Lembro quando o filho do Dunker foi notícia em portais de notícias sobre a nota absurda dele em matemática no ENEM (ele gabaritou a modalidade e tirou mais de 1000) . Anos depois ele tá aqui dando um show de aula sobre física. Inspirador!
@@renato7184 não acredito que seja o fator tempo de estudo. Eu tentei estudar física mas nunca entendi nada..acho que sou disléxica em física, mas sempre adorei matemática e química, tanto que sou biologa. E nem estudei muito matemática e química, mas eram mais fáceis para mim..vai entender...
@@luciarpd3511 realmente, acho que fui um pouco idiota no meu comentário. Eu tenho certa faculdade com matemática e exatas em geral, com um pouco de estudo vou bem. Mas outras áreas já tenho bem mais dificuldade. Fui muito leviano nesse comentário.
Adorei!!! Quando o Mathias falou: “Mas quando você vai estudar cosmologia, não existe mais Newton. Newton morreu, tá incorreto, superado, e o Einstein AGORA é a versão mais correta da mecânica. Então, se o Lacan for isso para a psicanálise, eu acho que a comparação é justa”. Foi ótimo. Lembrando que, no exemplo, devemos trocar Newton por Freud. Assim como ele explica, Newton estava correto em vários pontos, “a linguagem newtoniana, ela está totalmente presente na física hoje pra caramba: a energia é uma coisa que a gente fala muito, a própria ideia de massa, de inércia... Não é tudo que o Newton falou que tá errado também, inércia tá certo. Ninguém tá discutindo o conceito de inércia. Inércia é real”, ou seja, não podemos jogar todas as suas contribuições fora, podemos inclusive usá-las, não dá para generalizar todas as suas contribuições como incorretas, mas foi superado. Não sei se daria para afirmar que Lacan está para Freud assim como Einstein está para Newton; até porque, pelo apresentado no vídeo, em alguns momentos o próprio Dunker fala de conceitos que já estão datados em Lacan. Fiquei encantada com a didática e a eloquência do Mathias, mesmo frente aos exemplos bastante (ahahahahaha!) imprecisos propostos pelo Dunker. Parabéns pelo seu filho, Dunker. Acho que um exemplo que ilustraria bem o que você estava tentando ilustrar seria o do Flogístico. A aceitabilidade das teorias científicas incorretas depende não apenas da coerência interna, elegância ou plausibilidade das explicações que propõe oferecer. O principal motivo para que a teoria do flogístico fosse aceita durante tanto tempo pelos químicos do século XVIII foi que a combustão consistia então na absorção invisível de uma substância desconhecida. Só depois da descoberta do oxigênio, e após a adoção de novas técnicas experimentais ‒ que envolviam retenção dos produtos de reações gasosas e o uso maior do equilíbrio químico ‒, foram feitas as observações necessárias, e a teoria do flogístico foi substituída por uma versão que reconhecia a necessidade de oxigênio para a combustão. É tipo isso o que deveria ser percebido em Freud: com os avanços no conhecimento sobre a sexualidade humana, não temos mais como ignorar, por exemplo, que o clitóris, a excitação clitorídea não é infantil e nem incorreta, mas natural e necessária ao corpo feminino. Gostei quando você falou: “Um ponto de referência que eu acho incontornável é a prática, é o próprio trabalho de construção e colocação ali das cartas em relação a um problema prático: as cartas têm que ficar de pé, o nosso paciente tem que melhorar, sei lá, o sintoma tem que se reduzir. É uma ciência que tem uma referência com o fazer, não é uma ciência pura da linguagem, e às vezes o Lacan promete para a gente entregar uma espécie de psicanálise que seria absolutamente deduzida de uma linguagem formal abstrata e puramente lógica; e eu acho que esse programa no Lacan, ele é ambicioso demais e ele é um pouco datado”. Exatamente, você foi no ponto, o paciente não é uma formalização completa, não é uma axiomatização, é um ser humano algo infinitamente mais complexo. Fiz 5 anos de análise com uma aluna sua e, no final, quase acabei desistindo da vida; o analista não precisa sempre esfarelar o sujeito, não precisa só destruir. E quando tentei falar com ela para chegarmos juntas ao que havia dado errado ‒ pois sim: analistas erram! ‒, ela não quis me ouvir. Eu gosto desse estilo de “Falando Nisso Entrevista”. Sugiro um episódio com o Altay de Souza falando sobre a formação do psicólogo no Brasil e sobre a psicanálise. E outro episódio com a Dra. Natália Mota falando sobre o SpeechGraph e a teoria dos grafos para identificação das psicoses.
