Conheço-o há muitos muitos anos (de casa, de famílias), e estive lá no início do início a colar cartazes (podíamos voltar a ter um SET). É uma pessoa com um sentido de humanidade e compaixão que quem vai ouvir pela primeira vez não conseguirá sequer entender. Foi a primeira pessoa do mundo que eu conheci, e é, sem eu me dar conta, um dos meus Role-models. Para mim será sempre aquele primo distante, que apenas vejo de quando em vez, mas que nunca deixa de ser família. Espero que um dia possa ter capacidade de decisão em Aveiro. É tudo o que a cidade precisa.
Parabéns pelo interesse deste cast. Um abraço de Coimbra para o Vasco lembrando as palavras que o escritor Mário Sacramento, seu avô, nos deixou a todos: " Instaurem uma sociedade humana. (…) Aprendam com os erros do passado. E lembrem-se de que nós, os mortos, iremos, nisso, ao vosso lado! Façam o mundo melhor, ouviram? Não me obriguem a voltar cá.”
Hum ... este episódio cumpre muito bem o propósito do Despolariza. Foi dos episódios com ideias bem distintas das minhas (quase opostas) mas que gostei de ouvir (nem todos sabem falar como ela). Aqui talvez lhe tenha faltado (à convidada) tolerar a diferença e evitar esteriotipos e generalizações (bem tentaste Tomás ir chamando ao ponto médio e ao equilibrio mas não deu). Obrigada pela oportunidade de ouvir esta pessoa (e tantas outras), é preciso ir ouvindo e tentando compreender todas as ideias, por vezes para fortalecer as nossas (como aconteceu agora).
Os mormons tem um bom exemplo de Ritual de Passagem em que ficam 2 anos longe da familia muitas vezes noutros países, Promovendo a sua mensagem. Apesar de ser ateu percebo a importância na formação de caracter, quando nos tornarmos imunes a levar com portas na cara.
O problema de matar um homem para salvar outros cinco que necessitavam dos órgãos do primeiro, é que o assassinado também se considerava tão especial quanto qualquer um dos outros.
Como é que vamos reduzir a emoções, se a maior parte das pessoas são mais emocionais do que racionais. São as emoções que moldam a razão. Por mais racionais que sejamos, na base de uma decisão está sempre uma emoção.
Muito honesta esta conversa. Estes homens a procura da masculinidade com que se identificam é inspirador, principalmente quando não tiveram modelos em que se inspirar.
Este deve ter sido o despolariza em que os interlocutores estavam em polos mais distantes. Digo isto como um elogio. Obrigado por terem tornado esta conversa possível
Acho essencial falar-se sobre masculinidade e haver espaços seguros para homens. No entanto, estes temas formam um debate mais completo se incluírem pessoas de géneros diferentes. Nesse sentido, trago algumas críticas e questões. 1. Apresentaram uma abordagem do que é ser homem completamente centrada na biologia e heterossexualidade, como se essa fosse a única natureza possível do homem. Desta forma excluem todas as outras formas de ser homem. Por exemplo, o Miguel referiu-se a um homem trans como: “ele sente-se como um homem”, em vez de dizer “ele é um homem”. As palavras têm importância, ao dizer “sente-se” está-se a duvidar do seu género. Da mesma forma que vocês não se definem como “sinto-me homem ou identifico-me como homem”, dizem simplesmente “sou um homem”. Um homem trans É um homem. Portanto, não deve ser excluído de conversas sobre masculinidade. Outro exemplo. Dizer que a sociedade se organizaria naturalmente de forma perfeita com as diferenças do que é ser homem e mulher, é uma visão limitada. Deram os exemplos dos comportamentos macho e fêmea na natureza e outros exemplos de diferentes papéis e competências. Isto é incompleto porque o ser humano não existe sem a componente social e esta tem uma forte influência naquilo que são os comportamentos aprendidos, que se podem confundir com competências naturais. O género é uma construção social, não é uma questão biológica. Além disso, há imensas espécies na natureza em que os comportamentos de macho e fêmea não são tão binários e heterossexuais como se pensa. Nessa lógica da biologia natural, pessoas não heterossexuais que não se queiram reproduzir são menos humanas ou menos naturais? Pessoas não-binárias existem nessa lógica binária e biológica do género? 