Professor, posso te afirmar com certeza que não sou a pessoa mais religiosa do mundo (me considero um agnóstico e a última vez que entrei numa igreja foi a quase 15 anos para a missa de 7° dia da minha mãe), e mesmo assim eu acho fantástico esses vídeos do seu canal sobre os textos da bíblia, com essa abordagem bem acadêmica ... Aguardo ansiosamente uma série/live sobre os textos islâmicos também 😁
Eu achava que a maioria das pessoas que gostavam dessa abordagem acadêmica fossem justamente não religiosos, mas me surpreendi com a quantidade de religiosos que gostam também!
Pior que eu gostaria de saber também. O islamismo sunita tem um Tafsir(Interpretação/mensagem do texto) bem definido e seguido pelas 4 escolas de jurisprudência. Acho que ele vai ter mais espaço abordando o tafsir de diferentes grupos, tipos os Xiitas, Ahmads, Druzos e etc, se for de análise textual vai ser difícil. O alcorão foi compilado uma vez e, por, praticamente, uma única fonte, o contexto da época já está bem registrado nos Hadiths - Tradição oral que foi escrita. Realmente curioso e animado :>>>
Há templos belíssimos, também não sou religioso, naa visito sempre, para apreciar as obras de arte, principalmente em cidades históricas de Minas Gerais.
Sou Pastor Presbiteriano. Pastoreio em uma denominação conservadora que é a IPB e concordo com o professor Lee McDonald na leitura dele. Estes pontos a respeito de formação do Canon e de autoria não são um problema nos seminários para a formação pastoral e acadêmica. Encaramos estes pontos e cada um acaba escolhendo qual linha seguir. Embora não concorde em tudo com o que certas conclusões céticas de algum acadêmicos, não podemos ignorar as evidências histórico-textuais que temos. Chegar nessas conclusões nem exige um grande estudo, apenas honestidade e uma observação clara do texto bíblico, mesmo traduzido. Excelentes vídeos! Deus abençoe o trabalho e continue com as pesquisas.
Ótimo comentário. seja como for, na minha honesta opinião, creio que o Evangelho de Marcos e Lucas, sejam os mais prováveis de terem a mesma autoria da que temos hoje com a tradição. Acho bastante sólido o argumento de que Pápias ter mencionado que o Evangelho de Marcos, foi uma descrição ocular e na perspectiva do Apóstolo Pedro, oque faz bastante sentido quando nos desdobramos sobre o livro. Uma vez que, Pedro não ter sido letrado e que necessitava de um escriba consigo. O caráter bem desprendido de doutrinas e conceitos bem elaborados sobre quem realmente é Jesus, me convencem que o Evangelho de Marcos relamente seja o mais recente dentre os primeiros escritos que tentaram relatar os feitos e ditos de Jesus, como se o autor quisesse que nós(leitores) chegarmos nas nossas próprias conclusões de quem é Jesus de Nazaré.
@@ricardopompeu1583 Realmente Marcos e Lucas podem trazer uma base para defesa de autoria mais sólida. O Fato de Lucas e Atos serem um conjunto do mesmo autor e o fato de em alguns capítulos de Atos Lucas se inserir na narrativa cm "nós" e "Eu", demonstrando estar vivendo a experiência relatada junto com os personagens, coloca pelo menos um ponto mais favorável a sua narrativa. Fora que ele mesmo não viu Jesus, mas é honesto sobre dizer estar usando outras fontes para escrever o relato. Sobre Marcos, o apontamento que você fez é muito pertinente com relação a Marcos querer que tiremos nossa própria conclusão. Basta ver o final de Marcos sem os versiculos de conclusão acrescentados. Ele passa o livro todo construindo uma atmosfera misteriosa sobre quem é esse tal de Jesus que veio do nada (não mostra origem de família aqui) e de repente faz milagres, sendo o ponto central a confissão petrina sobre sua messianidade. Depois disto ele passa a falar de sua morte e quando chega no desfecho, o túmulo simplesmente está vazio e as mulheres que foram lá correm assustadas. Isso tudo transparece um ar de: "Aqui está o relato, você quem decide o que será que aconteceu depois do túmulo". E se o leitor optar por acreditar na ressurreição, a perspectiva é de que "alguém muito poderoso voltou dos mortos. Qual será minha posição de vida com relação a este Jesus que nem a morte pode parar". Como peça literária, a simplicidade de Marcos traz sensações e conclusões que são imbatíveis comparado aos outros evangelhos.
@@lucasfelix188 Autoria sólida? É muita boa vontade e ter que pagar pedágio religioso . Não: Lucas e Atos não são da mesma mão, talvez do mesmo grupo.
Essas questões de como o cristianismo surgiu e se desenvolveu me interessam muito. Através de todas as contradições escapam lampejos de humanismo que eu creio ser revolucionário para a época. E eu sou ateu em relação ao Deus abraâmico.
