Relações intermináveis e irrepetíveis | Voz de Cama | Antena 3 

Ora essa! Se o contexto mudou, é natural que a intimidade mude. Não há que ter nostalgia. Parece-me bem saudável. Para onde vão as nossas vivências? Ficam em nós, na nossa memória e em toda a nossa estrutura, porque nos construíram. Acho eu.

Quase todos nós já tivemos relacionamentos tóxicos, em algum momento da nossa vida. E também já assistimos a amigos nossos, e até familiares nossos, a viver esse tipo de relacionamento. No entanto, nunca temos bem a certeza disso, nem quando é connosco, nem quando é com os outros. Também sentimos que devemos ajudar as pessoas que estão a viver esses tipo de relacionamento, nomeadamente, alertando essa pessoa. Mas como é que se consegue fazer isso, sem se ser demasiado intrusivo? Esta é uma dúvida que tenho sempre. Porque, denunciar situações de violência doméstica física, em que se ouve gritaria e danos físicos evidentes, é relativamente fácil de fazer. Mas em relação a casos mais subtis de abuso, como é que é suposto agir? Abordamos o assunto com o nosso amigo, ou ficamos calados? Porque nós desconfiamos, mas não temos a certeza. Complicado. 😢

A premissa de que é possível discutir uma relação apenas a partir da descrição das vivências na relação de uma das partes, parece-me tão errada. Um podcast destes só faz sentido se for encarado numa perspectiva lúdica.

A primeira a coisa a fazer é gostar de si mesma - o que só se consegue com terapia.

Última vez? Será essa?

VIVA O CHEGA de ANDRÉ VENTURA