Excelente video! Bastante lúcido, razoável e pedagógico. Achei bastante interessante a parte sobre os "gatekeepers" da mídia tradicional. De certa forma, é algo bastante semelhante que ocorre nos patidos políticos para procurarem evitar que malucos concorram a eleições majoritárias. Infelizmente, temos presenciado que até mesmo esse papel deixou de ser exercido em alguns partidos, tanto no Brasil como no mundo afora.
Pedro, mais um ótimo e importante vídeo. Este tipo de regulação é o que precisa ser discutido na prática mesmo e não os discursos que vemos de um lado ou outro que pouco tem a ver com isso na prática (“liberdade de expressão coibida” x “regular o discurso de ódio”). Eu não acesso outras plataformas mas vejo diariamente o X - eu sou fanático por NFL (futebol americano) e NHL (hóquei) além de seguir notícias políticas - e não recebo este tipo de conteúdo “radicalizado” pq há maneiras de se contornar o algoritmo. Por exemplo, coloco (tem nas configurações) para ser notificado apenas sobre posts das pessoas q eu seleciono e por ordem cronológica, assim não perco nenhuma postagem dos que sigo e também fica em ordem cronológica. Ou seja, desta forma, apenas se a pessoa realmente quiser seguir neste caminho ela será, já que a plataforma não oferece nem seleciona o que você verá ou não. Talvez maior divulgação destas possibilidade ajude até atingirmos uma boa regulação. (E parabéns pela contratação do Wilson Gomes. É um dos que sigo e admiro, além dos já presentes no Meio)
Pedro, muito didática e também completa a sua exposiçã. E por isso brilhante. Um problema: a conclusão de toda ela (a exposição) ficou em suspenso. Vamos à ela ? Só há uma.... Redes sem algoritmos. Inescapável. Né ? ❤
Sim. Façamos um experimento e no seu condomínio não demarque as vagas de garagem. Deixem a população chegar em consenso e uma hora deve chegar. Essa ideia de liberdade normalmente vêm para quem não vê uma ideia que leva a sua extinção sendo debatida. E a definição de mercado de ideias é preciso e só nisso já temos o princípio sabotado. Não é por validade de argumento, é por poder dentro desse mercado. Sinto, mas não consigo acreditar nisso e vejo com muita, mas muita preocupação, por exemplo, se permitir partido nazista na Alemanha e depois lamentar que extermínio de povos esteja em voga. Faça o teste: pegue uma ideia que significa a sua morte e veja se fica confortável com seu debate, especialista e mídia dizendo que "vale a pena escutar o outro lado".
o problema é que a esquerda enxerga literalmente tudo como ameaça à sua existência. não a toa chama tudo e todos de nazistas e fascistas, mesmo em questões 'frias' como salário mínimo, regras para transição de gênero, regulação/criminaização de drogas, etc. eu já diria o contrário: que uma doutrina e pessoas que enxergam ameaça existencial a tudo é que não deveriam viver em sociedade nem ter espaço nas disputas politicas, pois tornam qualquer convivência impossível tamanha esquizofrenia.
Quando o papinho era "como regular a mídia", eu respondia que, na minha casa, eu costumava usava o controle remoto. Como eu sou coerente, além de ser liberal quando é necessário ser liberal, me mantenho convicto das minhas inclinações democráticas. Considerando que ainda não inventaram um algorítimo que controle meus movimentos e me obrigue a clicar e assistir um conteúdo lixo, e isso é o que mais existe nas plataformas digitais, eu continuo na minha saga de agente regulador de conteúdo, agora digital, exercendo plenamente minha individualidade e minha liberdade. Ao falar em liberdade, lembrei de outro aspecto muito importante em qualquer debate social, que é a responsabilidade. Portanto, também regulo o conteúdo que pode ser apresentado à minha família. Então, é assim que funciona aqui em casa. Por mais que os algorítmos (não apenas eles...) tentem me empurrar lixo, eu sempre consigo garimpar conteúdos de muita qualidade nas plataformas digitais, evidentemente depois de um certo trabalho de depuração com muito senso crítico. O detalhe é que essa curadoria de conteúdo que todos nós podemos fazer atualmente era algo praticamente impossível há alguns anos atrás, seja em relação ao conteúdo do jornalismo impresso ou à programação dos canais de TV, por exemplo, já que o controle dos meios de comunicação tradicionais no Brasil sempre esteve nas mãos de poucos. Mas, nem por isso eu caia naquele papinho de regulação da mídia, assim como agora bocejo para esse papinho de regulação das redes. Aliás, alguém sabe qual era a opinião do Doria e de outros jornalistas que hoje defendem a regulação das redes sociais quando o assunto era regulação da mídia?
