Tecnologias de gênero é um conceito cunhado pela pesquisadora feminista, Teresa de Lauretis, e aponta para a existência de mecanismos e produtos culturais que não apenas representam os valores, ideais e estereótipos de gênero (como em um espelho), mas têm o caráter performativo, isto é, criam, incitam, reiteram, reforçam esses próprios valores e representações. As tecnologias de gênero são fundamentais na configuração dos caminhos privilegiados de subjetivação (veja as lives 1, 2, 3 e 4 do minicurso sobre o livro "Saúde mental, gênero e dispositivos: cultura e processos de subjetivação") e podemos citar como exemplos de tecnologias de gênero os filmes, as músicas, as propagandas... e, também, muitas das teorias científicas. A pergunta dessa live é: A Psicologia pode se constituir como uma tecnologia de gênero? Quando sim? Mas também, quando não? Para isso, usamos como exemplo as explicações das teorias psi sobre o fenômeno do ciúme. Nossa convidada especial foi a psicóloga, mestre em psicologia e doutoranda em Psicologia Clínica e Cultura/UnB, Maísa Guimarães.
29 сен 2024