Apenas dando meu feedback: eu AMO os vídeos sobre Bíblia. Sou católica e não vejo problema algum em ver o que os estudos apontam. Sou extremamente apaixonada por esse tipo de assunto. Por mim, pode continuar! Deus abençoe! 🙌
Se vc estuda historia vc sabe que a historia trabalha mto menos com "fatos" do que com evidencias que possuem interpretações mais ou menos prováveis (o próprio Henrique usa esse termo, e não "fato"). A historia antiga é muito limitada em sua capacidade de declarar fatos por conta da limitação das evidencias que sobrevivem ao teste do tempo. O próprio Henrique diz que é possível que os evangelhos tenham sido escritos baseados no testemunho dos "autores". Quando vc diz sobre acreditar em "mitos" religiosos, tentando colocar pejorativamente as crenças dos cristão, vc se coloca acima dos cristãos como se acreditasse apenas em fatos. Se vc reflerir o suficiente e for honesto, vai perceber que muito do que vc tem como verdade vc n acreditou baseado em uma experimentação cientifica, mas sim baseado em testemunhos de pessoas q vc julga confiável e na sua própria experiencia pessoal. Mas isso n sao fatos. No fim, todos nós acreditamos em coisas. Vc so n tem consciencia de que tem crenças e vive num mundo imaginario onde vc so cre em fatos
É um pouco hiperbólico falar em " fatos científicos" , pois nem na ciência existem fatos, mas sim análises de dados e comprovações de teses científicas. Hoje o que a ciência pode dizer como verdade, amanhã pode não ser mais verdade e ser totalmente diferente, pois a ciência trabalha com análise de dados e esses dados são variáveis. A próprio conceito de átomo está em desuso.
@@Stive_235 exato. Quem estuda ciencia realmente, ou trabalha com isso, sabe bem que a ciencia como método é mto diferente da ciencia como um corpo de conhecimento acumulado. Os "fatos cientificos" são totalemente passiveis de questionamento, e é isso msm que a ciencia faz, sempre questiona, replica, expande a compreensão. Nós formulamos hipóteses assumindo que certas coisas estão certas para poder formular novos experimentos.
@@pedrofalk Crer é tomar uma ideia como verdadeira. Alguns creem baseados em evidências outros creem baseados em fé. Exemplos: Acredito que não está nevando em Salvador/Bahia. Acredito que meu vizinho está vivo. Esse tipo de crença são quase certeza que essas são verdadeiras, pois existem evidências. É bem diferente de afirmarmos algo ou acreditarmos em algo que não temos evidências em favor disso. Exemplos: Acredito que Jesus ressuscitou Lázaro. Acredito que Deus existe. Acredito que existe um paraíso. Acredito que existem espíritos. Bem, com esses exemplos, fica evidente a diferença nas crenças baseadas em evidências e baseadas em tradição/fé/religião.
Fico feliz que minha pergunta na live virou um corte do canal!! Obrigada prof! Sempre fui fascinada por História e depois que o RU-vid me mostrou seu canal, minha paixão só aumentou! Parabéns pela didática perfeita, além do conhecimento ímpar, você tem o dom de lecionar!! Parabéns demais !!! ☺️
Sou professor de latim e presentemente me preparo para um mestrado na área de letras, que é diferente daquela em que me formei. O estudo de línguas antigas, sua história e literatura necessariamente é interdisciplinar, embora tenha um escopo e metodologia próprios. No caso da língua e literatura latinas, estudar história antiga, medieval e renascentista é imprescindível, por isso sempre busco canais novos no RU-vid cuja qualidade do conteúdo seja elevada. Digo que o seu canal não fica atrás de outros tantos grandes canais estrangeiros. O trabalho que você vem fazendo é louvável. Parabéns! Inscrevi-me com muito gosto. Espero que você possa continuar esta empresa indefinidamente. Cura ut valeas, doctissime rerum gestarum perite!
Excelente vídeo quando li os evangélicos de Marcos, Mateus, Lucas e João percebi várias coisas escritas iguais e não encontrava sentido nisso. Os pastores que eu perguntei sobre não perceberam isso e sempre falam para eu tomar cuidado com a heresia ou que eu estava lendo a Bíblia com pouca fé. Eu acredito que Deus existe devido a experiência com o sobrenatural que tenho, mas com a bíblia muita coisa eu fico cético. Pois, se já ocultaram os autores reais já temos um baita problema de credibilidade aí.
Olha, eu sou protestante, e te afirmo, saia com urgência dessa igreja. Não sou ninguém para te falar isso, porém, se o seu pastor não sabe da existência dos evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas), ele nem deveria ser Pastor. Esse tema é o básico de novo testamento.
@@yuriazevedo6534 Não vejo maldade nas pessoas que me falaram isso, mas estão tão enraizados em decorar passagens bíblicas e em falar bonito e não percebem essas nuances. Hoje eu estou frequentando uma igreja, mas ainda não congrego nela.
@@IuryNovarino não é nem na existência da maldade, mas é sobre a falta de zelo pelo estudo do próprio texto bíblico, algo de extrema importância. São pessoas que tem medo de heresia, mas não buscam saber qual heresia e como se dá essas heresias, entende?
Transcrevo o meu comentário no chat principal> → Ninguém se lembra de todo um contexto em uma narrativa, então fica evidente que fragmentos da informação é que faz o todo. Imagine isso em uma sala de aula, onde tudo era oral e dito para um povo "semianalfabeto", será que ali todos os presentes teriam a super mente de decorar todas as falas de Jesus? Hoje mesmo em uma faculdade, alunos consultam outros alunos para se inteirar do todo, ou parte do assunto exposto. → Foi nessa mentalidade que Lucas se dispôs a tentar juntar esses fragmentos e expor à Teófilo o que pode coletar de informações. Um outro cenário que gosto de usar como ilustração é; se a pessoa esta ensinando de frente, todos só poderão dizer o que viram a partir da visão frontal; "Olha, Jesus chorou", e nesse caso, só viu as lagrimas quem estava na frente dele. Porém se Jesus esta ensinando em círculos, no momento do choro alguns viram e outros não, pois se esta de costas para alguns, esse que vê Jesus pelas costas nunca poderá afirma; "É, eu vi o momento em que as lagrimas caiam", o máximo que poderá dizer é; "se chorou não sei, mas ele levou sua mão nos olhos, talvez fosse poeira." Em resumo, os evangelhos foram feitos desses fragmentos de informações, e não de uma única visão do "autor".