Para saber mais sobre o trabalho da Dra Natália Mota busquem por: SpeechGraph ou também Brasileiros desenvolvem sistema que pode descobrir esquizofrenia pela fala, detectar doenças mentais pela fala com grafos
Que maravilha esse estudo entre pai e filho! Dois sujeitos geniais que nos envolvem com suas inteligências num diálogo rico em sabedoria! Quero que esse encontro se repita muitas vezes para que possamos aprender mais sobre a Psicanálise e a Física. Amei os Dunkers! Parabéns! ❤️❤️🌹🌹
Christian, você poderia fazer um vídeo sobre o comportamento de assassinatos em massa, chacinas e ataques e sobre o porquê é tão frequente que escolas sejam palco dessas ocorrências tão tristes?
Filho de peixe, peixinho é!!! Fantástico o Matias! Gostaria de assistir o Matias falando de mecânica quântica e espiritualidade, com o Dunker! Maravilhosa esta aula sobre mecânica relativistica!👏🏽👏🏽👏🏽
Querido Dunker, poderia fazer um vídeo que falasse sobre os conceitos de neurotípico e neurodivergente? Essa temática tem sido muito popular em debates da internet e da militância. Essa classificação me parece ter raízes na psiquiatria/DSM. Consequentemente acompanha uma ideia de que quadros como TDAH são genéticos e que a pessoa já nasce sendo neurodivergente. Como a clínica psicanalítica lida com essa questão?
aproveitar o espaço para sugerir: Professor, fale sobre o paciente que não paga, atrasa pagamentos, muda acordos sozinho sobre os acordos realizados em sessão, dos honorários.
Amei a conversa: penso que tanto a descoberta de Einstein quanto a de Freud mudaram a humanidade: a relatividade e o inconsciente :) Nesse sentido, são pensadores fundadores de muitas coisas que temos hoje.
Muito bacana o conteúdo! Dunker, poderia falar sobre Melanie Klein? Vejo que ela teve algumas influências no trabalho do Lacan, mas as vezes sinto que hoje não se fala mais muito sobre o seu trabalho
Uau! Obrigada. Aprender também é se confundir!...rssrsrsrsrsr! E eu, que sou Galooooooo!, ainda comemorando esse 1° título de 2023, efeito da simultaneidade!...hehehehehe!
Maravilhoso! Nesse possível paralelo ou relação ou sucessão Newton/ Einsten-Freud/Lacan, especialmente na parte final do vídeo, ao fslarem sobre a causalidade e simultaneidade, lembrei de uma coisa que pensei ao assistir Aftersun (até comentei lá no vídeo… espaço-tempo, sob o mesmo sol…). Parabéns a todes envolvides nesse vídeo! 🙏☀️
Dunker, seria interessante um video sobre falar sozinho. Eu tenho esse habito, converso muito comigo mesmo em voz alta, explico coisas, penso, reflito, conto coisas…. Queria saber o que a psicanálise tem a dizer sobre isso. Beijos! ❤
Boa noite! O senhor poderia fazer um vídeo comentando o discurso de Paul B. Preciado na Jornada Internacional da Escola da Causa Freudiana em Paris em 2019?
Boa noite Dunker! Como vai? Gostaria de ouvir sobre psicanálise e mentalismo, considerando as implicações do último para pensar a noção de causalidade. Psicanálise é uma teoria mentalista? O que é o mentalismo para a psicanálise?
Lembrando aqui de q a teoria do big bang, embora hegemonica, tem críticos. No Brasil, talvez o mais relevante seja Mario Novelo.
Год назад
Passei de 2013 à 2021 (houve percalços serios em minha formação acadêmica) lendo Freud. Só depois de formada, fui ler Lacan. Com base no que dizem, achei relativamente fácil.
Professor Christian, quais são as vertentes/escolas/linhas da psicanálise? Sabendo que houveram diversificações da psicanálise como a fundacional Freudiana, Lacan, Klein, Winnicott, Bion, a própria psicologia do ego que se forma dos EUA . Pode dar um gia desses tipos oi variações da psicanálise, quem conversa com quem, que não pode estar no mesmo trabalho pois contrapõe outro e suas diferenças? Muito obrigado desde já!
A cor do tempo é prata reflexiva (a mistura dos opostos extremos). E o universo é um vortex de reflexões e o presente é o instante material da existência.
Encontro muito pouco material na internet tratando sobre o conceito ''furor sanandi'' de Freud, você poderia falar um pouco sobre o assunto, Christian? Seus vídeos são muito importantes pra minha formação!
maravilhosos!!! assisti o mais recente e esse, quero mais Mathias falando sobre mecânica quântica! Alias, mecânica quântica e a mesma coisa que física quântica? Gracias!