Mesmo que você fosse esse alecrim dourado todo (o que obviamente não é, nenhum usuário é inalcançável), o fato de milhões de pessoas ao seu redor estarem sendo diuturnamente segmentados, isolados e radicalizados pode tornar insuportável a vida no seu castelo cor-de-rosa.
Menos... não precisa de todo esse drama. Basta ter um pouco de senso crítico para avaliar se um conteúdo é bom ou ruim. Todos estamos suscetíveis à ação dos algorítimos, ninguém é inalcançável. Mas, não é porque alguém te oferece uma porcaria, ainda que a embalagem seja bonitinha, que você é obrigado a se alimentar daquilo.
Eu trabalhei na plataforma de teste A/B para anúncios da Meta e posso dizer que não existe nenhum objetivo em categorizar pessoas. Nos dias de hoje os anúncios são personalizados. O algoritmo escolhe o que mostrar baseado no que você tem mais propensão para converter. A plataforma também tem grande interesse que você tenha uma boa experiência ao usá-la, porque assim passa mais tempo nela e ela ganha mais dinheiro. É tão simples quanto isso. Acho que a melhor solução para regular o algoritmo era alguém surgir com uma nova rede com um algoritmo alternativo. Qual seria seu algoritmo perfeito, Pedro?
O lucro da plataforma não deve impor óbice ao interesse público. Se minha empresa de produzir calha, por exemplo, e gerar externalidades negativas, ela vai ser enquadrada rapidamente. Não é porque essas empresas são grandes que a lei não se aplica. Eu entendo que o algoritmo, regulado ou não, não tem como intuito o interesse público, ainda sim, por terem tanto poder na discussão pública, devem seguir parâmetros mínimos de transparência e dever de cuidado para com possíveis impactos negativos que seus modelos de negócio acarretam, ainda mais quando consideramos que são estrangeiras. Sobre a experiência do usuário, ela diz respeito ao tempo de atenção do usuário, não importa se o conteúdo é bom ou não do ponto de vista democrático, eles querem que você fique mais tempo lá, não precisa ser conteúdo educativo pra isso, pode ser apologia às armas, por exemplo, conforme costumeiramente nos deparamos no youtube. E não, não é tão simples assim, veja esse artigo que escrevi com um explicação mais aprofundada e embasada em bibliografia internacional: periodicos.ufs.br/eptic/article/view/16332
a questão é que vc está confundindo 'interesse público' com 'interesse da esquerda'. uma gigantesca diferença, mas bem óbvia, para qualquer um que não é alienado ou fanatizado. é transparente a sanha do governo de sabotar e eliminar qualquer chance de oposição real, e lacaios como Pedro Doria existem simplesmente para fazer apologia disso.@@lhranzani
@@lhranzani acho que não podemos falar que a lei não se aplica a empresas grandes, quando justamente estamos discutindo se queremos que exista uma lei ou não. O interesse de uma empresa nunca é o público, mas o lucro. Mas só existe lucro se houver interesse do público, para que a empresa continue a existir oferecendo seus serviços. O algoritmo só vai continuar mostrando videos de apologia a armas se vc mostrar interesse em consumí-los. Não existe nenhuma intensão em promover esse tipo de conteúdo se isso fizer você escapar da plataforma. O algoritmo é um reflexo de nossas paixões, e a gente treina nossas recomendações de acordo com o nosso conportamento, não o do outro. Por isso que falei que o algoritmo é indivusalizado e não categorizado, como o Pedro sugeriu.