@@danbrianese Ética e moral, comportamento, espiritualidade, histórias antigas, ensinamentos sobre fraternidade, amor, respeito, ensino sobre a teologia cristã, conselhos, romances e etc
Eu gosto muito dessas suas explicações abre muito nossa mente. Muita coisa que aprendi na igreja se mostra que não foi bem assim. Não é nada que afete minha fé em Cristo, mas desde sempre tive diversos questionamentos, como por exemplo do pq as pessoas do meu circulo acham loucura acreditar que Apolo puxava o Sol ou Rá trazia luz ao dia mas acreditam fielmente que Josué orou e o Sol parou.
Eu gosto quando vc fala da bíblia, quero mais que continue mesmo, rs. Mas também gostaria de mais vídeos sobre outras religiões que não sejam o cristianismo.
Eu aprendo muito com sua colocações. Podes continuar, e se colocar a mesma forma de explanar livros antigos e suas mudanças ao longo dos tempos de outras religiões, vou gostar tanto quanto. Até por que são esses conhecimentos que importam. E não a certeza de algo, que deve ser feito de forma individual sobre cada assunto em particular.
Sou cristão conservador e parabenizo pelo vídeo. Penso que a grande possibilidade de os textos não serem de autoria dos alegados autores, ou que existam várias incoerências entre eles, não abala o fato de que os princípios basilares dos autores originais são nobres e aplicáveis.
Olá meu nome é Guilherme, gostaria de fazer um comentário mas antes sou muito grato a você se dedicar a publicar informações que traz luz a muitas dúvidas quanto a história seja sobre diversas religiões e temas do passado(não sei me expressar muito bem espero que me desculpem caso você e alguém que vir a ler me entenda mal) hoje acredito em um Deus onde em 2020 passei a crer verdadeiramente que não somente existe e ama a toda sua criação mesmo errando muito e fazendo muita coisas erradas mas ele conhecendo cada coração tem Paciência e trabalha a favor das Criaturas com Muita Misericórdia. Mesmo crendo acreditando em muitas coisas escritas na Bíblia eu ainda possuía muitas dúvidas quanto a santidade das escrituras sendo a palavra do que Eterno Deus. E você trouxe até mim muitos estudos e informações sobre o que não se é dito na igreja onde congrego mesmo que muitos na sabedoria explicavam coisa sobre costumes de cada povo e como eram eu possuo muitas dúvidas e aqui no seu canal tenho conseguido compreender melhor algumas coisas e conhecer o pensamento de muitos que estudavam estes livros e seus pensamentos sobre. Você sempre me parece equilibrado sobre como conta sem ser tendencioso a qualquer tipo de crença sua sem enviesameto sendo técnico na maneira de olhar os textos. Até sobre as mitologias de outras crenças gosto de aqui acompanhar pois me faz querer entender como o outro pensa para assim poder melhor entendê-los… seu trabalho muito tem né edificado, A ti vida longa e próspera E quem não gostar de que você fale de Bíblia que vá ver outra coisa faça o que sentir melhor Gosto de tudo que leva o Homen a crer em uma Força (s) maior que ele para melhor compreender o porquê disto tudo.
Perfeita a explicação. Sou cristão e professor de história. Por se ancorar na "inerrancia biblica" alguns perdem a oportunidade de compreender como se desenvolveu a história cristã. Minha venda caiu quando percebi as semelhanças nos evangelhos no episódio da conversao de Mateus. Se o escritor do primeiro evangelho fosse de fato Mateus ele poderia ter apresentado inúmeros detalhes das circunstâncias e das emoções que ele teve. Isso nao acontece. Essa é a prova de que o nome veio do evangelho veio por tradição.
Mas é muito vago afirmar que veio por tradição e não citar nomes, não basta só confirmar quem não escreveu, pra vc provar que uma pessoa não escreveu algo primeiro vc precisa encontrar quem escreveu no lugar dela. Então quem foi o autor de mateus? Como não existem nomes, como os textos são atribuídos a autores desconhecidos, então não tem como confirmar se foram realmente eles ou não, isso é um erro que todo historiador comete sem perceber.
@@Caiocesar360 Mas todos falam que não sabemos. Mas a conclusão da análise documental não foram eles. A história trata de possibilidade, a possibilidade do apóstolo ter escrito é baixa o suficiente para dizermos, comumente, que ele não escreveu. Compreende? :^
@@FernandoOliveira-yv1bq Compreendo, mas essa análise não seria o suficiente por exemplo para livrar alguém da prisão enquanto o verdadeiro criminoso não fosse identificado, ele cumpriria a pena diante das testemunhas que o acusam sendo verdadeiras ou falsas.
@@Caiocesar360 De fato. A justiça trabalha com o pressuposto que todos são inocentes até que prove o contrário. Na historiografia é mais sobre ter provas, caso contrário não é científico, afinal, não faz sentido propor coisas que não temos prova, seria tão útil quanto provar que algo não existe, por não existir não tem como ter evidências :"(
João Marcos era primo de Pedro. Pedro, por seu hebreu, quase certamente, não teria um grego apurado. Marcos provavelmente era secretário de Pedro, que ditou para que ele escrevesse. Assim, Mateus e Lucas viam credibilidade no primeiro evangelho.
@@kscrhn E se Mateus gostou da maneira que Marcos narrou a história e resolveu criar uma versão estendida do evangelho de Marcos, mas também mesclando com suas memórias?
