R&R RETRÔ - A VIRADA de CHAVE de Ayrton SENNA no MUNDIAL de 1988 - GP CANADÁ 1988 

Verdade, concordo com você! Uma pena ele não ter conseguido terminar a prova e nos pontos! Aliás o que esses carros quebravam nos anos 80 era uma enormidade!

Alonso x Hamilton 2007, Piquet x Mansell 1986... e teve outros que agora não tô me lembrando

​@@waoil01Lauda e Prost em 84 e 85, Clark e Hill na Lótus de 67 e 68, Brabham e Hulme na própria equipe do Jack, Fitipaldi e Hulme na McLaren de 74

@@waoil01 Mansell era tecnicamente inferior a Senna, Prost, Piquet.

@@Atilio-nr7en Ele era mais afobado e azarado. Mas velocidade ele tinha de sobra...

Acompanhei a fundo a Fórmula 1 desde o início dos anos 80 até 2021, mais ou menos. De tudo o que vi nessas 4 décadas eu diria que Lauda e Prost na McLaren em 84 e 85 e Piquet e Mansell na Williams em 86 e 87 fecham essa tríade das melhores duplas de pilotos de ponta que vi como companheiros de equipes, também de ponta. Mas de todos eles sem sombra de dúvidas a dupla de maior nível técnico e com a rivalidade mais intensa foi mesmo Senna x Prost na McLaren 88/89. Foi a maior rivalidade de todos os tempos. Tive a felicidade de ver esses caras correndo juntos e posso dizer que os mais jovens, que não viram, não tem noção do quanto aquilo foi fantástico. Aliás eu era também um grande fã do Prost, muito antes do Ayrton aparecer como a grande revelação da categoria e de se tornar o fenômeno que viria a ser. Apesar de obviamente torcer pelo brasileiro nunca consegui ter raiva do francês, como muitos fãs do Ayrton tinham. O Professor era um piloto extraordinário. Era incrivelmente inteligente, regular e estratégico, sendo também muito rápido embora fosse bem menos veloz e audacioso do que Senna. Prost nunca arriscava algo além de seu limite, ao contrário do brasileiro que, justamente por andar sempre acima dos limites errava mais. Aquela rivalidade feroz entre eles em seus tempos dividindo os boxes da McLaren fez um bem enorme às carreiras de ambos, pois eles aprenderam muito um com o outro, aperfeiçoando coisas que poderiam e precisavam melhorar em sua forma de pilotar. Prost, então um bicampeão mundial e protagonista na equipe inglesa se sentiu ferido em seu ego e ameaçado em sua posição de estrela principal e passou então a adotar uma postura diferente, se tornando um piloto mais agressivo, arriscando mais e se tornando mais veloz sem, contudo, perder sua regularidade e mantendo sua capacidade fantástica de errar pouco. O único ponto fraco do francês era a pista molhada, onde seu nível de atuação despencava ficando até abaixo da média considerada razoável. Ele tinha enormes dificuldades e sofria demais em corridas na chuva, ao contrário do brasileiro, cujo desempenho em tais condições era algo quase sobrenatural. Ayrton, por sua vez, era um verdadeiro fenômeno sem precedentes em termos de velocidade e audácia, que ao longo do tempo foi aprendendo com o Professor Alain Prost a ser mais estratégico e pensar nos pontos, por exemplo, em saber a hora de administrar um segundo ou terceiro lugar que seriam importantes na luta pelo campeonato em vez de dar tudo e correr riscos desnecessários na busca por algumas vitórias claramente improváveis, dependendo das circunstâncias de momento. Senna refinou sua técnica de pilotagem e suas estratégias de corrida sem perder sua velocidade extraordinária, onde continuava sendo incrivelmente rápido, andando acima do limite do "bom senso", 😂 mas errando cada vez menos. Aquilo foi um momento glorioso da categoria em uma década onde já havíamos sido presenteados com o privilégio de ver outros gênios como Lauda, Piquet e Mansell e diversos outros excelentes pilotos coadjuvantes como Keke Rosberg, Michele Alboreto, Gerhard Berger, e Jean Alesi. Destes, Rosberg chegou inclusive a ser campeão, na temporada de 1982. Bons tempos. Saudades.