Marcos 1:5 diz: "A ele vinha toda a região da Judeia e todo o povo de Jerusalém. Confessando seus pecados, eram batizados por ele no rio Jordão." Esse versículo nos mostra o sucesso extraordinário de João Batista. Diferente dos profetas que eram perseguidos, João era amado pelo povo, e até as autoridades hesitavam em tocá-lo devido à sua popularidade. Isso nos faz questionar: o que João Batista tinha que atraía tantas pessoas, mesmo sem os recursos modernos que temos hoje?
João Batista não tinha microfone, banda, auditório com ar-condicionado, televisão, rádio, internet ou livros. Mesmo assim, ele conseguia encher o deserto com pessoas que vinham para confessar seus pecados. Muitos podem dizer que ele tinha a unção, e quem tem a unção de Deus atrai multidões. João tinha a autoridade de Deus, a palavra de Deus e o poder de Deus em sua pregação.
Desde o nascimento, João foi anunciado por um anjo e o Espírito Santo estava sobre ele. Ele tinha uma camada especial do Espírito Santo, um poder maravilhoso e autoridade que emanava de sua pregação. Muitas vezes, podemos ver pessoas falando as mesmas palavras, mas a diferença está na unção. A unção traz autoridade, e essa autoridade é sentida pelo ouvinte.
No entanto, é importante notar que a unção não é o único critério para o sucesso no ministério. Existem muitos exemplos de pessoas que, sem a verdadeira unção, enchem igrejas com manipulação e promessas enganosas. Atos 8:9-11 fala de Simão, um homem que praticava feitiçaria e iludia o povo, sendo considerado "o grande poder de Deus". Isso mostra que é possível encher igrejas com mentiras e manipulação.
Assim, devemos ser cuidadosos ao avaliar a verdadeira unção. Muitas vezes, pessoas narcisistas se proclamam ungidas de Deus, mas a verdadeira unção se manifesta na humildade e na capacidade de apontar para Cristo, não para si mesmas. João Batista é um exemplo claro disso. Ele nunca reivindicou ser alguém importante. Ele sempre direcionava as pessoas para Cristo, dizendo: "Depois de mim vem alguém mais poderoso do que eu, tanto que não sou digno nem de curvar-me e desamarrar as correias de suas sandálias" (Marcos 1:7-8).
João Batista entendia seu papel. Ele sabia que sua missão era preparar o caminho para Jesus. Ele não buscava a glória para si mesmo, mas para Cristo. Quando perguntado se ele era o Cristo, ele respondia claramente: "Não sou o Cristo" (João 1:20). João se via apenas como "a voz que clama no deserto" (João 1:23), preparando o caminho para o Senhor.
A verdadeira unção e autoridade no ministério se manifestam na capacidade de apontar para Cristo e não para si mesmo. Em João 1:29, João Batista vê Jesus e declara: "Vejam, é o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". Ele reconhecia que seu papel era diminuir para que Cristo pudesse crescer. Como ele mesmo disse: "É necessário que ele cresça e que eu diminua" (João 3:30).
Portanto, ao refletirmos sobre o ministério de João Batista, devemos aprender que a verdadeira unção está em apontar para Cristo com humildade e verdade. Não se trata de encher igrejas com promessas vazias, mas de guiar as pessoas a uma verdadeira relação com Cristo, onde Ele é o centro de tudo. Esse é o verdadeiro propósito de qualquer ministério: levar as pessoas a Cristo e deixar que Ele seja o centro de suas vidas.
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13 сен 2024