@@werneckpaiva a esquerda acha que o algoritimo é um mecanismo misterioso que deixa as pessoas malucas 😂. Nada mais errado. As plataformas não fazem direcionamento discricionário de conteúdo. Elas te mostram aquilo que você demonstrou interesse. Se você gosta de conteúdos de esquerda, o algoritimo irá reforçar isso.
Tudo o que você falou faz muito sentido. Ultimamente ando reparando nos posts que aparecem para mim especialmente no Facebook. Em muitos casos eu sequer sei porque estou vendo uma certa discussão, com grupos que nem sequer sigo. Ai reparo que eles trazem discussões com as quais discordo muito. Meu ímpeto é entrar na briga e sair falando o que penso. Mas tenho me policiado a não interagir com nada, não curtir, não comentar. Talvez um modo de dizer ao algoritmo que não me venha pregar uma peça. Mas ao mesmo tempo minando as possibilidades de um debate. Muito embora na maioria dos casos as pessoas que estão debatendo estão dentro de uma bolha e só há pancadaria digital para quem entra e opina de forma contrária. Sinceramente fica difícil imaginar uma solução, como você disse estas empresas como Google e Meta é quem acabam decidindo o que vemos. Creio que a humanidade ainda não aprendeu a lidar com o mundo digital como ele é hoje…e duvido que alguém baterá de frente com Google e Meta. Será que há saída?
Então pelo visto a busca não é pelo controle do que será divulgado (todo mundo divulga o que quiser e arca com as consequências), o que deve ser discutido é o alcance e impulsionamento do que tá sendo divulgado. Já que as big techs, através dos algoritmos, basicamente, escolhem tudo o que estamos vendo. Pedro sempre mandando muito bem.
Aí hoje a bigtech diz, isso não é coisa minha, isso é o conteúdo do usuário. Conteúdo sempre existiu o problema foi como foi distribuído a fim do lucro. Então essa grande empresa lucra sobre um conteúdo e depois se exime da responsabilidade sobre o que ela lucrou. Não sou a favor de que nenhum usuário possa ser calado mas que as grandes empresas possam ser responsabilizadas.
Mill não contava com algoritimos desequilibrando a prevalência dos temas discutidos em uma sociedade hiperconectada, com aplicativos de mensagens instantâneas que permitem uma comunicação capilarizada. Isso é completamente diferente do tempo das instituições e relações de comunicação que ele conhecia, dos filtros sociais ou tecnológicos que normalmente impunham limites aos meios de massa de sua época. Não sei se entendi errado mas você parece acreditar que são forças similares ou que o princípio da auto regulação se aplica independente do meio. Vejo muitos exemplos do contrário. Mesmo que am algum momento se estabeleça um novo equilíbrio, muitas vezes ele se dá a um altíssimo custo. Mesmo na imprensa essa "liberdade" e ausência de regulamentação teve um pico de insalubridade ainda na guerra Hearst e Pulitzer, onde o apreço pela credibilidade foi jogado na lata de lixo, como muitas vezes depois disso. Basta ver o copia e cola em muitas redações na própria lava-jato e a atual perda de relevãncia da imprensa tradicional frente à miríade de empreendimentos caça-cliques. Esse poder fornecido pela total desregulamentação e pelo avanço da tecnologia posteriormente foi a estrada pavimentada por onde vimos passar os regimes fascistas. Agora, além desse descompromisso ainda temos uma concentração brutal dos meios de comunicação mundial. Passamos de magnatas da comunicação locais para ficarmos na mão de poucos grupos gigantesco que, muitas vezes, sequer estão ao alcançe da justiça. Não sei o modelo mais adequado mas, no mínimo, as grandes redes já deviam ser tratadas como editoras de conteúdo, mídia mesmo e não só meras plataformas neutras, sendo obrigadas a ter sedes locais, uma política clara de uso para que possam ser expostas em suas manipulações, veladas ou não, da opinião pública. Já passou da hora de responsabilizá-las por divulgaçao de conteúdos que incentivem crimes ou sejam eles mesmos tipificados. Não é nada fora do que já existe fora da rede. Só precisa se adequar ao tempo em que vivemos.
