Sensei Genshô explica um conceito complexo através de uma analogia que clareia a noção do objetivo da prática. Uma bela explicação sobre o Zazen e seu profundos ensinamentos.
Estou feliz demais por encontrar esses vídeos!! Vi muitas vezes a palestra sobre dimensão suprema e dimensão histórica é um com espíritas. Estou encantada!! Agradeço muito.
As vezes eu entro numa pequena espécie de crise existencial eu olho para outras pessoas e eu realmente não consigo entender como que eu sou separado dessas pessoas? Interessante pensar nisso.
Achei esse vídeo muito interessante, tive que revê-lo muitas vezes e cada vez que o vejo surgem muitas perguntas. Quando penso na realidade, nas coisas que vemos e sentimos, não consigo compreender se ela já estava aí ou se depende da nossa consciência para existir. Também me pergunto porque desde que nascemos vamos construindo essa realidade e nos “separando” do todo...o que motiva isso? Sou grato por esse ensinamento.
Amigo, não somos nós que construímos a realidade em si mesma, pois algo que existe não depende da nossa percepção para existir ou até mesmo nos afetar. O que nós construimos é a sutil idéia de um Eu separado dos fenômenos, esse Ego é apenas um agregado de impressões mentais que criamos e alimentamos a partir das experiências vividas, que formam nossa memória e o que também conhecemos como personalidade. Esse Ego nos impede de ver as coisas como são, porque ele está sempre fabricando uma infinidade de expectativas e opiniões sobre as coisas e situações, em vez de simplesmente contemplar elas como realmente são. Essa distorção crônica da percepção gera diversos distúrbios na mente como a cobiça, raiva, ilusão e vários outros estados psicológicos negativos que nos levam a ter atitudes erradas, causando sofrimento para nós e para os outros.
. *PRAJNA* Adoro o Sutra do Diamante, porque ele elimina a tentativa *insana* de reificar o "vazio", e cair no niilismo ; e elimina também a tentativa *insana* de reificar a *aparência das formas* e, cair no eternalismo. ... Isto para mim é o grande valor do significado de *Prajna.* 💎
No budismo tibetano kadampa, os cinco agregados são: forma, sensação, discriminação, fatores de composição e consciência. Como existem linhas budistas (e o Zen Budismo é uma linha japonesa), mas todos partem de uma mesma origem, queria saber se tratam-se dos mesmo agregados (conceitos iguais e denominações diferentes) ou, para o zen, os agregados se diferem de outras linhas budistas.
Minuto 5:37min diz : "O perigo desta analogia é imaginarmos que esse grande ser é existente" Mas, sem dúvida alguma *existe sim* algo operando. E por inferência, deduzimos que seja algo eterno ; senão, não faria sentido estarmos aqui almejando a "liberação" ; liberação de uma mentalidade ilusória, egóica e sofredora. *Existe algo*, seja um conjunto de agregados, seja a energia, *seja o que for...* Algo opera. Seja a dinâmica da *energia infinita* deste conjunto infinito que uns chamam de universo, outros chamam de Brahman, e outros chamam de Deus, e etc... Mas *existe sim*, algo operando continuamente. Vejo que muitos representantes do budismo, fazem muito esforço para negar o uso da expressão --- Deus --- Como se todas as pessoas tivessem o mesmo conceito para essa expressão. Mas usam a expressão *Natureza Búdica*. E este conceito, não nega a existência de algo que opera continuamente. O Sutra do Coração não nega a existência de *algo operando*, o que o sutra nega é a existência de *algo operando de modo independente.* Por isso é que diz que : *"Forma é vazio, vazio é forma"*.
No meu entendimento, só faz sentido falar em propósito se você pensa em uma intenção, em um objetivo, em um plano. Sem um ser divino e superior construindo e planejando a existência, não me parece existir a necessidade do conceito de propósito universal.
@@MondiBandor nossa mente tende a buscar palavras para explicar coisas que nossa linguagem ainda não consegue acessar. Já dizia o Mooji, que não é do budismo: tentar explicar Deus com a nossa mente é como tentar iluminar o sol com a chama de uma vela. Da mesma forma entendo essa engrenagem toda que fazemos parte, sem personificar em um nome ou em algo, como Deus.
O Sutra do Coração não nega a *existência* de *algo operando* (energia que interage dinamicamente) ; o que o sutra nos mostra é que *tudo* age de forma interdependente. É inegável que *existe algo* interagindo ; senão não faria sentido estarmos aqui procurando um geito de compreender algo que nos libere da ignorância. Existe sim, uma *natureza*. A mesma *natureza* que vivencia a ignorância, é a mesma que vivencia a lucidez.
Esse simples assim é um koan, meu caro. Compreensão racional fácil, mas viver a vida na prática desse entendimento é extremamente difícil e trabalhoso.
@Poderoso Brahman O Sutra do Coração tem quase 2000 anos, é um dos mais famosos sutras do Mahayana. Existem vários e vários livros e estudos sobre ele, e a interpretação é essa que ele está passando. Ele não tirou da cabeça dele, não se trata de um "discurso guruístico", como você está dizendo. Você pode discordar, mas antes é sempre bom conhecer o que se está discordando.