@@kscrhnMas aí que está. São Pedro é o príncipe dos Apóstolos, o braço direito de Cristo. A credibilidade dele é muito maior. Mateus era um cobrador de impostos (contador hoje), se converteu a Cristo. Provavelmente ele leu o Evangelho de Marcos (Pedro), soube que era de São Pedro, e resolveu pegar as informações básicas, Encarnação, Transfiguração, Paixão, Morte, Ressurreição e Ascensão ao Céu (com algumas diferenças) e adicionou e ajeitou essas informações para converter os judeus, o Evangelho de Mateus é justamente para tentar converter os judeus, os da casa, enquanto de Lucas é um Evangelho para os pagãos e João da Intimidade. Marcos seria gênese do testemunho ocular.
@@thenrique89 história se cria hipóteses para construir o passado com base nos registros e fatos que aconteceram com ou sem escrita (tradição). Cabe a história filtrar bem ela e trazer como método científico deduzir uma possibilidade claro de acordo com sua interpretação e sua crença.
Eu acredito muito que São João estava vivo e com isso foi passando tudo o que viu a um grupo de discípulos na qual ele ia passando enquanto um escrevia o que ele contava. Ou pode São João ter iniciado, e depois a comunidade finalizou com ele transmitido.
É amplamente aceito que os primeiros documentos do Novo Testamento - algumas das cartas de Paulo - foram escritos cerca de vinte anos depois da morte de Jesus (ou seja, por volta de 50 d.C.), com o primeiro dos Evangelhos, o de Marcos, cerca de vinte anos depois e o restante durante os próximos trinta anos ou mais, avançando para o final do século. NENHUM DOS ESCRITORES FOI TESTEMUNHA OCULAR DA VIDA QUE RETRATAM. Os Evangelhos são retratos secundários e terciários dependentes de tradições orais e escritas que se desenvolveram ao longo de vários anos
Professor, eu adoro seu canal, adoro Literatura e estudo Literatura. Estudo os textos antigos, inclusive bíblicos . Há uma escola que diz que os evangelhos de Mateus, e Lucas foram baseados no evangelho de Marcos, que foi o primeiro a ser escrito. Paulo se tornou apóstolo após a morte e ressurreição de Jesus. Ele não é testemunha ocular dos feitos de Jesus Homem, mas sim do Jesus ressuscitado.
@@Gustavo_Gindre the Chosen não mostra que todos sabiam ler e escrever. Muitos sabiam as escrituras por terem decorado mas não quer dizer que sabiam ler.
@@Gustavo_Gindre O Grego era a língua predominante da época, como os apóstolos queriam que os Evangelhos chegassem ao maior número de pessoas possível, eles pegaram esse Grego básicão para retratar a narrativa.
Pessoas pobres de pequenos vilarejos de um minúsculo e pobre reino às margens do Mediterrâneo há dois mil anos. Não apenas escreviam em aramaico como também em Koine? A chance disso ocorrer é nenhuma.
Precisamente quem lhe contou sobre a estrela, os magos, a casa onde Jesus foi encontrado, o encontro entre os magos e Herodes, o seu ciúme e a sua raiva, a sua ordem de matar todas as crianças do sexo masculino com menos de dois anos, os sonhos, os avisos, etc.? Quem estava presente quando Herodes deu a ordem de matar todas as crianças do sexo masculino com menos de dois anos de idade? CERTAMENTE NÃO PODERIA TER SIDO MATEUS (OU QUEM ESCREVEU O EVANGELHO ATRIBUÍDO A ELE). Alguém estava espionando no palácio de Herodes e tomando notas? Se sim, quem foi? Além disso, tal comando não poderia ter sido emitido e executado sem que houvesse algum registro dele. Então tinha que haver algum tipo de documento. O que isso disse? Quem leu? O que aconteceu com isso? Por que todos os historiadores antigos deixaram de mencionar isso?
Grande Henrique! Parabéns pelo canal, cada dia melhor! Da indignação (compartilhada) sobre a tentativa frustrada da bandeira de BH até Exterminadores passando por Golem's, Vassouras animadas, um Sherlock Holmes medieval vindo do livro do Aladim chinês, o Tiamat de Caverna do Dragão uma referência a um Deus mesopotâmico (ou seria babilônico?) indo até o nome da mãe de He-Man, Endora, ... Eu me pergunto o porquê do "q" do evangelho que poderia ser a fonte comum no caso do problema sinótico e me pergunto mais ainda será que isso influenciou na escolha do nome do personagem "q" do universo de Star Trek The Next Generation. Esse personagem faz parte de uma espécie com onipotência o que o tornaria um deus (letra minúscula). Não sei se você curte o universo de Star Trek, mas a linha Deep Space Nine aborda muito, desde o primeiro episódio, a questão religiosa atrelada à questão das indicações tecnológicas inclusive mostrando como pode ser importante para um povo passar por determinadas situações e, inclusive, tem um episódio chamado "nas mãos dos profetas" no qual há um conflito entre a explicação científica e a religiosa para um mesmo problema e como fica isso no ensino e como mais de um ponto de vista e importante, como a polarização é ruim. Outra série que aborda isso, é bem curta, se chama Caprica em que a sociedade politeísta (polarizada entre religião e tecnologia) está ameaçada pelo monoteísta e q estes monoteístas tem uma resposta tecnológica para o pós-vida. E finalmente tem a série: as crônicas de Sara O'Connor em que a questão do exterminador, Skynet e até religiosidade estilo Golem é abordada. Forte abraço a ti e para sua esposa que ao estilo dos adultos do desenho do Snoop, ou melhor, ao estilo da babá dos Muppet Babies aparece pela voz 😂. Muito fofo vocês dois !🎉
Bom, mesmo tendo toda estas contradições ou coisas não encontradas, é muito interessante a gente ver os detalhes e passar a pesquisar e analisar cada uma delas! Eu acho interessante. É sempre bom ver alguma coisa além do que muitos acham ou descobriram!!! Mesmo assim elas dão espaço não para se chegar a uma conclusão já contrária ou definitiva, mas para se pesquisar mais! Sempre há espaço para mais algo novo! 🙂✌🏻😉
Gostaria de ver um vídeo nessa linha falando também sobre outras grandes escrituras do passado, como Sócrates e Platão, e também o de autores ligados ao Estoicismo? Também se o movimento Cristão e pré cristão teve alguma influência do Estoicismo?