2. “O Andrew Tate diz uma verdades”, isto faz-me lembrar as pessoas que dizem que o Ventura diz umas verdades. O Jorge diz: “O que ele diz é mais representativo da sociedade do que dele”, mais à frente acrescenta que o que eles “pregam a auto-responsabilização” no sentido de se quero conquistar mulheres tenho de cuidar de mim, do meu corpo etc. Tudo isto me parece confuso e contraditório. Então, ele representa uma sociedade misógina, tem consciência disso e usa-o de forma inteligente para ganhar dinheiro e abusar de mulheres, mas não podemos responsabilizá-lo inteiramente porque ele está a corresponder ao que a sociedade espera dele. Depois “prega a auto-responsabilização”, mas esta responsabilidade não é sobre os machismo e os crimes que comete, é sobre ter um perfil de homem que atraia a “mulher perfeita”. Essa é a responsabilidade ideal do homem. Este pensamento desumaniza o homem e a mulher. O homem tem de ser macho alfa, musculado, ter estatuto etc, é por isso que a mulher o vai desejar. É pela aparência, não pela essência. Não interessa a pessoa que ele é - se é sensível, humilde, honesto - o que define o valor de um homem é a imagem e bens materiais. E a mulher aqui é vista como uma boneca, fútil, que só se interessa por alguém que a vá sustentar e dominar. 3. Qual é a evidência por detrás dos traços masculinos e femininos que falam? Esses traços são baseados em quê? Biologia ou comportamentos aprendidos socialmente? Disseram que querer ser visto é um traço feminino. Não será porque as meninas são educadas desde cedo para se preocuparem com a beleza? Tem de estar bem vestidas, bem penteadas, ser bem comportadas… Tudo isto para agradar alguém. Enquanto os meninos podem brincar e existir mais livremente sem se preocuparem com a beleza e aprovação. A mulher aprende que a sua autoestima e valor pessoal depende das definições dos homens, e depende muito da imagem porque é isso que atrai os homens, portanto é normal que, maioritariamente, as mulheres (mais que os homens) procurem essa aprovação e queiram ser vistas. Isto é natural ou aprendido?
Olá Dri. Por pontos: 1- É a nossa opinião, tu és livre de ter a tua e não temos que concordar, é a beleza de viver num mundo livre em que podemos desenvolver e expressar as nossas ideias e não habitar uma eco chamber em que todos repetem a mesma e unica verdade. 2- O Andrew Tate diz umas verdades, O André Ventura diz umas verdades, até a Mariana Mortagua diz umas verdades de vez em quando, ninguem é exclusivamente bom nem exclusivamente mau. A minha questão é alguma vez ouviste pessoas que não represntam os mesmos valores que tu num formato longo ou podes ter ficado refem de clickbait? Uma frase que gosto muito é "o Homem (ou a mulher ou non binary, se quiseres) inteligente é aquele que se tenta provar errado" e infelizmente a sociedade está atualmente infetada com um virus mental que faz com as pessoas se tornem papagaios que repetem apenas uma unica e exclusiva verdade e isso para mim é assustador e uma manifesta privação das liberdades individuais que custaram tanto a implementar. O homem musculado, com estatuto e etc não nasce assim, conquista esses traits e se ves alguem com um bom fisico vais saber muito sobre essa pessoa por ex em termos de disciplina, consistencia, etc, ou seja, não é pela aparencia mas pelas caracteristicas que possibilitam obter a aparencia e se isso são caracteristicas que não te atraiem, fantastico, há muito mais homens que não as possuem do que os que as possuem. 3- Eu tenho filhos, acredito que não tenhas. Se algum dia tiveres a sorte de ter vais perceber que há comportamentos que são inatos e que todos os seculos e milénios antes de nós em que determinados generos ocuparam predominantemente determinados papeis nas mais diferentes sociedades espalhadas pelo planeta não foi meramente uma coincidencia. Espero ter esclarecido alguma coisa. Um abraço
Aprendi com todos os “Despolarizas” que assisti mas neste é certo que desaprendi. Convidado básico com pensamentos e argumentos super limitados. Diz-se racista, vem com nome fictício e cara tapada mas na realidade nem racista é. Começou a entrevista respondendo o que é ser racista com base no wikipedia. Ao Host os meus parabéns pelo interesse em querer trazer entrevistas fora da caixa e pela paciência de ter que levar com este convidado. Deve-se ter arrependido nos primeiros 5 minutos de diálogo. Quem viu unicamente este vídeo fica a pensar que o host não é muito melhor que o convidado. Felizmente existem muitos “despolarizas” para as pessoas perceberem o quão culto e inteligente este host é. Grande abraço.