A minha interpretação foi que o Pedro coloca exatamente isso: o impulsionamento dos conteúdos pelos algoritmos não permite uma auto regulação clara como se era imaginado para os demais meios. Não achei que ele acredita que tenham forças similares, tanto que defende fortemente a regulamentação. No mais concordo bastante com as suas colocações!
Pedro, a grabde questão é que as ideias sim são testadas ao serem expostas, mas se esse teste já aconteceu e a sociedade já formou um consenso institucional (aí me refiro aos princípios constitucionais) e as reprovou, cabe mantê-las no "mercado das ideias"? Racismo, homofobia, intolerância religiosa e afins já não foram testadas e devidamente reprovadas?
Lá atrás, toda vez que o Lula falava em regular a mídia, eu ficava de cabelos em pé. Parecia censura. Dava a impressão que ele não sabia exatamente o que estava propondo (ou sabia?!?!?)… Hoje vc esclareceu a grande diferença entre censura e regulagem real e necessária. Agradeço por isso. Se nosso presidente também entendeu a mesma coisa que eu, eu dou maior apoio.
Na verdade o Lula falava de mídia em geral , não era só as mídias sociais, mas ponto principal que nós entendemos que a regulamentação pro se só ela é necessária e importante, e não, não tem nada ( A princípio) com qualquer tipo de censura e deixar o jogo limpo , claro e seguro.
Me surpreendi com o vídeo, uma visão que ainda não tinha visto, mesmo que trabalhando com isso e te dizer, faz muito sentido. As bigs techs estão controlando as bolhas. Obrigado Pedro!
Se calar a boca das pessoas é acabar com a liberdade de expressão, dar o poder a alguns para decidirem quem terá audiência não muda em nada essa conclusão.
Ótimo vídeo, Pedro. Você tem um ótimo ponto sobre como as redes regulam o que conversamos. O jeito que elas fazem tem consequências ruins. Vc também argumenta que a gente não deve deixar o Estado decidir o que é verdade ou não, o que deve ser publicado ou não. É um ponto importante para quem se preocupa com censura. O modelo que você elogia no seu vídeo como superior é o dos editores de jornais e rádios decidindo o que vai ser publicado ou não. A impressão que me passa é que vc é contra big tecs decidindo isso, e você também parece ser contra um "conselho" do Estado diretamente decidindo que ideias são ditas ou não. Mas você não parece ser contra o setor privado, na fugura de editores humanos, decidindo isso. Eu imagino que vc queira leis que imitem a regulação dos editores do setor privado. A minha pergunta é: Big Tecs efetivamente decidem o que circulará e o que não circulará. Editores de jornal também faziam isso. Tudo bem, as pessoas tinham que convencer humanos, mas não era uma elite dona dos jornais? E não é assim hoje também? Você é contra o Estado dizer o que pode e o que não pode ser dito, mas quando se regula o que circulará e o que não circulará (seja essa regulação pública ou privada) na prática não se gera os incentivos do que será e o que não será dito? Eu imagino que qualquer regulação passará por diminuir a circulação de ideias odiosas, preconceituosas, malucas e nocivas. Vc sugere que os editores de jornais e rádios diminuiam a circulação dessas ideias quando comparado a big tecs. Pois bem, quando se decide que ideias assim não circularão, a gente não está efetivamente dizendo o que é bom ou não? Não é censura direta, eu sei, mas não é também uma circulação completamente livre, né? Porque o setor privado (na figura de editores humanos) podem ter o poder de decidir que ideias são nocivas ou não, e o Estado fazer isso de maneira mais dura é ruim? Seu exemplo de voto das mulheres e casamento gay é muito interessante, eram ideias co sideradas absurdas, que hoje são normais. O absurdo de uma