As Bíblias católicas de estudo que tenho explicam no texto de introdução aos livros que estes tiveram autoria atribuida pela tradição, mas que há lacunas históricas para comprovar a autenticidade da autoria. Inclusive indicam nas notas de rodapé o que foram interpolações tardias e as diferenças entre os manuscritos sobre uma mesma passagem. Mas o magistério e a tradição da Igreja que acredita ser inspirado pelo Espírito Santo reconhece a canonidade dos textos.
Acho MT bom todos os conteúdos, mas principalmente os que se referem a bíblia Pretendo começar a faculdade, com certeza darei preferência pra história, ver vc falando com propriedade sobre conteúdos tão sensíveis me deixa entusiasmado pra estudar história, principalmente essa. Gostaria que contasse mais sobre sua formação, sou relativamente novo no canal :)
Eu tenho uma duvida, se eu mando escrever um livro com minhas memórias, eu sou o autor ou o autor é quem escreveu? Acho que é nesse sentido o nome dado aos evangelhos. Algumas cartas de Paulo mesmo indicam que não foi ele quem escreveu, mas foi ele quem ditou.
Lucas faz menção sim que fora ele que escreveu, inclusive ele direciona os seus relatórios a alguém que tbm já conhecia sobre os acontecimentos... Chamado Teófilo.
Até porque não existe nenhum Autógrafo dos Evangelhos encontrado, se uma comunidade ou pessoas transmitiram as histórias de testemunhas oculares ou mesmo dos discípulos e a "tradição" quis chamá-los de Mateus, Marcos, Lucas e João, não afetaria a Verdade da Fé (o conteúdo) apenas por causa do título (isso para quem Crê na Palavra de Vida de Cristo), mesmo que hoje (por exatidão histórica) você colocasse nas Bíblias: "Evangelho Supostamente dos Relatos Atribuídos a Mateus", mesmo que fizesse isso o quw afetaria o conteúdo para quem Crê? Hebreus não tem "Autor" conhecido e isso não fez a menor diferença teológica. Quem tem medo, dúvida, não tem Fé!
Toda esta crítica literária sobre os textos biblicos toma como base estudos científicos de pesquisadores acadêmicos (aliás, nao só sobre os testos bíblicos, mas quaisquer textos, antogos ou modernos). E aí está - sao críticas que desprezam qualquer possibilidade de eventos sobrenaturais. Por isso, para mim, como cristão, soam muito limitadas, ou mesmo "chutes". Então, com raras exceções, nem dou bola.
Professor, muito bom o vídeo, bastante conhecimento, gostaria muito de ver uma live com você e o Antônio Miranda. Pense em entrar em contato com ele para marcar, seria demais.
Excelente seu exemplo do hipopótamo. Porém, se levássemos só esse argumento em consideração, descartaria a autoria de 2 dos evangelistas (no caso, Mateus e Lucas). Já um deles (no caso, Marcos), poderia ser mesmo o autor real e os outros dois o terem copiado.
1) era muito normal antigamente (e acreditem, hoje também) alguém ser o autor e não o escritor. 2) o fato de um ler o outro e copiar é o que sempre me ocorreu como resposta a esses questionamentos 3) Mateus (o autor necessariamente) pode ter reconhecido que aquela narrativa prevista em marcos, é a melhor forma de relatar a situação e o escritor (sendo ele ou não) copiou. 4) o evangelho, penso, não foi escrito para entrar em livros de história ou para seguir método científico; como o nome diz, foi para evangelizar. Dito isto, não me parece tão impossível e improvável buscar a mesma narrativa, sobretudo se você já é velho. É uma espécie de modelagem que é algo muito comum, por exemplo, no direito: muitas histórias são contadas por juízes diferentes exatamente da mesma maneira, em diferentes instâncias (embora essa não seja a melhor técnica moderna) precisamente porque não passa pela cabeça deles a hipótese de alguém querer saber se foi ele mesmo ou não. Não cravo nada, não estava lá para ver. Se foi escrito por outros ou se tivesse chegado a mim por tradição oral, minha fé não iria mudar se o núcleo duro se mantivesse. Vamos supor que uma pessoa dessa morreu ou está perto da morte e as pessoas querem registrar suas memórias. Imagine um diálogo: - Mateus, sobre determinado acontecimento, eu coloco como? - Conforme o livro de Marcos está correto. Daí o seguidor (que não é Historiador, que não tem método científico) reproduz exatamente o mesmo texto. Qual é a impossibilidade disso?
E você nem mencionou o fato de que os textos não foram escritos para serem unidos em um mesmo livro, por isso não fica tão estranho pensar que ele pode ter copiado ou se inspirado no que já havia sido escrito.
O problema é que os evangelhos não são um texto memorial, pois se fosse o escritor estaria ditando algo como, mateus disse; segundo marcos; assim falou João em sua memoria... Alguém que esteja apenas copiando memorias faria dessa forma. Se tivéssemos isso seria quase que uma prova cabal de que essas pessoas realmente existiram, mas o que temos são escritos de pessoas que nunca conheceram esses ditos apóstolos, mas atribuíram seus escritos como sendo deles, provavelmente por força de autoridade para dar validade, peso, ao seus escritos como sendo verdadeiros.
