza é possível no primeiro ano! Concordo também com o estímulo anterior que você menciona. A questão do tempo foi modificada e possivelmente será novamente. A comprovação está na notícia dada ontem e que você pode verificar no link agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2019-04/mec-prepara-material-para-explicar-nova-politica-de-alfabetizacao . Sempre defendi que sejam alfabetizadas no primeiro ano, porque depois disso as crianças começam a sofrer com autoestima baixa, entre outros fatores. Independentemente do que me falavam, sempre alfabetizei no primeiro ano. O vídeo assistido foi gravado no ano passado, então algumas informações sofrem modificação em relação ao que foi falado. O fator data do vídeo/ data em que foi assistido deve pesar no momento de avaliar as informações, mas finalmente, no momento deste comentário ( fator data do comentário X data das mudanças de determinações do governo ), percebeu-se que é preciso fazer maiores esforços para a alfabetização no primeiro ano. A questão é como fazer, com tantas escolas de infantil interpretando a BNCC referente à fase de infantil como totalmente lúdica, e inclusive tirando vários recursos alfabetizadores da aula, retirando mesas de tarefa, proibindo o uso de atividades, entre outros absurdos que têm sido relatados. Certamente irá causar outro turbilhão na educação do país.

Olá, Suelen! Há exatos 18 anos essa mesma pergunta me persegue, de formas diferentes, mas acontece...rsrsrs... Ia até falar dela no vídeo, trazendo um histórico sobre o assunto, mas além do vídeo ficar longo, julguei que não teria a necessidade, mas posso até fazer um especial, qualquer dia, pois pelo jeito ainda há dúvidas sobre a mudança. Como eu mencionei no vídeo, fui alfabetizada antes do primeiro ano. Com quatro anos eu já lia e escrevia e o meu filho, Artur, com 5 anos também já estava alfabetizado, antes ainda de entrar no primeiro ano ( estava em julho do ano anterior ). Como expliquei no vídeo, nossas experiências dizem muito, então como eu fui alfabetizada antes, nunca subestimei a capacidade dos alunos, mesmo os pouco estimulados antes do primeiro ano ( pois sabemos que o infantil é essencial para que a alfabetização ocorra o mais cedo possível ) podem sim ser alfabetizados um pouquinho antes do que antes era considerado o primeiro ano. Além de ter essa experiência pessoal, tenho a profissional no assunto. Adivinha só a quem eram atribuídas as primeiras classes de primeiro ano com 5 anos em minhas escolas? Para mim, óbvio! Por quê? Não me importo com qual idade terei que alfabetizar as crianças ( desde que estejam em fase de alfabetização, claro - entre 4 e 6 anos, no meu ponto de vista ). Em 1999, nosso município resolveu fazer uma experiência para diminuir a idade do primeiro ano. Antes dessa data era 7 anos, a partir de então seria 6 anos e essa turma, mais jovem, permaneceria em prédios da Educação Infantil. Acho que fui a primeira da fila a me candidatar à experiência. Sempre achei tarde, desde que me formei em magistério, uma criança entrar no primeiro ano com 7 anos. Era meu "sonho de consumo" na profissão. Entrei com tudo! Meu problema? Nunca foram as crianças, mas sim os pais, que preconceituosos em relação à idade e subestimando a capacidade de seus filhos, atrapalhavam bastante meu trabalho. Por mais que eu lhes falasse que era normal, que estava tudo bem e que os filhos iriam ser alfabetizados naquele ano, eles além de não acreditarem, ainda muitos não queriam que os filhos fossem alfabetizados. Certamente que dei uma virada de 360 graus na opinião deles com uma estratégia que impressionou tanto a diretora, que virou tema de um evento do município ( mas isso é outra história ). Fim do ano quase todos alfabéticos ( era meu começo de carreira, então ainda não alfabetizava a sala inteira, como da metade para cá eu fazia ) e apenas 3 silábico-alfabéticos Daí você pode me perguntar: mas eles não tinham 5 anos, tinham 6. Minha pergunta é de 6, você não tem uma opinião a respeito? Pois é, a questão é que achei o histórico importante, porque no meu ponto de vista o que importa não é a idade ( dentro do possível , torno a repetir ) e sim o comprometimento do professor a pré-disposição dos alunos e a boa aceitação dos pais em relação ao professor. Tive sim classe de 5 anos. Vamos a esta parte! Em 2010/11, meu município mudou novamente a idade de primeiro ano de 6 para 5 anos. Na escola teria apenas uma classe, experimental. Adivinha quem ficou com ela, porque não tinha preconceito de idades na aprendizagem da fase de alfabetização? Eu, claro! A diretora me conhecia há alguns anos, sempre me dava primeiro ano e sabia que eu era perfeita para a "vaga", porque eu não julgaria os alunos por idade e estimularia ao máximo o conhecimento deles. Éramos minha turma, de 5 anos e mais duas de 6 anos no mesmo turno. O currículo era o mesmo, mas minha turma tinha mais momentos lúdicos. O curioso, desta turma, é que uma das mães de aluno era professora e ela era contra a mudança de idade. Imagine só o quanto ela me deu trabalho na primeira reunião de pais! Bem, fato é que eu já tinha experiência anterior com a resistência dos pais e isso não me atrasou neste ano. Finalizei com a classe já produzindo textos, fazendo operações matemáticas de adição e subtração, incluindo casos de reserva e reagrupamento e já resolvendo multiplicação básica - os mesmíssimos conteúdos que acho que o aluno deve ter no primeiro ano. Fala-se em aprendizagem básica, então não me prendo, enquanto o aluno está aprendendo, continuo ensinando. Sempre sofri, pessoalmente, muitíssimo com o professor querer que o aluno fique "preso" aos outros que têm maior dificuldade, então nunca pratiquei o "básico". Minha opinião final sobre a mudança de idade, como fala de quem passou por isso e pode sim falar, porque já fez a diferença na mudança: acho normal e se é uma determinação deve ser seguida. Acho até que o atraso pode ser prejudicial às crianças. Imagino até que mencionou porque falei dos 2 anos da alfabetização e talvez fosse essa uma justificativa para permanecer três... uma possibilidade... mas não é o caso. Acho ainda que o coordenador ou diretor deve ter precauções para não colocar professores que são contra a idade de 5 anos no primeiro ano para lecionar. Devem sempre escolher quem se compromete e acha boa a mudança. Os alunos hoje não sabem mexer em aparelhos ( muito jovens, por sinal... já vi criança de 3 anos digitando no google para achar site de jogo e nem era alfabetizada... foi no mercado ) e há ainda aqueles que até buscas fazem, sem serem alfabetizados? Por que eles podem aprender isso tão bem e devemos limitar algo tão mais importante como a alfabetização, que irá proporcionar melhor qualidade de aprendizagem ao aluno? Não tem sentido, certo! Devemos é ver além da idade e começar a enxergar capacidades.