geração é o normal para outra. Mas nazismo, racismo, discurso de ódio, genocídio e outras coisas desumanas serão sempre desumanas, não importa a geração. A sociedade não perderia nada se essas ideias fossem proibidas. Ela não perdia nada quando a elite dos jornais e rádios impedia que coisas assim circulassem. Me parece que você não tem um modelo favorito por princípio, mas sim por consequências. Pelo menos vc argumenta exaltando as consequências positivas de um modelo e as deficiência de outro. E se tivesse uma consequência positiva a proibição de discursos odiosos? Vc pode dizer que o que é odioso varia de pessoa para pessoa, mas não vai existir um mundo em que discriminação e genocídio, por exemplo, sejam boas ideias. Quem achar que são, vc há de concordar, está só errado. Pedro, eu não tô comentando para dizer que o certo seja proibir discurso de ódio. Eu não acho que deveriamos proibir quem acha que o Hamas fez certo em assassinar covardemente judeus de dizer isso, nem quem acha que tem que ter limpesa étnica em gaza. Mas o fato é que a sociedade não perderia nada se esses discursos fossem criminalizados. Punir esses discursos com cadeia, ou puní-los condenado-os a ser irrelevantes são formas diferentes de censura. Uma direta, explícita. Outra por meio de incentivos. O problema da censura direta é o perigo de boas ideias, e não só as más, serem censuradas. O perigo da censura indireta, por meio de incentivo e regulações, é ideias absurdas conseguirem convencer os editores e cair no gosto popular (Nazismo, Fascismo, Estado Novo português, apoio civil ao golpe militar em 64). Eu não acho que tenho a resposta, só estou colocando umas provocações aqui. Adoro seu trabalho!
Que porra de think thank caralho. Então esse é o seu problema? O cara fala como se a internet não tivesse cheia de bot russo espalhando desinformação, ou até mesmo gente paga pelo governo chinês. Sai desse seu mundinho onde só um lado faz algo ou tem influência.
Eu percebi o quanto esses algoritmos são prejudiciais nesse fim de semana. Eu não fiquei sabendo da morte do Zagallo, esse gênio do futebol, simplesmente porque as redes sociais ne privaram dessa notícia. Era só BBB pra lá e pra cá, tanto que eu tive que ficar o fim de semana todo fora do Instagram e do RU-vid. Detalhe que eu não assisto nem interajo com essas postagens, mas ainda assim, o algoritmo acha que eu quero saber de BBB.
Parte das ideias ruins do início do século XX foi superada não porque perdeu suporte a partir de uma análise racional das pessoas num mercado de ideias e sim porque geraram sofrimentos absurdos. Foram guerras sangrentas que superaram essas ideias ruins. Se os discursos de eliminação do outro não forem coibidos enquanto isso for "barato" de fazer então teremos que pagar um preço alto quando acordarmos.
Pedro, entendo que você expôs o seu ponto de vista sobre a necessidade de regulação das redes sociais, que é legítima, e poderia ser debatida sem problemas. Mas é muita ingenuidade achar que é isso que querem os parlamentares que defendem o projeto no congresso. Sob o pretexto de "combater fake news", eles querem moderação de conteúdo mesmo, que pode desembocar em censura prévia
Eu acho, que na regulação das redes socias, a prioridade deveria estar nas notícias falsas. Eu não tenho problema em ver pontos de vista diferentes dos meus, desde que eles sejam baseados em fatos concretos. Muito do que alimenta os discursos extremistas em ambos os lados vem de informações falsas que potencializam o ódio, medo e preconceitos já existentes na sociedade.
Já existe a responsabilização do autor de qualquer dito. Ninguém defende a proibição de um homem amar o outro,mas a constituição define que casamento é entre homem e mulher.
