"Eu preferia não" ... Eu queria poder dizer isso pra tantas situações e pra tantas pessoas... E tantas vezes. Incrível esse Bartlebey... É muito realista... Infelizmente tenho pensado e caminhado de forma muito semelhante ao personagem ultimamente. O emprego... A vida... Tudo se tornando enfadonho... Sem propósito real além das expectativas de terceiros e da próprio sociedade. Livro adicionado a lista de desejos imediatamente.
O primeiro entrelinhas de 2023 tem uma entrevista com Ana Maria Gonçalves, a autora de um Defeito de cor, o livro da leitura coletiva atual do ler antes de morrer.
«BARTLEBY» é MARAVILHOSO! Melville escreveu, nesse conto, apologia crítica da liberdade, do inconformismo e da autodeterminação. Obrigado pelo vídeo! Leio esse conto ao menos duas vezes por ano, há mais de quarenta anos, pois comprei meu exemplar em 19 de outubro de 1979 em «sebo» em Campinas. «Prefiro não fazê-lo!» é mantra que ecoa em nossos ouvidos fatigados deste mundo adoentado.
Bem interessante o jeito como você contou! Atiçou muito minha curiosidade sobre o livro e as reflexões sobre a vida filosófica. Gratidão pelo vídeo incrível.
Desde a escola, vestibular, etc. eu sempre gostei mais de Newton do que os demais físicos. Ironicamente, eu queria Física Nuclear... Eu ia bem em Química e Física e adorava ambas disciplinas. Mas, ia mal e detestava Matemática, que é a ferramenta para Física e Química. Creio que Sigmund Freud ou Carl Jung não explicariam o porquê disso. Rsrsrsrs... Obviamente, segui Humanas.
Tão bom sempre poder contar com seus vídeos para melhorar meu dia, com boa literatura, informações interessantes e você falando, algo que gosto muito ☺️🌺🌷 obrigada
Durante o Carnaval "convidei" Melville, Conrad e Hoffmann para uma tournée literária. De Melville já tinha lido o "Moby Dick" e confesso que fiquei encantado com "Bartleby, o escriturário", uma das novelas preferidas do grande Borges, outra paixão literária que tenho. Durante esse período, li uma resenha muito favorável ao livro "Bartleby e companhia" do espanhol Enrique Vila-Matas e junto com o "Newton" que você bem descreveu, os coloquei em uma lista de aquisições imediatas. No mais, apreciei muito o seu trabalho. Parabéns por tanta dedicação ao universo literário.
Eu, aos 54 anos, bem resolvida (sem ironia), gostaria de poder terminar o resta-me de vida (gozo de ótima saúde), vivendo num lugar isolado de tudo o que representa sociedade. Eu gostaria de viver comigo mesma para ter oportunidade de me apresentar a mim mesma. P.S Não sou niilista
Penso exatamente assim. Tenho esse sonho tbm. Local isolado de tudo... Na minha própria companhia... Um bom livro... E ... Só. Ps: não sei o que sou ... Niilismo me agrada... Mas toda convicção é um equívoco... Então nem isso sobre mim posso afirmar. Sou? Sou alguma coisa? Não sei. Nem sei se realmente não sei.
Você quer se afastar da política, porque política está em toda a sociedade e no seu entendimento tudo em política é algo ruim e assim caminha o Brasil sem interesse em política e não colocando um partido e o congresso na pauta do dia.
@@robson_xavier-7595 na verdade, eu GOSTARIA de poder me afastar da vida em sociedade (compõe a política) porém não posso porque, mesmo sem filiada a algum partido político, sou cidadã e, como tal, não posso me eximir de minha responsabilidade. Defendo a política de esquerda por empatia, até a mim mesma (não sou "caviar" nem miserável). Mas a sociedade, no geral, me causa ranço. Desculpe-me se alguém que ler este texto, se sentir ofendido. Não é minha intenção mas, se não, um desabafo. Meus 54 anos me autorizam (hoje) dizer.
@@lindinalvalima9395 Eu, você e tantos outros milhares de brasileiros e brasileiras durante muito tempo abandonamos o voto para o executivo e legislativo, seja por nulos, brancos ou simplesmente não ir votar, pois a multa é barata, o que nos diz que o próprio Estado estimula as pessoas não irem votar. Desde os 27 anos eu mudei e que bom isso. Eu não sou extremista de nenhum dos lados, pois entendo que o capitalismo só é ruim se ficar fora do controle, mas se houver limites, em especial impedindo o acúmulo ao infinito, fica equilibrada a balança. Os países nórdicos são um belo exemplo de cultura voltada ao social. Meu viés é de esquerda sim, mas procuro ser coerente e me apegar aos fatos e você pelo que eu li também é. Eu infelizmente só lamento que nenhum partido político trabalhe a questão de um pacto social no país e eu penso que abandonar a discussão política e o voto é o mesmo que dizer para nós mesmos e para as futuras gerações que queremos a volta do AI 5, da tortura, de massacre nas favelas, cadeias, comunidades indígenas, violência de gênero, matança de pretos e pretas, e etc. Atuar por um pacto social no Brasil via maioria social no congresso pelo voto é acima de tudo evitar muita morte e muita dor nesse país e eu espero que o perfil do congresso seja outro em 2026. Não sejamos vitimistas mais. Forte abraço!! Deus vela o sono e o sonho dos brasileiros, mas eles acordam e brigam de novamente. Outubro de 1930. Carlos Drummond de Andrade.
