O INDIVÍDUO é a própria CONSCIÊNCIA? (Pedro Loos) | Análise lógica 

O que ocorre aqui é que a premissa "a primeira frase é verdadeira" não é válida. O paradoxo só existe pois intuitivamente assumimos essa premissa sem mesmo ter muita consciência disto.

Uma estrutura análoga e no entanto facilmente identificavel a invalidade da premissa "a primeira afirmação é verdadeira" seria: deus existe, deus não existe".

​@@diogoesteveaqui Mas essas duas proposições são negações uma da outra. Isto é x e depois isto não é x se referem a afirmação de algo e posterior negação. No paradoxo você assume que a primeira premissa é verdadeira, e se ela for verdadeira, tem uma consequência paradoxal, e se for falsa, também tem essa consequência. Você vai dizer que essa proposição não é verdadeira nem falsa? Ou vai dizer que não é nem uma proposição? Queria saber qual teu raciocínio exato para comparar estes dois exemplos que eu vejo serem completamente diferentes.

@@maciel528 você está correto quando observa que as proposições que usei negam-se mutuamente, ou seja, são auto contraditórias pela impossibilidade lógica de ambas serem verdadeiras simultaneamente. Meu ponto é que o mesmo é aplicável para "a próxima frase é verdadeira, a anterior é falsa" já que ambas as proposições não podem ser simultaneamente verdadeiras. Ou seja, se considerar que "a segunda frase é verdadeira" é verdadeira há uma impossibilidade lógica da próxima frase ser "a frase anterior é falsa" e vice versa.

@@maciel528 outro ponto é a conclusão que se a proposição "a frase anterior é falsa" não for verdadeira, a preposição "a frase é anterior é verdadeira" é verdadeira. Essa conclusão é intuitiva mas não é necessariamente correta. Assim como boa parte do que é intuitivo rsrs

Se ambos quiserem o debate, dou espaço e medio com o maior prazer.

Eu pensei exatamente isso, já que o navio não possui consciência e não pode se definir, sua identidade está atrelada ao seu criador sua definição é dada pelo propio, Teseu, o navio ainda é dele e o nome dado ao navio ainda é o mesmo. Não é sobre as Medeiras do navio de Teseu e sim sobre o navio de Teseu.

Esse paradoxo é facilmente refutado!! Se todas as peças do navio foram 100% trocadas, o navio é outro, pois os átomos das novas peças não são os mesmos das antigas. Identidade do navio está intimamente ligada à composição material original. Uma mudança completa de todas as peças resultaria em um novo navio. Se 50% das peças foram trocadas, o navio é heterogêneo, com metade original e metade nova. Cada metade, em termos de identidade, seria distinta. A metade original mantém alguma continuidade com o navio original, enquanto a metade nova constitui uma nova entidade. Se apenas 1% das peças originais permanecem, o navio de Teseu é apenas esse 1%, enquanto os outros 99% constituem um novo navio. Nesse caso, mantém que qualquer porção, mesmo minúscula, de peças originais mantém a identidade do navio original, enquanto a maior parte trocada cria uma nova identidade.

@@pedrobitcoin691 então o vc de hoje não é o mesmo de 2 anos atrás? Ja q vc trocou todos os átomos?

@@ericcartman8921 Apelo a falsa analogia. A Consciência e identidade, seres humanos têm uma consciência e uma identidade pessoal que vão além da composição física de seus corpos. Mesmo que as células do corpo humano se renovem ao longo do tempo, a identidade e a consciência de uma pessoa permanecem constantes, o que não pode ser dito de um navio. Exemplo, a diferença entre átomos de ouro e prata resulta em propriedades físicas distintas, como cor e condutividade elétrica. Portanto, a analogia entre a substituição de átomos em um navio e a mudança de átomos em um ser humano é inadequada, dada a complexidade e a diversidade dos elementos envolvidos!! Se o navio fosse construído em ouro o átomos do ouro não iria se transformar em átomos de prata pois existe ordem e harmonia!!

