Sou neurótica obsessiva, tenho TOC e propensão à depressão. Comecei a fazer terapia recentemente depois de anos adiando e comecei a sentir coisas que me assustavam demais. Apesar dos pesares e apesar da grande dificuldade em me "abrir" na terapia, estou aprendendo muito sobre mim mesma e minha subjetividade e vejo que tudo que sinto, penso e tenho está dentro da neurose obsessiva (e do TOC) e isso me dá, honestamente, grande alívio. Me alivia saber que muitas outras pessoas passam pelo que passo. Sinto culpa pelo que fiz, não fiz e pelo que penso que fiz ou não. Meus pensamentos são sempre muito violentos e isso me destrói todo dia mais um pouco. Obrigada pelo vídeo, aprendi mais um tanto sobre mim mesma :)
@@fabiobelo fiquei curiosa: minha mãe sempre foi a "chefe da casa", ganhando mais que o meu pai e também tendo mais "domínio" sobre meu irmão e eu. Ela era controladora com as nossas refeições (nós *tínhamos* que comer determinados alimentos que ela queria; algumas vezes me lembro de ficarmos à mesa esperando meu pai chegar do trabalho, às 23h, para levantarmos e irmos dormir) e com as nossas notas na escola. Mais velha, entendi que parte desse controle e até raiva que minha mãe sentia tinha um pouco a ver com o trabalho dela, sempre muito estressante. Por um bom tempo, ela trabalhou de domingo a domingo. Meu pai, por outro lado, sempre ganhou menos e sempre esteve satisfeito com isso, sempre ajudou muito pouco nas tarefas domésticas e também financeiramente. Minha mãe sempre foi muito sobrecarregada. Hoje em dia somos melhores amigas. Ser neurótica obsessiva pode ter a ver com o fato de ter crescido vendo a interação deles? (e claro, também a pressão social pra dar conta de tudo e ser independente e bem sucedida)
@@milacn Excelente relato... tá vendo como o diagnóstico esconde uma realidade mais complexa? Muito importante conhecer esse contexto... o controle de sua mãe ajudou muito a organizar as coisas, né? Sem dúvida, nosso destino afetivo sempre tem a ver com nossos romances familiares...
@@fabiobelo perfeito, exatamente isso. Mamãe organizava (e organiza) a casa e até hoje solta um "filha, tem que marcar seu médico!", mesmo eu tendo 35 anos, hahahaha ela é mesmo maravilhosa. Se deixasse nas mãos do meu pai, tudo teria sido muito mais caótico, essa é a verdade. Percebo também que sempre me relaciono com caras mais passivos/submissos. Sou casada há 6 anos e meu marido tem mesmo *muita* paciência, pq tenho plena consciência de que não sou fácil hahahaha!! Às vezes tenho mesmo que rir de mim porque nem eu me aguento 😂😂 obrigada pela troca por aqui :)
É difícil demais, dolorido demais, cansativo demais, amar uma obsessiva. Estou tentando entender os meandros daquele espírito torturado pela mãe pela vida inteira.
Doutor...sou professora e pedagoga...seu trabalho nos esclarece bastante sobre Freud. Assuntos que interessam tanto a educadores, psicólogos, psiquiatras e psicanalistas...continues esclarendo os profissionais acima citados. Parabéns!
"Divulguem o canal pra quem vocês acham que vai gostar, pra quem é obsessivo, o amiguinho obsessivo" Kkkkkkkkkk Não tava preparada pra isso, tô rindo de mim mesma. Sou da área de artes, mas me interesso pelo assunto e você fala de uma maneira muito acessível. Obrigada!
Professor que feliz descoberta o seu canal. Aula maravilhosa! Sobre o vídeo sobre o amor na neurose obsessiva, gostaria de sugerir uma abordagem expositiva; sobre como o neurótico obsessivo vivencia a experiência do amor e dos laços relacionais (afetivos, conjugais, familiares, profissionais, etc): uma abordagem a como esse sujeito (não) faz laço social e a ocorrência do (auto)isolamento.
Sensacional professor, praticamente nunca comento vídeos no RU-vid, mas não pude deixar de passar para te parabenizar! Ganhou um assíduo (e indireto) aluno! Hahaha
Achei esse vídeo pesquisando sobre neurose obsessiva. Obrigada, mestre por partilhar tanto conhecimento. Estou seguindo o canal e acompanhando todo o conteúdo. 🙏🏻
Que live maravilhosa, Fábio! Nunca comentei aqui, mas quero dizer que o canal é ótimo, e que o seu jeito de fazer e ensinar psicanálise (articulações teóricas, exemplos clínicos) dialogam demais comigo e com o que acredito ser uma boa psicanálise. Muito obrigada, espero que siga firme por aqui! :) abraço
Fábio, realmente. O Márcio tem razão. Ainda nao havia visto uma transmissão mais didática e por isso mais clara sobre a neurose obsessiva. Muito bacana. Parabéns.
Parabéns professor, qualificando e ampliando o conhecimento além dos muros (concretos e simbólicos) de nossas universidades - que importante exercício ético e político!!!