Boa noite prof. Excelente tema e apresentação exemplar. Parabém a ambos. Neste momento gostaria de sua disponibilidade em demonstrar como a psicanálise poderia ajudar o ludopata. Tal questão vem me chamando atenção visto que o jogo está sendo discutido no ambito legislativo para prover recursos ao erário. Só que uma questão não está sendo percebida e ruidosamente camuflada, ei-la: as pessoas que viciam em jogos. Temos já relatados casos onde a pessoa perdeu bens e grandezas e nunca conseguiu recuperar. Como a Psicanálise poderia compreender o prazer envolvido no ato de jogar e a negação do fato de perder? Por que o pensamento de que na próxima jogada pode-se ganhar? Como lidar com esta ilusão de completude, se podermos dizer assim? Grato.
O que vocês acham de falar sobre Reich e sua abordagem mais voltada para o corpo? Vegetoterapia, análise do caráter... qual a diferença e características de sua abordagem em comparação com a análise psicanalítica mais voltada para o verbo?
Querido Dunker, hoje a educação está em luto, um homem invadiu uma escola e magou quatro crianças com um machado. Por isso, uma onda mediática surgiu como imperativo: não divulgar foto e nem nome do criminoso. Aí coloco uma pergunta: um criminoso desses quer fama? Ele quer aparecer? Isso tem a ver com o narcisismo? O que podemos ler disso? Obrigado.
Adorei o papo!! A mim, faz imenso sentido pensar a teoria do Lacan desvinculada do evolucionismo desenvolvimentista, do tempo linear, de uma timeline... parece-me que Lacan é muito claro qd propõe o significante - A - S1 - S2 e a e toda formalização não sustentada por um início ou uma causalidade desarticulada, mas por anterioridade lógica, pelo futuro do pretérito, por giros, pelo elíptico e as figuras topológicas imersas em uma dimensão 2D ou 4D etc etc.... é de uma abstração gigante... difícil! E, por falar nisso Rs, tem um menino, agora já rapaz, genial que explica a quarta dimensão, de uma maneira super interessante.... talvez o Mathias o conheça: ru-vid.com/video/%D0%B2%D0%B8%D0%B4%D0%B5%D0%BE-eGguwYPC32I.html
Como médico, gostaria de acrescentar como tema para uma futura discussão sobre o conceito de relógio de intervalo na neurociência e como ele pode ser influenciado pelo efeito dos afetos, sentimentos e emoções sob efeito tanto da linguagem como de medicações.
Anaximandro já no século VI antes de Cristo tentou derivar uma fundamentação ontológica de um princípio natural-fisico. Será que existe mesmo a capacidade de biologisar ou fisicalizar a mente ???
LI um trabalho realizado por 2 físicos, penso franceses, que critica Lacan por usar a topologia que é muito complexa para explicar sua teoria psicanalítica que também é bastante cheia de elipses. A crítica desse trabalho é que Lacan entendia muito precariamente a ferramenta matemática com a qual desejou embasar suas ideias. A proposta desse vídeo não faz sentido! Não faz sentido já que Lacan não definiu uma nova era do pensamento como Einstein fez. O linguista Noah Chomsky critica os autores (franceses) pós-modernistas dizendo entre outras palavras mordazes: "they create theories that parody physics but lack any predicitive power; they construct their very own structure of power". Podemos realizar uma aproximação clara igualmente de Lacan em relação à matemática como os pós-modernistas e seus castelos de vidro. Mas, então, afinal, Lacan era ou não um certo charlatão que criou uma lenda (curiosa) em torno de si? Mas vale perguntar, ou é muito melhor sabermos: Como podemos interpretar o trabalho psicanalítico de Lacan em conjunto com sua paixão por topologia que era algo que fugia de seu completo entendimento? Essa turma toda põe um peso poderoso nas palavras criando um discurso artificioso que só os iniciados entendem. "No princípio era o verbo. Depois veio a masturbação da palavra." Enfim, "me engana que eu gosto!"
Comentário interessante. Enquanto isso como ficam os pacientes, né? Não podemos esquecer que a psicanálise é uma prática de psicoterapia, no Brasil ela é uma das abordagens reconhecidas pelo CFP para o tratamento de pacientes que sofrem de transtornos mentais, pessoas em extremo sofrimento psíquico. Esse debate de endeusamento de Freud e Lacan é cansativo demais. Ahahahaha comparar Lacan com Einstein ahahahahahaha foi engraçado. Dunker tentou de todas as formas fazer a ideia encaixar, ainda bem que o Mathias não sofre de lacanês e foi um debatedor imparcial, inclusive mostrando para o Dunker a falta de fundamentação de seus exemplos, que muitas vezes saíram pela culatra. Dunker, por favor, chama o Altay de Souza e a Dra Natália Mota, deixe ela falar sobre o SpeechGraph, dai vc vai ver os grafos em exemplos muito melhores dos que no lacanês.