Não sou membro nem nada , mas uma sugestão pra vídeo seria se tem evidencias da existência da babilônia . procurei bastante sobre , mas só vi canais com viés cristão e achei estranho !... e se tem datação da sua existência ! obg pelo trabalho fantástico !
Não sei se peguei bem a amplitude da sua dúvida, mas posso afirmar que a Babilônia foi uma cidade-estado muito bem documentada. o famoso Nabucodonosor, por exemplo, foi um rei na Babilônia. Se você jogar no Google Acadêmico vai achar uma série de artigos científicos sobre reis, formas de gestão política, religiosidade, medicina, etc.
Professor, muito bom o vídeo. Me parece que o senhor parte da perspectiva da Crítica das Formas, corrente que já se mostra como superada nos estudos bíblicos. Sugiro a consulta das obras do professor Richard Bauckham para uma perspectiva afirmativa da fonte das testemunhas oculares nos evangelhos :)
Parabéns pelo trabalho, sou católico e gosto muito dos seus vídeos. Quanto ao evangelho de Marcos, ele não seria o evangelho baseado em palavras e vivências de Pedro? Marcos o acompanhou por muito tempo no seu processo de cristão, e não viveu o tempo de Jesus como apóstolo e sim como observador devido o contexto de sua família durante a vida de Jesus, inclusive existe a história dele correndo nú pelas ruas após ser pego vendo Jesus ser pego e outras historias. Logo, ele não poderia ter sido escrito por ele realmente?
desculpe se falei alguma bobagem e errei algum nome, sempre confundo pedro com paulo. Gostaria de um video seu sobre a vida de Marcos, acho um personagem belo na história cristã, por ser um humano comum com falhas até encontrar sua fé.
Como cristão eu digo aos cristãos; Não importa quem escreveu o que tá lá nos evangelhos, o que importa é a essência da mensagem, e essa essência é Cristo, tem os ensinamentos de Cristo os escritores foram apenas ferramentas na mão de Deus
Naquela época havia costume de fazer em anotações e somente depois essas anotações eram consultadas e aí alguma obra sobre essas anotações era escrita, então os apóstolos provavelmente podem ter consultado a mesma anotação
Bíblia de Jerusalém João 21:24 .Este é o discípulo que dá testemunho dessas coisas e foi quem as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro.
O argumento de que O Evangelho de Mateus provém de uma outra fonte é central no livro Vida de Jesus do historiador Ernest Renan. Ele chama o proto-Mateus de "Logia de Mateus", e inclusive argumenta que o texto que mais se valeu dessa fonte foi a primeira versão de Marcos (e que os autores de Lucas e Mateus teriam se valido tanto do Logia quanto da primeira versão de Marcos para suas escritas).
Uma pergunta que eu sempre tive de aparentemente nunca vi ninguém falando sobre é a questão linguística dos evangelhos. Os evangelhos estão escritos em grego koiné, que literalmente "grego errado" os povos da antiguidade não tinham o mesmo nível de aprendizado que nós temos hoje, então era perfeitamente comum as pessoas não saberem falar com fluência, e um se comunicando da maneira que sabiam. Quanto à questão dos evangelhos Eu sempre tive a dúvida de como essa questão do grego pode ter afetado a escrita e a mensagem original, pois é muito diferente de você falar algo na sua língua nativa e expressar a mesma ideia em um segundo idioma ainda mais que o grego e o hebraico são idiomas completamente diferentes, eu mesmo tive dificuldades com isso ao aprender o idioma alemão que é muito diferente do idioma português. Se alguém puder responder esta questão ficaria agradecido
Uma pergunta muitíssimo interessante, porque realmente não se espera que as pessoas que vivenciaram os fatos tenham fluência e competência pra expressá-los em grego. O próprio Paulo, que era o mais erudito não conviveu com Jesus. Então não se pode atestar essa proficiência, que deve ter gerado muitas inconsistências na expressão das ideias. Me permita discordar do ponto que koiné é "errado" ele é o "geral, popular" equivalente ao "vulgar" do latim. Uma variação, não dá pra julgar "certo ou errado" E pra completar entendi a comparação, mas Alemão e Português nem são tão distintos assim, nem de longe dá pra imaginar a distância do Grego pro Hebraico/Aramaico
valorizamos o Novo Testamento como uma fonte sagrada e inspirada, embora reconheçamos que todos os textos podem passar por processos de transmissão e tradução que envolvem humanos. Acreditamos na importância desses textos para a nossa fé e prática religiosa.
"A atribuição da autoria dos evangelhos vem da tradição e não se encontra no texto original". Tá, mas acontece o mesmo com todos os autores desde a Antigüidade até o Medievo/Renascimento. Citam tanto Flávio Josefo para falar do Jesus histórico mas também em nenhum momento das "Antigüidades Judaicas" ou da "Guerra dos Judeus" o autor assina o sue nome, igualzinho os evangelhos. Estavam escrevendo livros biográfico-teológico-catequéticos, não cartas (como fez Paulo), e de um jeito ou de outro, textos escritos eram caros, não havia tempo a perder contando de onde tirou toda a informação - hábito desenvolvido no Renascimento e na Modernidade historiográfica.