Sim, quem leciona no segundo ano sabe o quanto é difícil recuperar os alunos que não estão ainda alfabetizados. Dar o conteúdo e tratar de alfabetizar no segundo ano quase sempre altera a qualidade da aula e mexe demais com a autoestima dos alunos.

Olá, Neire. Certamente é um retrocesso e posso garantir que os alunos vão apresentar defasagem, mas não na letra, mas nas estratégias de leitura e interpretação. Tenho um vídeo chamado " A cursiva como aliada da alfabetização", que a pessoa que decidiu não usar a letra cursiva no primeiro ano deveria assistir. Muitas vezes não é culpa de quem "decreta", muitas vezes essa pessoa não tem os conhecimentos suficientes para entender o que fez. O link é ru-vid.com/video/%D0%B2%D0%B8%D0%B4%D0%B5%D0%BE-3z2VDCli5cI.html

Concordo parcialmente, porque toda minha experiência de alfabetização foi construída em escola pública, incluindo aula dada em contêiner, classes lotadas e falta de recursos. Super entendo que há situações em que as pessoas têm dificuldade de articular porque problemas superam soluções, por isso o parcial... muito válida sua contribuição, com certeza há colegas que concordam ou se sentem desta forma.

Sim, Fernanda! Discutir tempo é irrelevante. Se é preciso fazer, devemos fazer o possível para poder cumprir nossas tarefas da melhor maneira possível e contribuindo para a aprendizagem.

janaina spolidorio Eu sempre pensei dessa forma e sofro muito nas escolas onde atuo pq parece uma "afronta" aos colegas que pensam que primeiro é extensão da educação infantil ou uma preparação para o ensino fundamental! Obrigada pelo vídeo!