Acabo de ouvi-lo.Bom agradecer a simplicidade e dedicado estudo que notoriamente exprime, Fábio Belo.Belo trabalho!!! Bom ter citado a questão das" estruturas" com Jacques Lacan, de que sou leitora entre outros grandes releitores de Freud.Se entendi sua observação, posso pensar essa questão como um certo enquadramento de sintomas.Penso-os, os sintomas, mais como a ponta de um "laço de tecido" que se esgarça, soltando fios e fios que se juntam ou não...Depende do "tecido- história" do sujeito. E acredito que onde os conceitos teóricos se esbarram para uma escritura do traço dos sintomas a ser, e ou sintomas que tomam direções próximas, podem aí, se increverem, teremos um possível caso de neurose, psicose e ou perversão.E ainda dizer, por fim, que seu intermédio, levou-me a nunca deixar de ouvir atenta a uma orientação zelosa à quem ouço. Da mesma forma com nossos pacientes, para os quais pacientes somos também. Sua atenção flutua de forma lívida entre o cerne do trabalho magnífico das autoras, dirigindo-os aos colegas, alunos e ouvintes todos, com a atenção assertiva e colaboradora entre e com todos.Belissíma abordagem! Muito, muito grata e embevecida.
Não conhecia! Vou maratonar os vídeos desse canal. Excelente apresentação, que ajudou.me a entender um casal de colegas, obsessivos, onde ela me acusou de ter tomado o namorado dela sem que eu tivesse ao menos flertado com ele.
Olá Fabio Belo Estou vendo essa live depois de uns dias, moro na Austrália e fico feliz em poder ter acesso a essa aula maravilhosa. Obrigada por compartilhar seu conhecimento. Obrigada e um abraço!
Professor, sou de outra área mas amo vir no seu canal para aprender um pouco da psicanálise. Obrigada por compartilhar tanto conteúdo maravilhoso de forma tão didática e para todos.
Essa aula me serviu de uns 10 anos de análise... só tenho a agradecer, agora é criar coragem de falar disso em análise, tomara que não seja que nem pasmo em frente aos fenos!kkk
Fabio Belo. O que tens de belo é feminino belo que em ti habita! Se puder fazer a gentileza de me indicar algum material sobre o simbólico na psicanálise. Tenho dificuldade sobre esse tema. Obrigado. Sua live muito clara, rica, e muito real.
Me identifico muito com a neurose obsessiva, porém o sintoma de agressividade nunca é presente, na realidade sou passivo até demais em situações de conflito. Seria por falta de uma perversão mais presente ou contenção extrema dos impulsos, até quando é questão de sobrevivência?
Fiquei interessada em ler a resposta. Talvez você tenha sido bem sucedido em excluir qualquer possibilidade de descontrole, mas a agressividade está presente dentro de você. Seria isso?
Que bom ler isso, Telma! Primeiro, saber q o vídeo chega até aí... é muito legal ver a extensão da UFMG se espalhar assim... segundo, por ter te ajudado! É o objetivo mesmo. Seguimos! Obrigado pela companhia!
Fábio que aula magnífica, vc tem uma clareza e uma simplicidade para explicar temas complexos que me impressiona, parabéns. Essa aula vou assistir novamente, pois atendo um analisando obsessivo nesta linha. O artigo da Camila e da Marta caiu muito bem.
Assistindo a aula gravada, quando comentou do pai que tenta transformar o desejo em necessidade, e vai dando os exemplos de personagens 43:30, me vem a mente o Julius, pai do Chris, na série " Todo mundo Odeia o Chris". Ele controla os gastos da família em literalmente cada centavo (se um dos filhos deixa um pouco de leite cair no chão, logo ele diz: você acabou de gastar x centavos).... Uma forma bem humorada que a série retrata, mas é um exemplo desse controle que aparece nesses sujeitos.
Fabio, já considerou disponibilizar esses vídeos mais longos no conversas sobre psicanálise no spotify? Seria muito bom poder pedalar ouvindo uma aula tão maravilhosa como essa... Um abraço e obrigado!
Prof . eu tenho uma compulsão específica evidente q bem estranha q me causa muito sofrimento, mesmo fazendo tratamento medicamentoso,que me ajuda evidente mas q ainda me traz sofrimento q é a seguinte ,quando eu vou fazer a higiene bucal no caso passar o fio dental eu tenho sempre a sensação q tem algo entre meus dentes,então eu passo fio dental, uma,duas,três mas a sensação q existe algo entre os dentes continua é algo desesperador,angustiante q faz eu passar noites em claro,eu sei q é difícil mas o q vc poderia me dizer sobre esse meu comportamento pra me ajudar,obh
Olá. Estou chegando aos seus vídeos agora. Parabéns pelo conteúdo. Tenho aprendido muito. Existe algum espaço que posso saber mais para participar de seus grupos de Estudos? Obrigada.
Qdo vc fala dos rituais até para cumprimentar as pessoas, tem uma série que leva esses rituais ao máximo. É muito engraçado. E o personagem principal é um investigador criminal, brilhante e, é engraçadíssimo! Ele chegava nas cenas de crimes o que estivesse fora do lugar ele não resistia e arrumava tudo. Foi afastado da função pq atrapalhava as investigações. Bem legal.