Que exagero, não fica-se especificando o nome dos autores pq todo mundo sabia quem havia escrito e pq DENTRO DO PROPRIO TEXTO não haviam pontos d incongruência pra levantar questionamentos se aquele texto tinha mesmo sido escrito pelo autor ao qual atribuiam a autoria dele... No caso dos textos bíblicos é importante apontar pq (como o exemplo q ele deu no vídeo) há váaaarios momentos em q os textos claramente apresentam provas de não terem sido escritos pelos supostos autores... São situações bem diferentes.... Uma coisa é vc ler um texto sobre "o tratado político X", vc não tem tanta necessidade d saber se o autor é realmente que te disseram q é pq oq importa é a tése apresentada no documento, e se ela pod ser aplicada na realidade ou não, e ponto final... Já outra coisa é vc ler um texto escrito "por um homem q acompanhou Jesus", o texto cita milagres e feitos q não são verificáveis na realidade, não são testáveis, então o único poder de validação desse texto seria seu autor, o qual foi testemunha de tais eventos e pod jurar (mas nunca provar) q eles aconteceram, entende?? Ou seja, a única coisa q pode atribuir algum poder a textos q descrevem eventos fantásticos são suas testemunhas oculares, pois não é possivel confirmar os eventos na experiência prática....
Ótimo ponto. A não apresentação da autoria no corpo do texto não é um argumento *suficiente* contra as autorias tradicionais. Agora, não é verdade que "todos os autores desde a Antiguidade até o Medievo/Renascimento" tenham omitido seu nome ou suas fontes de informação. Heródoto começa o "Histórias" se apresentando nominalmente (Tucídides também) e faz referência às fontes dos seus relatos frequentemente, do princípio ao fim. Filóstrato, na "Vida de Apolônio" não se apresenta, mas cita suas fontes (Dâmis, cartas de Apolônio...). O(s) próprio(s) autor(es) do evangelho de João faz(em) questão de indicar a fonte das suas informações (Jo 21:24). Sem falar de livros da Bíblia Hebraica (de Números a Crônicas) que citam referências (p.e.: Nm 21,14, 1Cr 29,29... até 1Mc 16,23-24, inclusive). Mas, realmente, a ausência de autoria no corpo do texto é comum nesse contexto (ainda que eu não consiga pensar em textos que pretendam ser "testemunhos oculares" e omitam a autoria; coisa que, aliás, não penso que os autores dos evangelhos pretendiam ser... "testemunhos oculares"). Em tempo, obrigado pelos comentários. Já li outros seus, sempre muito bons. Infelizmente não é sempre que dá pra responder. Abraço!
@@CortesdoEstranhaHistoria era isso que eu quis dizer: a regra era a não assinatura, com a autoria sendo atribuída posterior e tradicionalmente em etiquetas; a exceção era o autor assinar o nome. - Só me irrita um pouco pessoal pagarem só no pé dos evangelhos e não de Platão etc. - Sim, existem citações esporádicas a fontes, mas o que eu quis dizer é que os textos de antigamente não eram um TCC moderno em que você tem que dar a referência bibliográfica em nora de rodapé a todo momento. E o que falou dos meus comentários, falo o mesmo do seu conteúdo: sempre muito bons.
esse "evangelho fonte" é citado no livro Paulo e Estevão, psicografia de Chico Xavier. Ali ele aparece como sendo de Levi (Mateus) ...lembra muito o que o professor disse no vídeo sobre um escrito de ditos de Jesus.
A descrição da morte de Samuel está no primeiro livro de Samuel, capítulo 25, primeiro versículo. O primeiro livro possui 31 capítulos. O segundo livro de Samuel tem 24 capítulos. Samuel pode até ter escrito alguma coisa no primeiro livro quando estava vivo. No segundo livro ele já estava morto e defunto não escreve.
Agora questiono até se os evangelistas (originais) realmente existiram! Existe alguma possibilidade dentro do Estudo das Religiões de que essas personagens possam não ter existido?
Penso que a partir do primeiro evangelho escrito outros apóstolos só acrescentaram o testemunho pessoal, preservando o que o texto já escrito relatavava em comum, ou seja copiando a história que não precisa de um acréscimo pessoal
O "evangelho" (boa nova, notícia) traz a mensagem de que o "Reino dos Céus" JÁ chegou. Não é mais preciso esperar. Onde nos Evangelhos está descrito que "é iminente"?
Não vejo conflito entre o texto acadêmico e suas conclusões, para o a fé. Uma porque, na minha opinião, a premissa da academia é compreender o processo de formação, cultura entre tantos outros aspectos que fizeram o texto chegar em sua redação final, e quando olhamos a partir do ponto de vista da fé e da comunidade, não tem o mesmo valor. Para a comunidade de fé, é importante o texto canônico (com sua redação final), e suas implicações para a vida da comunidade. Esses dois pontos de vista só entram em conflito, quanto qualquer um dos lados (e como religioso, confesso que 99% das vezes somos nós) tentamos fazer com que o único olhar possível para o texto seja o sacro, e que a partir desse olhar, todos precisam enxergar e concluir o mesmo que eu. Mas quando ambos pontos de vista dialogam, ambos ganham
Não seja por isso, como ele afirmou, existem pessoas que sabem disso e mesmo assim mantém a fé, que é puramente uma questão de escolha, existem formas de resignificar ela, se a pessoa quiser, ainda que reconhecendo essas questões. A fé de muitos tá enraizada na literalidade e inerrância da Bíblia, então é só transferir a fé pro significado, pro impacto ou potencial de mudança positiva que os textos podem ter na vida de uma pessoa. Cristo existindo ou não, tendo feito o que dizem tendo feito ou não, ainda possui uma boa mensagem. É como pensar num livro de ficção que você leu, e que ainda sim exprime verdades que inspiram.