Cirúrgico.

se não me engano em alguns vídeos ele diz que certas coisas não pertencem ao campo da lógica. Para aplicar a lógica nesse tipo de ideia teria que alterar a lógica, quebrando a lei da não contradição por exemplo. Se quer ter uma maior compreensão disso tem que pensar para além da lógica oq é complicado já que tudo que acreditamos só acreditamos pq a princípio fazem sentido lógico. Indico estudar um pouco sobre filosofia taoista. Há uma infinidade de vídeos do Alan watts onde ele explica os conceitos da dualidade, talvez ajude a entender um pouco sobre como algo pode ser e não ser ao mesmo tempo

O Mário Ferreira dos Santos já abordou (à luz do realismo) questões relacionada a física e a cosmologia, incluindo a relatividade de Einstein, essa questão da física quântica entra na metafísica, recomendo a leitura de suas obras, recomendo a leitura das obras "Filosofia e cosmovisão" e "Ontologia e Cosmologia".

@@botdiff9477 te agradeço a recomendação. O ponto da dúvida e da sugestão de vídeo, é que , a princípio a lógica é algo que abrange absolutamente todos os aspectos da realidade. Até o próprio conceito de Deus ou de onipotência, precisa obedecer a princípios lógicos. Então como algo físico não precisa obedecer esses princípios , saca ? Daí a curiosidade da análise , e na falta de lógica, o que usar pra conmpreender ou estudar algo ? O que sobra ?

@@apenasumfuturotomista5258 🤔, até onde eu entendo, o metafísico é tudo que foge do estudo físico, material , do que não pode ser estudado pela ciência, usando o método cientifico padrão, são coisas que entram na filosofia etc. Não acho que a física quantica se enquadre nesse meio, até porque ela é estudada como parte da física mesmo, com todos os experimentos dentro do método cientifico. De qualquer forma, te agradeço as recomendações

@@MarcusVinicius-ho2li Não é que fuja do estudo físico ou material, é que ela está acima (em sentido de degrau, como uma escada) de ciências como a Física, pois trata de questões mais altas, não à toa também a chamam de filosofia primeira. A questão da física quântica é com relação a esse tipo de afirmação que aparenta invalidar princípios metafísicos, no caso, o metafísico terá então que encontrar o equivoco ou na afirmação(do físico), ou em que divulgou a afirmação (pode ocorrer da pessoa que divulgou não ter entendido corretamente a afirmação e ter entendido - erroneamente - que a física quântica ou o físico afirmou tal coisa quando não).

Legal, agora fale das visões que discordam da sua visão...

@@joaofbg olha, se é idêntico, precisa ser organico, mas android também serve. Não sei onde entrar sobrenatural nesse caso, mas sobre a alma, se ela existir, a questão está resolvida, o "A" não teria alma ou teria uma alma diferente de você, logo, ele não seria você.

É, eu não me comprometi com nenhuma definição de senciência, só me vali do termo que ele usou para se referir à metaconsciência

Vou dividir o seu comentário em três partes correspondentes aos três períodos. O seu segundo período contradiz o primeiro; estar ciente de que se está ciente é precisamente o que ilustra o olho que vê o próprio olho no ato de ver. Se você pensa que essa ilustração não é fidedigna da metaconsciência, conte para nós. O que você diz no seu terceiro período, no entanto, não parece exigir nenhuma metaconsciência. A mera consciência de que se está agindo com raiva parece ser suficiente para decidir, por exemplo, se controlar.

