"Tornar-se o q se é, no sentido de encarar a vida, como um saber de si e de um querer-se diferente; conquistar a si próprio por uma formaçao da auto educaçao ou do cultivo de si."
Autenticidade é tudo! Quando você muda para se encaixar nos padrão alheio , você traí a si mesmo e acata o estilo do outro de pensar e agir. Você mata a si mesmo e tornar-se uma copia do outro, isso é terrível, prefiro ser taxado de varias coisas do que aderir a forma de vida e pensamento dos outros.
A filosofia de Nietzsche, cada vez mais penso nisso, trata-se de uma filosofia para, no mínimo, uma classe média que, detendo um certo poder de consumo, pode, como se pode presumir, obter livros, ter tempo para assistir palestras e pensar sobre coisas do tipo: "Como se tornar o que se é". Sei que, para ilustrar o que estou sentindo, deveria ter mais tempo elaborando o que escrevo, mas, infelizmente, depois de um dia de labuta, estou completamente exausto, sem ânimo para continuar raciocinando e escrevendo. Para encerrar, faço um questionamento: Tendo em vista que vivemos no mundo capitalista, onde pouquíssimas pessoas detêm, desde cedo ou mesmo em parte da vida, TEMPO e ferramentas para filosofar, seria correto dizer, no que se refere à filosofia nietzschiana, que "É preciso se tornar o que se é dentro das nossas possibilidades"? Digo isso pois é IMPOSSÍVEL saber quem poderíamos ser senão fôssemos "freados" pelas estruturas de poder político, econômico e cultural.
Compartilho contigo exatamente estas mesmas mazelas e este sentimento de ter que vencer muitos obstáculos físicos e financeiros para ao fim da jornada chegar em casa sentar na garagem fumar calmamente meus cigarros e algumas xícaras de café consumindo conteúdo de alto pensamento. O que eu sou? Um trabalhador em uma posição média em uma área técnico científica que amo, aspirante a músico e compositor com muita dedicação em um nicho falido, por tentar ser a minha essência usei muitos anos de juventude e tempo, foram bons, mas não foi possível dedicar o tempo suficiente para a artística atividade visto que sou pai de família, dedicado e cada vez mais vejo que meu eu se tornou o papai que sabe tudo, que trabalha muito mas que gostaria de ser este mesmo pai porém realizado consigo mesmo. A filosofia é linda, necessária e educadora nem que seja para filosofar consigo mesmo visto a falta de pares, porém infelizmente para tanto de certa forma burguesa. Quem é escravo do sistema e consegue sobreviver no tempo livre tem poucos recursos para a intelectualidade. Eu tento fazer minha parte comigo mesmo, sempre lendo, mesmo que pouco, talvez muito para média nacional , mas nem de perto quanto gostaria. Levei um mês em Petrônio, uma semana no Proudhon e ainda no início mas melhor 10 páginas por dia que nenhuma. Nietzsche é um dos meus favoritos perdi alguns na enchente outros poucos mofados. Mas quando possível terei novas cópias. No momento ansioso aguardando o simulação and simulation do Braudillard que já havia tirado uma febre em PDF e foi fora de série. Talvez agora com a renovação da biblioteca caminhe por outros ares, mas os queridos terão que voltar em novas cópias. Tento viver assim com menos ambições e julgamentos porém realista com o mundo ao redor, fazendo o possível para melhorar a situação e ter mais conforto para quem sabe que o dia que consiga ler 100 páginas por dia chegue o mais rápido possível, paradoxalmente também tentando não pensar muito nisso. Força
Eu penso que isso é falso. Certamente é mais fácil se alcançar autenticidade se você tem segurança financeira, mas muitos poetas, artistas e filósofos que seguiram o conselho de Nietzsche eram pobretões. Você pode sempre escolher não jogar o jogo do sistema e as consequências vão ser duras, mas não é impossível (seria ainda mais nietzschiano).
E quando ser quem se é te causa profundo sofrimento pq msm vc tentando jogar contra o sistema ele inevitavelmente está presente em vc de forma, no mínimo, inconsciente? De modo que, inevitavelmente, vc sofre pelos padrões sociais que não atinge pq de alguma forma eles estão fincados no teu inconsciente como algo obrigatório a ser atingido?
Olá, sempre que alguém fala do livro "Assim falou Zaratustra" as pessoas não saem da introdução, explorando, no máximo, o primeiro capítulo. Gostaria de um vídeo explorando os últimos capítulos, pois neles, pelo menos para mim, foram os mais complexos de se compreender.
Esse conceito da busca implacável pelo exercício do que te satisfaz se torna problemático ao ponto que descobrimos que existem psicopatas no mundo e pessoas com natureza destrutiva, uma natureza intrínseca a elas que busca sobretudo o prazer através do sofrimento alheio. Hoje com o advento da neurociência, sabemos que existem diversos transtornos psicológicos que levam um indivíduo a ações perturbadoras, esses indivíduos acreditam que seu interior pulsa por seguir certos caminhos tenebrosos. A verdade é que se esse ideal de Nietzsche se concretizasse um dia, um mondo seria um zoológico perturbador, por um lado teríamos pessoas dando a luz a comportamentos benevolentes sem medida, e por outro lado teríamos psicopatas trazendo calamidade sem medida. Não que isso não ocorra de fato na realidade, na minha visão o nazismo surge de um ser humano trazendo a tona sem barreiras seus ideais demoníacos. Padrões morais precisam existir, caso contrário acredito que nós próprios já teríamos causado a nossa própria extinção.
Interessante para mente moderna o seu modo de ver a vida humana Senão darmos créditos aos valores absolutos que existem em pura transcendência além deste mundo (usando uma frase platônica, acham-se escondidos nos céus) num fluir constante e decisivo, continuaremos na constante busca do sentido para a vida Portanto, a lei universal da história consiste precisamente nisto, em que a razão divina ou vida divina, dentro da história, se manifesta constantemente em individualizações sempre novas e sempre particulares e que, portanto, sua tendência não é em direção a unidade ou universalidade, mas à realização das mais altas potencialidades de cada aspecto separado da vida Assim, o pensar existencialmente é , portanto, pensar não como expectador dos problemas últimos da vida e da morte, mas como quem se encontra envolto e atado por uma decisão com respeito a eles Assim, temos a proposta do Evangelho de Cristo, tal como proclamaram os apóstolos, encontra-se algo que, por assim dizer, é mais do que a natureza pode resistir. Isso escandaliza tanto a razão como o sentido moral comum Abraço. Shalom!