Se acha o trabalho do Alex Stamos, ex-meta atual Stanford, interessante, ele tem um podcast ótimo sobre essa área de trust and safety chamado Moderated Content.
Oq eu mais desejo - e é totalmente impossível, eu sei - é imposição legal de q toda rede social funcionasse exibindo as postagens na sua timeline em tempo real e SÓ...
Eu desativei o hostorico de visualizacoes no youtube. Apenas assisto conteudo de canais que quero assistir, mesmo canais com ideias antagonicas como o Meio e o Brasil paralelo. Nao tenho outrad redes sociais.
Mas, o modelo de Mill nunca existiu, porque nunca houve esses mecanismos da sociedade de escolher entre as melhores ideias. Inclusive, Hitler e Stalin são produtos dessa desigualdade no mercado de ideias. Olha, Pedro, resgatar a tese de Mill sem fazer as mediações necessárias está errado, esse não é o objetivo de Mill, a análise está fora do contexto do autor. Com todo respeito, neste vídeo, você está proximo do monark, que se questionou pq defender o nazismo é errado. Uai, pode defender, a sociedade vai rejeitar. Tb achavam isso sobre Hitler.
@@fabiofranca84 mas o mercado se move com base na força. A história do capitalismo não é feita de liberdade, mas de guerras e exploração. Os liberais vêm o mundo como um piquenique. A propaganda de Stalin marcou o mercado de ideias do sec XX e influenciou parte do mundo. Mudou até interpretações acadêmicas de conceitos. Pq o capitalismo cria sua própria criticA.
Sempre foi assim. Sempre houve alguém determinando o que deveria ser pautado nos meios de comunicação. Então, por que agora tentam silenciar vozes nas redes sociais? Se há culpados que manipulam os algoritmos, que sejam devidamente identificados e punidos. No Brasil o erro tem sido frequente. Não se entrega correspondência aos moradores da comunidade porque o Estado não garante a segurança ao Correio. No Estádio de futebol não se vende bebidas alcoólicas porque alguns não tem responsabilidade para consumir e assim por diante. Sempre limitando os direitos dos cidadãos em detrimento dos bandidos e irresponsáveis. O ponto crucial é: desinformação se combate com mais informações. Sempre foi assim. Atualmente, as pessoas têm acesso direto aos fatos, sem a necessidade de intermediários. Esse seu argumento sobre os algoritmos é semelhante ao utilizado pela turma contrária à urna eletrônica, que, da mesma forma, não consegue compreender a apuração automática dos votos.
Pois é, estou há tempos esperando alguém debater sobre a manipulação dos algoritmos operada por grupos políticos e econômicos poderosos, que é exatamente a causa da polarização atual. Seja qual for a fórmula matemática dos algoritmos, esses mesmos grupos vão desequilibrar o debate público, a economia e a democracia.
"Quem na sociedade tem o direito de escolher quem terá audiência!" Isto parece democrático?? A mim lembra muito algo como manipulação. Um Absurdo!!! O algoritmo apenas te envia o que te interessa. Entretanto é valido pesquisas e aperfeiçoamento sobre crimes. Mas o que se vê é que a maior preocupação dessa gente é com ideias políticas "perigosas"!.
Até o momento, nenhuma proposta clara e concreta. Não foi culpa sua, não dá para entender onde ele espera chegar mesmo. É a fórmula matemática dos algoritmos que ele culpa pela polarização, então as empresas das plataformas devem ser atacadas. Mas não diz uma palavra sobre os grupos políticos e econômicos mais poderosos que manipulam artificialmente os algoritmos para viralizar conteúdos que julgam conveniente de acordo com seus interesses. E esse mecanismo vai se perpetuar, seja qual for a fórmula dos algoritmos, a não ser que seja diretamente tratado, debatido e regulado.
Pelo que entendi, o cidadão não é capaz de se interessar por um assunto , ter suas próprias percepções e tomar suas decisões. Pedro acha que deve ter alguém que paute o que e quem se deve ouvir. Mas que não seja o tal de algoritmo.