Ora, se tal é o estatuto ontológico da condição humana, como explicar que, geralmente, os homens não vivam no plano da reflexão, do pensamento, da consciência, MAS NO PLANO DA VIDA IMEDIATA, IRREFLETIDA E INCONSCIENTE, DANDO SEMPRE PRIORIDADE À VIDA, NO SENTIDO NATURAL E BIOLÓGICO, EM RELAÇÃO À VIDA NO SENTIDO PROPRIAMENTE HUMANO? Porque, a partir do momento em que alguns homens pensaram, refletiram conscientemente, EMBORA NÃO FOSSEM SE NEM MENOS NEM MAIS HUMANOS DO QUE OS OUTROS, a partir desse momento abriu-se o precedente, o homem mostrando que não só é capaz de viver, mas de refletir sobre a vida e sua significação. E, se esses homens que pensaram - MOSTRANDO QUE PENSAR É POSSÍVEL, E MESMO NECESSÁRIO NÃO SÃO FEITOS DE OUTRA NATUREZA, OU DE OUTRA SUBSTÂNCIA, QUE OS DEMAIS HOMENS, ISSO QUER DIZER QUE, EM PRINCÍPIO, EM TESE, TODO E QUALQUER HOMEM, PELO SIMPLES FATO DE SER HUMANO, É CAPAZ DE PENSAR. E, se geralmente não pensa, por que não pensa? A pergunta é procedente porque, se os homens se têm mostrado refratários ao pensamento, à reflexão, que sentido tem pretender convertê-los a esse pensamento, a essa reflexão, que julgam desnecessários, OU SUPÉRFLUOS, UMA VEZ QUE ENCONTRAM SATISFAÇÃO NA VIDA SEM PENSAMENTO?

Dividir algo não material?

Tem quanto de rating?

@@DrNykterstein17 se fosse feita de partes seria divisível

@@DrNykterstein17 rating?

​@@DrNykterstein17Ué, vc n divide 1 por 2 e dá 0,5? Kakakakakw até onde sei a abstração de quantias não são materiais. Creio que foi nesse sentido que ele perguntou.

Querido, quando Marx e um filósofo da mente estão falando de consciência, eles estão falando de coisas fundamentalmente diferentes. Se preferir, de aspectos diferentes de uma mesma coisa. O segundo está tentando determinar descritivamente o que é um estado consciente; o primeiro, está falando de um dos objetos intencionais de uma consciência, que é a estrutura social. Por favor, achar que tratam da mesma coisa só por se valerem do mesmo nome é um equívoco primário.

Uai, onde eu disse que veio de Aristóteles?

​@@Victorelius tudo bem? Em 4:10 vc fala da espécie humana (após o exemplo dos copos) como essência, ou seja vc está definindo um universal e diz que é a visão aristotélica. Revi e vc está correto, é mesmo a visão dele. Por lógica, vc não negou que ele seja o criador da ideia, que é de Platão. Abraços.

Acho a Psicologia Aristotélico-tomista a posição correta, e ela assim como não é espiritualista tampouco poderia ser materialista. Não entendo para que esse tanto de comentário sem apresentar nenhuma visão discordante.

seria o universo a nossa mente do avesso?

És um defensor do atomismo?

