Na aula de abertura do curso de introdução ao pensamento crítico hoje, Vladimir Safatle apresenta o pensamento do filósofo Slavoj Žižek, com mediação de Silvia Viana.
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Tempos difíceis demandam reflexão crítica, radical e comprometida com a construção das bases materiais de uma sociedade mais justa, democrática e plural. Tendo em vista a compreensão de que a liberdade é uma luta constante, o curso propõe apresentar um panorama de algumas das mais vibrantes obras de pensamento crítico da contemporaneidade.
Ao longo de 12 encontros, serão apresentados pensamento e principais obras de nomes incontornáveis para pensar nossa sociedade: Angela Davis, David Harvey, Domenico Losurdo, Giorgio Agamben, István Mészáros, Judith Butler, Maria Rita Kehl, Michael Löwy, Nancy Fraser, Patricia Hill Collins, Silvia Federici e Slavoj Žižek.
Promovido em parceria entre o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc e a Boitempo, o curso contará com a condução de alguns dos maiores pesquisadores brasileiros da atualidade.
1 | Slavoj Žižek apresentado por Vladimir Safatle, mediação de Silvia Viana.
2 | Angela Davis apresentada por Raquel Barreto, mediação de Anne Quiangala.
3 | David Harvey apresentado por Raquel Rolnik, mediação de Juliana Borges.
4 | Nancy Fraser apresentada por Yara Frateschi, mediação de Nathalie Bressiani.
5 | Domenico Losurdo apresentado por Jones Manoel, mediação de Marina Machado Gouvêa.
6 | Maria Rita Kehl apresentada por Christian Dunker, mediação de Priscilla Santos.
7 | Silvia Federici apresentada por Sabrina Fernandes, mediação de Natália Neris.
8 | Giorgio Agamben apresentado por Patricia Peterle, mediação de Daniel Féix.
9 | Judith Butler apresentada por Carla Rodrigues, mediação de Marília Moschkovich.
10 | István Mészáros apresentado por Ricardo Antunes, mediação de Letícia Parks.
11 | Patricia Hill Collins apresentada por Winnie Bueno, mediação de Bruna Pereira.
12 | Michael Löwy apresentado por Fabio Mascaro Querido, mediação de Camila Moreno.
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Slavoj Žižek apareceu como um continuador heterodoxo de certa tradição, própria ao pensamento crítico contemporâneo, de articulação entre psicanálise e marxismo. Sua matriz de pensamento lacaniana não parte do horizonte tradicional de articulação de tais estratégias, a saber, esse fornecido pelo althusserianismo. Na verdade, Žižek representa certa recuperação das matrizes hegelianas do marxismo. Isso lhe permite explorar de forma mais sistemática questões vinculadas a teoria do sujeito e da subjetividade no interior do campo político. Tal teoria do sujeito procura insistir nas dimensões de negatividade próprias a sua agência e como o reconhecimento de tais dimensões pode permitir certa transformação revolucionária, pois permite a negação dos vínculos de adesão ao sistema de determinação responsável pelos modos de reprodução material da vida sob o capitalismo. Sua crítica do capítulo é, ao mesmo tempo, político e pulsional. E, para tanto, o recurso à psicanálise se torna fundamental. A perspetiva de Žižek é, também, refratária a perspectivas políticas que não operem com tal negatividade própria ao sujeito, assim como desconfia de lutas de reconhecimento que não se articulem a partir de uma contradição global com o regime capitalista.
BIBLIOGRAFIA
Aidar, José Luiz (org), Žižek crítico: psicanálise é política na era do multiculturalismo;
Hanza, Agon (org). Repeating Žižek
Žižek, Slavoj. Menos que nada: hegel e a sombra do materialismo histórico
Žižek, Slavoj, Bem vindo ao deserto do real
Žižek, Slavoj. O mais sublime dos histéricos;
Safatle, Vladimir. Cinismo e falência da crítica.
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4 окт 2024