Mais um dia, mais um vídeo defendendo Censura, e mais uma vez sem mencionar o conflito de interesse da imprensa nesse tema, visto o PL que abertamente beneficiava a grande mídia com uma nova fonte de receita através das redes sociais, né Doria? PE-LE-GO.
E se adotássemos um modelo de assinatura, tipo Canal Meio, em vez de depender de anúncios? Isso poderia criar um espaço mais limpo e focado na qualidade. O que vocês acham?
Ele deixou aparecer que tudo isso é um estrategema pra driblar votação. Esse merda está preparando terreno para uma decisão do tribunal eleitoral ou do STF. A ordem vem de cima, pelego obedece.
Maravilha, ótimo vídeo, como sempre👍🏼 Mas tá, e um canal como o do Nikolas Ferreira, que produz vídeos bem elaborados, mostrando fatos mentirosos defendendo criminosos ou acusando adversários políticos com invencionices absurdas? Quando não se trata de debates de ideias e sim tentativa descarada de realizar uma lavagem cerebral nas pessoas?
Um ponto importante no funcionamento dos algoritmos é que eles tem hj pouca intervenção humana..São construídos por A.I. Recomendo a leitura do livro A Maquina do Caos para quem quiser ir mais a fundo neste tema.
O pedro repetiu a mesma sentença que o monark : conselho de sabios pra dizer o que pode o que não pode ser dito. O pedro também diz : "capacidade coletiva de discernimento e sabedoria das massas." Eu completo resultados práticos : diminuição da vacinação com a volta do sarampo e eleição de bolsonaro. Aprendi com o Pedro : "Não devemos ser tolerantes com os intolerantes" Karl Popper. Será que Pedro esqueceu ? E sim o debate de ideias enriquece os dois lados, porém a extrema direita/bolsonarismo não empunha uma lógica uma ideia ,um projeto como Stuart Mil exemplifica ,a extrema doreita usa o pânico moral ,a intolerância religiosa, a destruição de reputações. aprendo muito com o Pedro mas hj discordo em 100%.
Cara você está romantizando demais o "modelo do Mill". Não está só convencer as pessoas obviamente. Outras mediações estavam postas por outros poderes que não o agora manifesto pelas redes sociais. Gosto bastante do argumento de que o problema não seria necessariamente só a discussão em torno da liberdade de expressão mas o aspecto democrático do argumento de Mill é tão democrático quanto a democracia da Grécia antiga.
O argumento do vídeo é absolutamente falacioso. Algoritmos não interpretam significado ideológico nem referência cultural específica no conteúdo das postagens. O problema referido, que é realmente gravíssimo, tem como causa a brecha para que, através do desigual poder político ou econômico de alguns grupos, os algoritmos sejam manipulados artificialmente, desequilibrando o alcance de determinados discursos ou produtos. É exatamente o que a Cora destacou no vídeo em que fez um paralelo entre a Mynd8 e o bolsonarismo. Mas, este mecanismo fatal para a democracia e para a cultura, ninguém propôs regular até agora.
@@viniciuscosta3731, qual ponto específico do comentário você reprovou? Limitado a esse tipo de "código" como resposta, não posso avaliar se você tem razão no que discordou de mim, ou não.
Regular as redes no seu conceito= retirar o poder do algoritmo de algumas pessoas para dar a outras pessoas. No final, o algortimo continuará sendo controlado por alguém. 😅
acredito que trata-se de liberdade de expressão também. digo isso pq n30-n4zis por ex não tem de ter voz em lugar algum, não? acho que deve-se mencionar isto
Tem uma lista enorme de governos que ainda se preocupam com pureza racial. Liberdade de expressão e democracia são coisas raras. Vídeo muito escuro. Ta lembrando Brasil Paralelo.
Nesse contexto, você entende que o Monark não apenas não deveria ter sido cancelado, como estava certo? Afinal, ele defendeu exatamente o que você defendeu. O nazismo, que ele foi acusado de apoiar, foi apenas um exemplo extremo.
