Quem, de fato, sabe escutar as crianças?
Vivemos, na contemporaneidade, um desejo implacável de normatização e que esse anseio aparece nas tentativas implacáveis de padronizar, limitar e treinar as crianças em padrões. Diante disso, o discurso analítico nunca foi tão importante como hoje, para funcionar como um contraponto dessa lógica normalizadora, como uma forma de dialogar diante desse discurso de homogeneidade da atualidade, buscando se abster de qualquer delírio de norma e visando compreender eticamente o sintoma como aquilo que o sujeito tem de mais singular.
Com a transferência será possível que a criança enuncie seu próprio desejo, suas fantasias e consiga questionar o desejo do outro através da construção de um lugar singular no campo da linguagem. Eis a proposta deste encontro, debater sobre o lugar do analista para que tal escura seja possível.
3 май 2024