Em meados do século XX, Jean Tinguely começou a construir máquinas inúteis, absurdas, com movimentos descoordenados. Mesmo que ele fosse um artista, era até mesmo difícil considerar esses objetos estranhos como esculturas, porque eles não se pareciam com nada que as artes plásticas haviam produzido até então. Pelo contrário, pareciam com aquilo que alguém encontraria nos destroços de um acidente de automóveis ou em um ferro-velho. Dizem que certa vez um engenheiro, ao ver uma das máquinas de Tinguely, ousou em voz alta: "Esse homem entende muito precariamente a engenharia e as ferramentas mecânicas com as quais desejou embasar suas ideias". Quando leu a placa que dava nome àquelas máquinas inúteis, "Metamáticas", sentiu ainda mais desprezo. "Uma masturbação da palavra, uma paródia", resmungou. Atrasado para o trabalho, voltou rapidamente para suas pranchetas repletas de projetos que, esses sim, prestavam para alguma coisa e faziam o uso correto da matemática e seus princípios, imaculada pelo onanismo artístico. Nessas páginas industriais previam-se carros e eletrodomésticos que, quando realizados, avançariam um passo adiante na história das tecnologias, ao contrário daquelas tranqueiras de Tinguely, que não previam nada e não apontavam para futuro algum. No trajeto de volta pra casa, o carro do engenheiro - comprado apenas recentemente com todas as suas últimas economias de seu trabalho certamente desgastante - quebrou a duas quadras de distância do seu bairro. Chegando em casa, fez o ritual diário de apertar botões: acendeu as luzes, ligou o rádio e digitou o telefone de um amigo para avisá-lo de não perder seu tempo naquela exposição idiota. Solteiro e criado pelos pais para nunca encostar em panela e fogão, pegou a bandeja congelada de uma refeição completa saída da fábrica direto para sua mesa. "É só esquentar e comer" dizia o anúncio. Seu aparelho de micro-ondas, no entanto, assim como seu carro algumas horas antes, não estava funcionando. Além do cansaço e da raiva, sentiu também fome. Alguns comentam que, na noite do mesmo dia, o engenheiro sonhou com as máquinas de Tinguely. No sonho, as máquinas não pareciam tão imprestáveis e a metamática não soava um absurdo. Nos sonhos, era sua engenharia que parecia ciência inútil em um mundo confuso demais para ser calculado. No dia seguinte, logo após acordar, o engenheiro sentou-se apressado à mesa e, numa folha em branco, usou todo seu conhecimento adequado da engenharia e toda sua aptidão às ferramentas mecânicas para esboçar sua própria máquina metamática. Foi então que ele entendeu que o conhecimento do artista não era nem precário e tampouco deficiente de saberes das ferramentas mecânicas. Também não era um problema que nada daquilo previsse qualquer coisa do futuro. Tinguely não estava fazendo engenharia. Tinguely falava do presente. No trabalho, o engenheiro contou aos amigos sobre a interessante exposição do museu ao lado.
Acho essa crítica "pós-moderna" muito rasa, é apenas uma modinha. Quando pegamos essa galera que os americanos chamaram de " French theory" com aprofundamento, vemos uma riqueza dessas teorias.
Porém, no SEM 11, Lacan fala da causalidade descontínua apontando isso na Interpretação de Sonhos...de Freud.. Exatamente no sonho do "Pai, não vês que estou queimando?" Não me parece uma "forçação de barra" de Lacan. Só há causa naquilo que tem uma hiância (ali onde ele coloca o Outro (seguindo Freud, só que com outros termos) e não seguindo Descartes que colocou Deus não enganador.
Especulação. Como frequentemente ocorre, no futuro ambos estarão errados. Sobretudo, Einstein. Lacan e sua obra um pouco mais, estaiadas as velas ao devir memorável seguirá, tão somente em razão de sua aproximação dos surrealistas. Abraços.
O (ou?)"se tudo é..." não traz em si (na verdade, é posto, colocado, indicado, indiciado etc), no "tudo" e no "é" um excesso de "compromissos"? - ontológicos, éticos, práticos etc...
Comparar lacan com einstein é ridiculo ! Lacan esta a anos luz de einstein e freud. Melhor comparar freud com einstein, fica menos delirante e menos ...tendencioso
Nem para o engenheiro civil a terra é plana...vc estuda topografia 1,2 e 3 e depois geodesia...que é a topografia, mas já considerando a curvatura da terra...