Eu acho engraçada essa fixação do Dória no Twitter (aliás Dória, lembra do que eu falei do Threads ? Pois é... Mas deixa quieto), e como ele ignora o alcance, a penetração que o Whatsapp (e o Telegram, também) tem aqui no Brasil (e pelo que eu soube, na India também), inclusive um alcance que independe de classes sociais ou faixa etária. E foi por ignorar o poder do Whatsapp que muita gente não entendeu (e nem entende até hoje) como um Bolsonaro de meia tigela chegou aonde chegou. E pode acabar chegando de novo (não o pai, já impedido, mas um dos filhos ? Com toda a certeza).
Ele não pode admitir uma rede social de direita. Tudo o que ele fala de fanatismo e extremismo é na prática a direita tradicional normal. Esse merda considera ser anti-aborto uma coisa de extrema-direita.
Quanto deboche, hein? Quando eu ainda estava no ambiente universitário brasileiro, criticar a tática dos black bloc em 2013 ou se opor ao governo Dilma era motivo de cancelamento. E não era nem necessário acrescentar argumentos liberais ou conservadores a este posicionamento crítico, bastava sair da cartilha e não repetir as palavras de ordem quando se manifestava uma opinião, para ser massacrado pela patrulha e ter a carreira acadêmica inviabilizada. Aí vem o Pedro dizer que criticar esse modus operandi da universidade, que é justamente exigir a pluralidade que foi banida deste ambiente, é querer proibir o ensino do "marxismo cultural" em sala de aula. Foi uma piada, né?
Não, o que ele disse tem a ver com big techs que monopolizam o mercado mundial de redes sociais, interferindo diretamente nas democracias ocidentais liberais por meio de algoritmos, feitos para potencializar o alcance publicitário, ao mesmo tempo em que tribalizam a sociedade...
Sobre a universidade e sua intransigência, ela é apenas um local para formar repertório e conquistar um título socialmente reconhecido para sinalizar credibilidade, mas se quiser realmente liberdade para refletir e divulgar suas ideias, há outros meios, como a internet, a imprensa e o mercado editorial...
@@felipe7891, meu comentário não se referiu ao argumento do vídeo, mas à introdução feita pelo Pedro já no início, em que ele fez uma caricatura da polarização, atribuindo a quem critica o monopólio ideológico da universidade a sinistra intenção de proibir o ensino de conteúdo esquerdista, o que é uma teoria da conspiração ridícula, além de uma falácia do espantalho. Quanto ao argumento central do vídeo, também se trata de uma falácia, pois algoritmos não interpretam significado ideológico nem referência cultural específica no conteúdo das postagens. O problema a que ele se refere tem como causa a brecha para que, através do desigual poder político ou econômico de alguns grupos, os algoritmos sejam manipulados artificialmente, desequilibrando o alcance de determinados discursos.
@@felipe7891, bom, parece que você tampouco sabe o que é academia, já que acha que "tá tudo bem" com o fato de não haver liberdade de pensamento por lá. Enfim, universidade também tem a ver com docência e pesquisa, não é apenas para sacar um diploma e partir para o mercado de trabalho, caso não tenha ouvido falar em teses, artigos e ensino. E, sem liberdade, esse é o tipo de carreira que não pode ser desenvolvida, exceto se você estiver alinhado a pautas hegemônicas e disposto a passar o resto da vida repetindo somente o que a patrulha permite.
@@filosofiaantropologia-brun7808 Sim, o algoritmo não interpreta conteúdo ideológico, mas, se eu entendi a discussão que ele vem levantando em vários vídeos, o algoritmo seleciona aquilo que inflama as pessoas, gerando engajamento, para que elas passem o máximo de tempo possível na plataforma (nisso consiste a polarização), como eu estou fazendo agora, lendo comentários e digitando respostas. Se eu não pago para estar no RU-vid, então o produto sou eu, mais exatamento o comportamento que eu deixo na plataforma, como rastro de minhas preferências e aversões.
