olá grande Samuel Lopes locutor. narrador esportivo e também grande cantor. cantador de embolada e também compositor. narrador de cordel o poema que o matuto inventou e numa corda na feira livre um dependurou pra vender e comprar comida que sua fome matou...um dia Samuel Lopes foi campeão do ibope quando o globo apresentou...e com sua bela voz seus ouvintes encantou. viva Deus . nossa senhora é Jesus nosso senhor....Jesus Cristo o abençoe sempre Samuel Lopes....
Quando cego Aderaldo passava pelo interior do Ceará hospedava na casa do meu bisavô. Minha vó tinha decorado essa peleja sem faltar uma letra, ela era analfabeta.
Literatura de cordel recebe título de Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro Reconhecimento foi feito nesta quarta-feira (19), pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A literatura de cordel foi reconhecida, nesta quarta-feira (19), como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. O título foi concedido por unanimidade pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A reunião ocorreu no Rio de Janeiro, com presença de representantes do Ministério da Cultura e da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Em Pernambuco, o gênero ganha destaque em festivais e com o Museu do Cordel Olegário Fernandes, em Caruaru, reformado em 2013. No mesmo município, a literatura também é valorizada pela Academia Caruaruense de Literatura de Cordel (ACLC), criada em 2005 com o objetivo de valorizar os poetas do passado e incentivar os futuros cordelistas. As homenagens ao gênero são feitas sobretudo em novembro, mês em que é celebrado o Dia da Literatura de Cordel. De acordo com a pesquisadora e escritora Maria Alice Amorim, que estudou a literatura de cordel no mestrado e doutorado, o título é uma forma de reconhecer um gênero que já sofreu preconceitos. "Embora seja uma tradição reconhecida e admirada, ela também sofre uma série de preconceitos e, consequentemente, exclusões de alguns nichos literários devido ao caráter popular", explica. Literatura de cordel é comumente exibida em cordões em feiras e editoras - Foto: Oton Veiga/TV Globo Literatura de cordel é comumente exibida em cordões em feiras e editoras - Foto: Oton Veiga/TV Globo Literatura de cordel é comumente exibida em cordões em feiras e editoras Maria Alice, no entanto, acredita que a riqueza do gênero supera as discriminações já sofridas pelas produções e pelos escritores. "Por ter esse caráter de uma tradição popular, de livros que são feitos de uma forma mais artesanal, com materiais mais baratos, existe esse preconceito. Só que na verdade, enquanto discurso poético, o cordel é muito rico e refinado, porque necessita de uma técnica de métrica e rima", observa. Com o título, a pesquisadora acredita que a literatura de cordel ganha força para ser perpetuada. "Essa salvaguarda vai garantir que a tradição permaneça viva e que outras pessoas possam desenvolver o talento poético pra poesia de cordel", afirma. Estilo Em texto postado no site, o Iphan informa que a literatura de cordel teve início no Norte e no Nordeste e o estilo se espalhou por todo o Brasil, principalmente por causa do processo de migração populacional. Hoje, de acordo com o Instituto, o gênero circula com maior intensidade na Paraíba, Pernambuco, Ceará, Maranhão, Pará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo. A expressão cultural retrata o imaginário coletivo, a memória social e o ponto de vista dos poetas a respeito de acontecimentos vividos ou imaginados.
Meu pai (MJL) foi um bom contador de histórias. A Peleja do Cego Aderaldo com o Zé Pretinho do início do século passado, foi apenas uma, das que ouvi muito. Houve um tempo em que até sabia uma parte de cor. Agora, gravei em áudio e vídeo. O folclore brasileiro faz parte da vida de muitos de nós. Para quem não conhece a Literatura de Cordel, espero que com este vídeo possa haver interesse para a mesma. (Samuel Lopes)
Também cresci, nos anos 60, ouvindo as 5 primeiras estrofes desta peleja, na voz feliz do meu querido pai, Manuel Lopes (quase o seu nome!), que decorou parte desta obra na sua juventude. Grato pelo vídeo.