@@__NataN que legal! Na minha falha convicção, acho que você é um filósofo e poeta. Quem duvida de tudo e, até de si mesmo, é tudo e é nada. Forte abraço! Eu quero uma casa no campo... Elis Regina.
Há um mini documentário (uns 20 minutos) da professora (e antropóloga, e pesquisadora, e ensaísta, e documentarista, etc) Débora Diniz, chamado "Solitário Anônimo", no qual um idoso resolve por em prática uma ideia semelhante à desse livro, com consequências e aprofundamentos filosóficos que nos deixam pensando pelo resto do dia. Ainda mais por ser real.
Eu comecei a ver o vídeo às 19:58h e vi o seu aviso. Botei na Cultura e vc nem apareceu kkk mas tudo bem, foi interessante o programa de qualquer jeito. Espero te ver em outras oportunidades. Interessante que citou o lançamento do primeiro romance do Herman Hesse no Brasil pela Editora 34 e eu lembrei logo do seu vídeo de Demian que me impulsionou a ler a obra mas... confesso que não achei essas coisas todas kk de qualquer forma estou disposta a ler Sidarta e ver se eu consigo gostar de Hesse. De qualquer forma, estou aproveitando as minhas férias para ler todos os dias e espero levar o hábito pro resto do ano, mesmo estudando, e vc tem me impulsionado muito nisso. Não perco um vídeo seu e maratono os antigos colecionando recomendações de livros pra ler. Inclusive esse é mais um hehe Por muito tempo eu vivi um bloqueio literário mas agora estou conseguindo ler como nunca antes. Obrigada por todos os incentivos, Isabela, e muito sucesso pra vc! Que vc cresça mais e mais. Um abração! :)
Alô Isa. Lá pelos idos de 50, nos EUA o Thoreau fez parte disso. Recusou-se ao pagamento de imposto, viveu por dois anos na floresta com pouco contato com a cidade mais próxima, e ao final da história tornou-se um dos gurus do movimento hippie, até pelo amor à natureza. Não chegou a viver no anonimato, antes escreveu uma "Bíblia " chamada Walden-a vida nos bosques. Talvez tenha entendido a que veio ao mundo. Abraço!
Olá Isa! Parabéns pelo teu canal, és uma inspiração para mim! Gostaria que me recomendasses um livro japonês para ler? Nunca li nada sobre autores asiáticos. Muito obrigada, beijinhos
Indígenas não precisam ter identidade jurídica, por habitarem mundo distinto da sociedade oficial. Por que qualquer outro de nós deveria tê-lo? Por que a sociedade oficial deveria ser o ambiente obrigatório para todos que nela nascerem? O argumento do livro é, embora não original, muito intrigante. Obrigado, Isabella, por outra ótima resenha. (Celso Lago, Serra do Cipó, Minas Gerais)
Influência norte americana nesse livro. Existem comunidades inteiras nos EUA que fogem a documentos de identificação. Lá acho que podem funcionar só com cartão de segurança social e carta de condução. Isto porque os americanos tendem a detestar o governo e mais do que desconfiam do que chamamos Estado. Isto transversalmente, de equerda ou direito. Engraçado até que ponto chega a Influência dos EUA no Brasil.
Não dá para querer permanecer anônimo e, ao mesmo tempo, expor-se em blog ou escrevendo literatura de altíssima qualidade. Meu avô viveu e morreu anônimo, sem nenhum documento. Mas ele vivia no interior de uma cidade do interior de Minas Gerais. Viveu poucos anos na cidade do Rio de Janeiro, não gostou, voltou para Minas. O Estado não sabe quem ele foi, apenas a família o sabe. Sua única preocupação era cuidar da roça, dos bichos e da contação de história para os netos, de noite, à beira do rio.
@isabella, viajei refletindo sobre sua resenha. Será que o livro é uma ironia???!!! Fiquei pensando ao contrário - em quantas pessoas são invisíveis às instituições por não ter documentos. E dessa forma, têm direitos básicos negados.
Uma pessoa que quer permanecer anônima. E continua com esse direito respeitado, tanto que a imprensa italiana não repercute muito a descoberta do "jornalista".