@@Manteiga0808 Vc tá totalmente correta, só n concordo com qm usa da bíblia pra criticar qm n segue o cristianismo da msm forma, de resto q todo mundo tenha sua fé como deseja
MARCOS foi escrito anonimamente. A designação “de acordo com Marcos” foi acrescentada no segundo século DC, quando os Evangelhos começaram a circular além do público para o qual foram escritos. Uma fonte do início do século II afirma que “Marcos” foi o “intérprete” do apóstolo Pedro no final da vida de Pedro, mas nenhuma outra evidência confirma essa conexão. Outros identificaram Marcos como o “João Marcos” que viajou com o apóstolo Paulo (ver Atos 12.12,25; 15.37-39; Cl 4.10; 2 Tim 4.11; Filem 24), mas nenhuma dessas passagens liga João Marcos a um Evangelho escrito. .Embora a identidade do autor seja desconhecida, os estudiosos encontram pistas sobre seu autor no próprio Evangelho. Por exemplo, o seu estilo estranho sugere que o grego não era a primeira língua do autor. Outros detalhes, como a citação imprecisa das escrituras judaicas (1.2), o retrato excessivamente generalizado da prática judaica (7.3-4) e detalhes geográficos problemático sugerem que o evangelista era um judeu helenizado que vivia fora de Israel.
Pois é, como ele disse no vídeo, os evangelhos são biografias de Jesus. Logo, os autores dos evangelhos não incluíram seus nomes justamente, porque tais livros visavam biografar tão somente a Jesus. A temática central destes livros era falar de Jesus e não dos próprios autores.
@@FernandoOliveira-yv1bqÓtimo comentário amigo. Para uma conversa entre eles darem certo, ou o Rodrigo vai ter que deixar a desonestidade de lado, aceitar os estudos e parar a manipulação de evidências. Ou o professor jogar fora tudo o que estudou e agir igual um idiota admitindo as besteiras que o arqueólogo Rodrigo fala.
Ótimo vídeo! Mas, não podemos concordar com a conclusão que partes dos evangelhos são idênticos apenas prova que são efetivamente os apóstolos que os escreveram. Eles se conheciam e montaram seus agrupamentos que tinham por prática a tradição oral (como os tibetanos que decoram centenas e até milhares de trechos idênticos). Era comum à época. Aliás seria ótimo se aprofundar nisso!!! Abraços
Ninguém se lembra de todo um contexto em uma narrativa, então fica evidente que fragmentos da informação é que faz o todo. Imagine isso em uma sala de aula, onde tudo era oral e dito para um povo "semianalfabeto", será que ali todos os presentes teriam a super mente de decorar todas as falas de Jesus? Hoje mesmo em uma faculdade, alunos consultam outros alunos para se inteirar do todo, ou parte do assunto exposto. Foi nessa mentalidade que Lucas se dispôs a tentar juntar esses fragmentos e expor à Teófilo o que pode coletar de informações. Um outro cenário que gosto de usar como ilustração é; se a pessoa esta ensinando de frente, todos só poderão dizer o que viram a partir da visão frontal; "Olha, Jesus chorou", e nesse caso, só viu as lagrimas quem estava na frente dele. Porém se Jesus esta ensinando em círculos, no momento do choro alguns viram e outros não, pois se esta de costas para alguns, esse que vê Jesus pelas costas nunca poderá afirma; "É, eu vi o momento em que as lagrimas caiam", o máximo que poderá dizer é; "se chorou não sei, mas ele levou sua mão nos olhos, talvez fosse poeira." Em resumo, os evangelhos foram feitos desses fragmentos de informações, e não de uma única visão do "autor".
O livro de Lucas traz uma apresentação a um excelentíssimo Teofilo, que encomendou os relatos, e o inicio de atos dos apostolos tbm cita a continuação dos escritos. O escritor diz que investigou e recebeu informação de testemunhas oculares. Pode explicar um pouco sobre isso? Tendo em vista que, segundo sua visão, vc entende que os demais escritores copiaram os escritos um dos outros.
Ele afirma que certos pontos são muito iguais, por isso da cópia. De fato, os 3 primeiros tem muita coisa parecida, mas de certa forma são diferentes. Cada um apresenta uma visão dos fatos, mesmo sendo muito iguais. São "pessoas" diferentes escrevendo sobre os mesmos assuntos, com uma possibilidade de copiar algumas coisas. Os livros não foram escritos em forma de diário, então, seria bem possível rememorar e/ou copiar as coisas. Não vejo problema nisso, no sentido espiritual.
Essa questão da dependência textual fica mais clara quando lembramos que Jesus e apóstolos apenas falavam aramaico. Então estamos falando de TRADUÇÕES para o grego idênticas.
Pelas características dos evangelhos, a excessão de João (que é um evangelho quase alexandrino) os autores escreveram fora da região da Judeia, demonstrando pouco conhecimento da região e de seus costumes. Foram bastante benéficos com o Romanos, que promoveram conhecidos massacres entre o povo. E escritos em grego que era uma das línguas faladas na região do mediterrâneo, o que pode remontar estes evangelhos às principais cidades gregas da época como Éfeso e Antioquia. Partindo do pressuposto quase certo que Jesus e seus discípulos originais eram analfabetos, porém, versados na cultura judaica por via das sinagogas, é bem provável mesmo que os evangelhos foram escrito por uma espécie de ouvi dizer. Isso não desmerece a mensagem e seu impacto no que veio depois, muito pelo contrário, o Cristianismo moldou o imaginário ocidental definitivamente.
A questão e complexa.. Porque foram escolhidos estes quatro nomes? Porque a atribuição foi a mesma em locais diferentes? Ainda mais se o cristianismo era tão plural como se afirma... Como se explica que as atribuições são as mesmas em locais diferentes? Porque não encontramos um único exemplo de uma autoria alternativa ou divergências nas atribuições? Porque não há uma única disputa sobre autoria no cristianismo primitivo? Porque atribuição a Marcos e Lucas? Não faz sentido, se fosse para estabelecer autoridade... Ainda mais se atribuíram autoria a Mateus e João.. porque não escolheram outro apóstolo? Tiago, Pedro, Natanael, Felipe?... Muitas questões ficam em aberto