@@apenasumfuturotomista5258 Na época do nascimento da Filosofia na Grécia antiga,existiram muitas tendências nas formas de pensar ou de interpretar nossos modos de ver o mundo. As primeiras escolas se preocupavam com o princípio de todas as coisas ou a Natureza (physis), e, dentre elas encontramos o que se pode chamar de Atomismo Filosófico. O Atomismo teve dois representantes principais - Leucipo e Demócrito. Leucipo, o mestre primeiro e seu aluno, Demócrito, ambos viveram no século. V a.C. Eles procuram explicar a realidade através de um constante movimento composto por turbilhões de átomos. Cada átomo ou "partícula mínima da matéria" seria o Princípio de tudo o que existe. Ele é imutável, não gerado e imperecível, pleno, finito e indivisível. Os Atomistas consideram o movimento dos átomos sem começo nem fim, movendo-se em todas as direções. Seriam quantidades imperceptíveis que existiriam em função de um acaso universal, que provocaria a existência de todos os corpos, seriam elementos finitos mas que provocariam combinações infinitas.O primeiro Atomista, Leucipo viveu em Abdera por volta de 450 a.C. Para ele, o universo é composto de inúmeros átomos, com formas infinitas num nascer e renascer incessantes. O segundo Atomista, aluno de Leucipo, e mais famoso do que este, teria vivido por volta de 460-370 a.C., trata-se de Demócrito, cuja filosofia mantém a constante mudança dos átomos que se movem num vazio, lugar das mudanças: átomos eternos e incausados, gerados no acaso e na necessidade. O homem é parte da Natureza e tudo nele também é movimento atômico, inclusive o pensamento, seria um constante movimento atômico, sem princípio nem fim, movido pelo acaso e pela necessidade. Para eles, todo movimento pressupõe um atrito de pleno e vazio. Um vazio que nada tem a ver com a noção de "nada", este vazio é apenas o limite nas fronteiras dos átomos. Porque, segundo Demócrito, o espaço vazio está em relação ao pesados átomos: os pesados caem e fazem subir aos leves com sua constante pressão, e não há medida para a velocidade dos átomos.O atomismo filosófico comporta um elemento poético como uma eterna chuva de pequenos corpos dispersos, que caem e sobem em movimentos variados, entrelaçando-se de maneira a formar turbilhões e a produzir todos os corpos físicos. No homem, os átomos criariam uma espécie de Aura, envolvendo o corpo, onde os átomos leves seriam os Bons e os pesados seriam os Maus. Um indivíduo voltado para os elevados valores do Bem aumentaria sua Aura somente com átomos leves e bons. A escola de pensamento dos Atomistas influenciou muitas tendências do modo de pensar no ocidente. Ainda na Grécia antiga, tivemos Epicuro, que foi aluno de Demócrito e fundou sua Escola denominada de Jardins. Era um Atomismo voltado para os valores humanos cujo objetivo maior era o Prazer, um prazer espiritual para além dos sentidos humanos. Esta tendência do modo de pensar também influenciou a muitos pensadores do Império Romano ou fase histórica chamada de Helenismo e ali, você encontra o atomismo principalmente em Lucrécio (99 a.C. - 55 a.C.) e depois, ao longo da História, encontramos no Renascimento (sec. XV) o movimento chamado de Hedonismo, também um atomismo voltado para os prazeres agora muito mais materiais do que espirituais, ao contrário da escola de Epicuro na Grécia antiga.

@@apenasumfuturotomista5258 Foi grande e determinante a influência dos filósofos gregos no pensamento da Europa cristã, nomeadamente no saber científico medieval, quer através das suas obras originais, quer por via das traduções destas, feitas por eruditos árabes e judeus. Nesse tempo, o capítulo do conhecimento que reunia os primórdios da geologia, no seu sentido mais amplo, estava contido na chamada filosofia natural. Foi na Grécia antiga, berço da civilização ocidental, que, à mistura com outros aspectos do mundo físico, surgiram os primeiros textos envolvendo temas desta importante área do saber científico. Ao tempo, a filosofia natural, como o nome indica, ocupava-se da natureza, ou seja, do mundo físico. De início, procurava chegar à essência dos entes que possuem corpo e ao conhecimento das primeiras causas e dos princípios do mundo material, não dando grande ênfase à descrição dos objectos e dos fenómenos naturais. Nesta linha do pensamento, os cultores da filosofia natural apoiavam-se numa abordagem mais de elaboração mental do que de observação ou de experimentação. Filósofos gregos pré-socráticos deixaram-nos obra escrita no âmbito desta vertente da filosofia, com destaque para Leucipo de Mileto (nascido em 500 a. C.), Demócrito de Abdera (460-379 a. C.), Epicuro de Samos (341-270 A. C) e os seus pensamentos sobre o atomismo.