A realização de exames radiográficos em pequenos animais possui algumas particularidades, especialmente quanto a adequação do posicionamento do paciente. Porém, conceitos radiográficos básicos para a aquisição de boas imagens devem ser conhecidos e respeitados, para que se obtenha um resultado final de qualidade.
O objetivo deste vídeo/ artigo é apontar alguns destes conceitos fundamentais, que se aplicarão à realização do estudo radiográfico com qualquer equipamento e de qualquer região ou porte de paciente.
Primeiramente, cabe lembrar a necessidade do uso de equipamentos de proteção individual para todos aqueles que estiverem envolvidos na contensão do paciente ou de alguma forma expostos à radiação X emitida.
Uma vez determinada a região de estudo e escolhida a técnica a ser utilizada (assunto já comentado em vídeo anterior), escolhe-se o tamanho da placa/ chassi necessário, que deve ser grande o suficiente apenas para contemplar esta região.
Parte-se então para a colimação do feixe de raios-x. A área a ser incidida pelo feixe primário deverá ser restrita à região de interesse. Isso fará com que a radiação se disperse menos, que os feixes fiquem mais paralelos e que estruturas fora da região em estudo não recebam radiação desnecessariamente. Além disso, mas não menos importante, o maior paralelismo dos feixes permitirá uma menor distorção das estruturas expostas, o que será explicado mais adiante.
Talvez a informação mais importante, quase um mantra radiológico, seja a seguinte: o objeto em estudo deve estar no centro do feixe e o mais próximo possível do filme. É na região central do feixe que os raios X estarão mais paralelos entre si e perpendiculares ao filme. O objeto posicionado sob o feixe central terá sua imagem melhor produzida, sem distorções. De outra forma, estruturas que estão na periferia do filme receberão a incidência de raios/ feixes mais oblíquos e terão suas imagens deformadas.
De forma bem simplista, devemos pensar no feixe de radiação X como na luz visível de uma lanterna ou dos raios de sol. Usando essa analogia, um guarda-sol colocado na praia ao meio dia, formará uma sombra nítida e de tamanho e formato semelhante ao próprio guarda-sol. Conforme o sol se põe, seus raios incidem de forma oblíqua sobre este objeto e a sombra formada torna-se oval e distante do local onde este guarda-sol está. A imagem radiográfica é bidimensional e é resultado de uma “sombra" formada pela penetração da radiação através do objeto, sensibilizando o filme. Esta “sombra" terá seu formato afetado pelo posicionamento do objeto frente ao feixe e ao filme radiográfico. Ou seja, a radiação e o objeto devem estar alinhados para que a imagem formada corresponda à realidade e não ocorram distorções.
É importante também que o objeto esteja o mais próximo possível do filme, para que se evite o borramento das margens e a magnificação da estrutura em estudo.
O posicionamento do paciente para estudo de cada região será abordado individualmente em nossos futuros vídeos, quando também traremos dicas preciosas para minimizar o estresse do paciente à manipulação, favorecendo a obtenção de imagens de qualidade.
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3 окт 2024