Apreciem meus leitores Uma forte discussão que tive com Zé Pretinho Um cantador do sertão O qual no tanger do verso Vencia qualquer questão Um dia determinei A sair do Quixadá Uma das belas cidades Do estado do Ceará Fui até ao Piauí Ver os cantores de lá Hospedei-me em Pimenteira Depois em Alagoinha Cantei em Campo Maior No Angico e na Baixinha De lá tive um convite Pra cantar na Varzinha Quando cheguei na Varzinha Foi de manhã bem cedinho Então o dono da casa Me perguntou sem carinho: Cego, você não tem medo Da fama de Zé Pretinho? Eu lhe disse: Não senhor Mas da verdade eu não zombo Mande chamar esse preto Que eu quero dar-lhe um tombo Ele vindo um de nós dois Hoje há de arder o lombo O dono da casa disse: Zé Preto pelo comum Dá em dez ou vinte cegos Quanto mais sendo só um; Mandou ao Macumanzeiro Chamar José do Tucum Chamou um dos filhos e disse Meu filho, você vá já Dizer a José Pretinho Que desculpe eu não ir lá E ele como sem falta À noite venha por cá Em casa do tal Pretinho Foi chegando o portador Foi dizendo: Lá em casa Tem um cego cantador E meu pai manda dizer Que vá tirar-lhe o calor Zé Pretinho respondeu: - Bom amigo é quem avisa Menino, dizei ao cego Que vá tirando a camisa Mande benzer logo o lombo Que eu vou dar-lhe uma pisa Tudo zombava de mim Eu ainda não sabia Que o tal José Pretinho Vinha para a cantoria Às cinco horas da tarde Chegou a cavalaria O preto vinha na frente Todo vestido de branco Seu cavalo encapotado Com um passo muito franco Riscaram de uma só vez Todos no primeiro arranco Saudaram o dono da casa Todos com muita alegria O velho bem satisfeito Folgava alegre e sorria Vou dar o nome do povo Que veio pra cantoria Vieram o capitão Duda Tonheiro Pedro Galvão Augusto Antônio Feitosa Francisco Manuel Simão Senhor José Carpinteiro Francisco e Pedro Aragão O José da Cabeceira E seu Manuel Casado Chico Lopes, Pedro Rosa E Manuel Bronzeado Antônio Lopes de Aquino E um tal de Pé Furado José Antônio de Andrade Samuel e Jeremias Senhor Manuel Tomás Manduca João de Ananias E veio o vigário velhoCura de três freguesias Foi dona Meridiana Do grêmio das professoras Essa levou duas filhas Bonitas e encantadoras Essas eram da igreja As mais exímias cantoras Foi também Pedro Martins Alfredo e José Raimundo Senhor Francisco Palmeira João Sampaio Secundo E um grupo de rapazes Do batalhão vagabundo Levaram o negro pra sala E depois para a cozinha Lhe ofereceram um jantar De doce, queijo e galinha Para mim veio um café Com uma magra bolachinha Depois trouxeram o negro E colocaram no salão Assentado num sofá Com a viola na mão Junto a uma escarradeira Para não cuspir no chão Ele tirou a viola Dum saco novo de chita E cuja viola estava Toda enfeitada de fita Ouvi as moças dizendo: Grande viola bonita! Então para me sentar Botaram um pobre caixão Já velho desmantelado Desses que vem com sabão Eu sentei, ele envergou E me deu um beliscão Eu tirei a rabequinha Dum pobre saco de meia Um pouco desconfiado Por está em terra alheia Ouvi as moças dizendo: Meu Deus, que rabeca feia! Um disse a Zé Pretinho: A roupa do cego é suja Botem três guardas na porta Para que ele não fuja Cego feio assim de óculos Só parece uma coruja Dissera o capitão Duda Como homem mui sensato Vamos fazer uma bolsa Botem dinheiro no prato Que é mesmo que botar Manteiga em venta de gato Disse mais: eu quero ver Pretinho espalhar os pés E para os dois cantores Tirei setenta mil réis Mas vou inteirar oitenta Da minha parte dou dez Me disse o capitão Duda - Cego, você não estranha Este dinheiro do prato Eu vou lhe dizer quem ganha Pertence ao vencedor Nada leva quem apanha Nisto as moças disseram: Já tem oitenta mil réis Porque o capitão Duda Da parte dele deu dez Se encostaram a Zé Pretinho E botaram mais três anéis Então disse Zé Pretinho: De perder não tenho medo Este cego apanha logo Falo sem pedir segredo Tendo isto como certo Botou os anéis no dedo Afinemos os instrumentos Entremos em discussão O meu guia disse a mim: O negro parece o cão Tenha cuidado com ele Quando entrar em questão Eu lhe disse: seu José Sei que o senhor tem ciência Parece que és dotado Da Divina Providência Vamos saudar o povo Com a justa excelência FIM(Parte I)
Hojetudo é racismo! Naquela época não era! Zé pretinho! Se chamar alguém assim hoje tem processo! Às vezes a pessoa quer um dinheirinho fácil... Processa mesmo!
Antigamente tambem tinha escravidao, a jornada de trabalho eram 12 horas, se sua irmã transasse no outro dia era puta e expulsa de casa se você fosse gay era melhor suicidar, a média de vida em 1950 era 40 anos, ainda quer ter antigamente como referência? Mane