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Eu tenho um checklist do amor e já fui criticada por isso. Acredito que no amor, ter afinidades é fundamental. E sim, deve haver combinados de ambos para que a relação flua. Até onde o outro é capaz de se esforçar para fazer o outro feliz.
Realmente um checklist não dá conta do inconsciente e a vida e a clínica nos prova isso a cada dia. Uma série interessante para acompanharmos isso de perto é a Soulmates (Almas Gêmeas) na Prime Vídeo, onde no futuro, uma empresa desenvolveu um teste capaz de determinar a pessoa que você está destinada a amar com 100% de certeza. A série coloca em discussão se o amor é destino ou uma escolha, e cada episódio acompanha uma pessoa em busca do amor e as consequências do teste em sua vida. Fica a dica.
Muito interessante a chamada para pensar sobre esse check list. Eu tô rindo aqui, pq já usei alguns canais de encontros amorosos antes mesmo de existirem os aplicativos como se configuram hoje. Era site ainda mas, independente disso, conheci cada bomba, que geraram histórias icônicas e sobretudo aumentaram os itens do meu check list (principalmente o que não quero repetir kkkk), a ponto de tomar pavor desses canais e aplicativos. Hoje eu não consigo nem me imaginar usando essas ferramentas algoritmicas... resolvi apostar no acaso do encontro presencial, na fila do cinema, no burburinho do show por exemplo... o que não livra da questão, mas é menos mecânica, mas o trabalho de amor se implica de modo mais real! Gostei muito do vídeo, quero mais edições!! Hahaha
Adorei esse relato!! rs... abrir-se pro acaso e dá-lhe trabalho de amor!! rs... Já ouvi várias vezes sobre esse algoritmo traumático!! rs... Falta muito ainda pra IA produzir um "brilho no nariz" sem danos... hahaha
"A televisão matou a janela" - Nelson Rodrigues. Se estivesse vivo, completaria: "E os aplicativos, as mentiras decentes. Não se fazem canalhas como antigamente". Mas o poeta que melhor descreveu os aplicativos foi o Drummond, ainda naquela época: "Hoje beija. Amanhã não beija. Depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém sabe o que será". Minha avó sempre dizia, antes de a internet existir: "Quem escolhe muito, acaba sendo escolhido". Aplicativo é como roleta-russa reversa. Nunca se sabe aonde a bala não está. Mata a poesia da espera, o romance inocente, o mistério do encontro e a certeza que fica, quando tudo mais se esvai. Não acredito na racionalidade dos check-lists, embora eles evitem destinos atrozes. "O amor e a sorte são para os que estão distraídos" - Simone Lispector. Sou pessimista não. Uma realista conformada - com a literatura! ❤ Longe de ser pessimista,
Excelente vídeo professor! Escuto muito na clínica sobre uma espécie de preguiça que os pacientes relatam em conhecer alguém, ter que passar tudo de novo, ter que ver se o sujeito vai estar de acordo com essa ideia do checklist.
Excelente vídeo Fábio! 👏 Fiquei pensando aqui sobre o checklist com relação às amizades 💞, sabe? Acho que é bem interessante também... seguiria meio que a mesma lógica, não acha ?
Sem dúvida, Lili!! O amor em seus amplos matizes! A amizade, aliás, como paradigma do amor: estar junto porque é bom brincar junto. Penso nessa direção... (E que alegria ter vc como amiga e ainda aqui no canal também!)
Olá Fábio. É pleonasmo dizer que este vídeo também é maravilhoso! Tenho "estudado" por muitos dos seus vídeos. Mas tenho uma dúvida recorrente quando o assunto chega na sexualidade infantil. Você diz no final deste vídeo sobre isto....gostaria muito que você fizesse um vídeo abrindo esta questão: ..."Vai mobilizar as minhas fantasias ligadas a sexualidade infantil que eu não controlo, que eu só vou saber muito depois que ela me controlou, me dominou me fez fazer coisas, que se eu estiver apto e tranquilo e ter a coragem de analisar e pensar eu posso incluí-las nessa minha checklist".
Já está sendo de grande valia para pensar as dinâmicas das relações na clínica. Entendi que as suas reflexões estão muito atreladas as suas vivencias, mas ainda assim você teria alguma recomendação de leitura sobre o tema?
Olá, João! Sim, no meu texto "sobre o amor" tem mais referências: fabiobelo.com.br/2023/08/15/sobre-o-amor-e-outros-ensaios-de-psicanalise-e-pragmatismo/
Acho que a bússola aqui é sempre o corpo. Ainda tem prazer em brincar junto? Ainda tem alegria de dar o seu melhor para o outro? Ainda tem reconhecimento mútuo? O outro se esforça para dar o seu melhor para mim? Há trabalho de amor, efetivamente, isto é, brincar de maneira tranquila, juntos? São esses os sinais. Se isso vai ficando ausente, qual o sentido de manter a relação?
@@fabiobelo não tinha pensado nessa perspectiva, do corpo, por óbvia que fosse, mas, concordo plenamente! Obrigado pela atenção e por partilhar de sua sabedoria, professor