Olá, Carla. Concordo com você em relação à BNCC ser fantasiosa. Ocorre, contudo, que é um documento oficial e nacional. É fato comprovado historicamente que conseguimos nos impor sobre o outro ( neste caso, sobre a BNCC) somente quando conhecemos o oponente nos mínimos detalhes. Reclamar não adianta se não tivermos profissionais capacitados, que conheçam intimamente a BNCC e consigam, estrategicamente, “virar o jogo”, ou seja, utilizar o documento de um jeito que, além de ser uma interpretação a nosso favor, ainda deixe em evidência as falhas do documento.

Boa noite! É exatamente sobre isso que estava falando. Infelizmente temos em todas as áreas profissionais que não se esforçam para oferecer o melhor. Com o "alargamento" dos anos de alfabetização, muitos professores acabam se acomodando e deixando a função de alfabetizar para o próximo ano, sem se importar com as pessoas envolvidas na vida da criança. Não posso julgar a professora, pois não vi o trabalho dela e seria injusto, mas se ela teve a fala que você mencionou, de dizer que "já vieram assim do infantil e que primeiro ano não tem obrigação de alfabetizar", já perdeu vários pontinhos no meu conceito...rsrsrs... Sei, contudo, que professores assim são reais, eles existem! Provável que ela não tenha se colocado no lugar dos envolvidos. Será que se fosse filho dela, ela aceitaria que fosse alfabetizado somente tardiamente? Será que se ela fosse um aluno, se sentiria bem consigo mesma depois de tê-la como professora? Garanto que quando ela quer algo, prefere que seja bem atendida e que façam da forma que deseja. Pois bem, também atendemos... e atendemos crianças. Nossa responsabilidade é fazer o trabalho da melhor forma possível. Nada de esquivar ou passar para o próximo. Temos que buscar cada vez mais profissionais competentes e preocupados. O problema é que nos documentos, são contempladas as aprendizagens essenciais, então muitos professores se limitam a elas, como ocorreu com sua turma. Para avançar com um curto prazo, será preciso ou criar sistemas de tutoria entre os alunos, em duplas produtivas - acho que falei disso em outro vídeo, mas não lembro agora qual... são muitos ... - e também estabelecer um sistema de reconhecimento de letras e sons intensivo, com reforço por consciência fonológica. É o que eu faria! Tenho alguns vídeos com dicas de alfabetização que podem ajudar, como o de silábico e o de pré-silábico. Não fique se "remoendo" por trabalho mal feito de outro professor! O jeito vai ser arregaçar as mangas e se dedicar. Os pais das crianças, dependendo da comunidade, podem ser grandes aliados seus e espero que a coordenadora seja compreensiva com a situação - pelo menos ela parece ser - e lhe apoie para poder fazer deste um ano de aprendizagens muito significativas. Desejo-lhe sucesso com a turma!

Obrigada Janaína vou assistir os vídeos e visitar seu site. Beijo.

Bem, este é o perigo do "achismo" que tanto combato em meus artigos e vídeos. Achar sem fundamentar com fatos leva às mais diversas consequências.

Certamente há uma série de fatores que podem influenciar o processo de aprendizagem e muitos fogem do alcance do professor, mas devemos trabalhar para que o objetivo de alfabetização seja cumprido, independentemente de fatores externos. Se pensarmos muito nos fatores externos, que fogem de nosso alcance, estaremos já colocando obstáculos para nosso trabalho, mesmo que inconscientemente... Compreendo que há questões até biológicas que o aluno possa ter que atrasem sua alfabetização, ou fatores relacionados ao emocional ou à família ou uma dezena de outros, mas como profissional da alfabetização por tantos e tantos anos, aprendi que meu enfoque deve ser nos sinais que o aluno permite que eu veja para que eu possa, da melhor forma possível, ajudá-lo a notar que consegue, assim como os outros, ter sucesso na aprendizagem e que será sim alfabetizado. O estímulo é algo poderoso nesta fase! O avanço que conseguirmos que o aluno tenha, mesmo que para nós pareça mínimo (dependendo do caso ), irá contribuir com o processo de alfabetização. Achei super interessante seu comentário e agradeço muito que o tenha colocado, pois me indicou que posso fazer um vídeo sobre o assunto, desmistificando algumas situações que geralmente os professores têm dúvida ou que podem pensar que sejam obstáculos à alfabetização.

Acredito que será necessário ser alfabetizado no 1 ano, se o professor usar diversas estratégias de alfabetização, com certeza o professor terá sucesso com a turma.