Não concordo com o facto de estarem a misturar economia com espiritualidade. A culpa da falta de espiritualidade agora é do capitalismo e da vontade de conseguir subir na carreira ou, como disseram, "achieve, achieve, achieve"... Basta visitar alguns países asiáticos muito espirituais e com uma cultura de "achieve, achieve" completamente doentia, como o Japão, para ver que uma coisa não está correlacionada com a outra. Nos últimos anos parece que tudo o que acontece de mau no planeta é culpa do capitalismo, nunca há mais nada que afecta o mundo e as pessoas.
Gostei da conversa mas tenho que discordar de alguma abordagem feminista (entendendo eu que o feminismo é o desmantelamento do patriarcado com vista a uma sociedade igualitária) àquilo que é a masculinidade. A meu ver é contraditório querer promover uma sociedade saudável a nível de aceitar aquilo que é bom no masculino (assumir o papel de líder, de protector e de alguém que promove o desenvolvimento colectivo do seu grupo, ainda que isso exija dele algum sacrifício pessoal) e que é bom no feminino (ser o elemento que nutre e toma conta do colectivo, que promove a empatia e liga os elementos através do amor e do carinho). A meu ver ir contra estes conceito em prol da destruição do patriarcado por uma sociedade igualitária é um ideal marxista que vai contra a natureza do Homem e da Mulher, que se complementam enquanto Masculino e Feminino, obrigando o homem a conter-se no seu papel social para não ser demasiado "agressivo" ao lidar com mulheres no local de trabalho, de forma a nao atingirem o seu máximo potencial. Vejo esta narrativa como sendo também negativa para as mulheres pois quer-las mais masculinas de forma a ser quase como homens de segunda categoria. Sou pragmático e entendo também que há mulheres masculinas e homens femininos que não se adaptaram a estas limitações sociais, no entanto para 99% dos casos será assim. Assim sendo, de um ponto de vista masculino, promover a destruição do patriarcado com vista a uma sociedade mais igualitária será nada mais que uma versão "vanilla" do feminismo.
O feminismo é o pior movimento que existe atualmente no ocidente para os direitos das mulheres (exceptuando estados islamicos radicais e afins). Eu tendo a concordar contigo, acredito que existem papeis definidos há milenios por algum motivo e é de uma arrogancia muito grande uma geração descartar completamente o que foi cultivado pelas 100 gerações anteriores. Tambem nao sei bem o que é esse conceito do patriacado, parece-me chavão woke que se aplica a qq situação de um homem numa "posição de poder" que hj em dia pode ser simplesmente decidir o jantar ou abrir a porta para a mulher passar. Existem muitos fatores, muitos dos quais considero que não acidentais, fisicos e sociais para essa proliferação de homens mais feminimos e mulheres mais masculinas criando uma cada vez maior confusão. Mas isso dava um outro podcast :)
Gostei bastante da conversa e aprendi imenso - tinha uma ideia bastante diferente sobre este tópico e este episódio ajudou-me a ter mais empatia e até a manifestar algum interesse pelo que o Miguel e o Jorge estão a fazer, e por isso muitos parabéns a todos :) Gostaria apenas de deixar uma ressalva sobre uma aparente contradição que observei no discurso do Jorge em relação ao Andrew Tate especificamente (ele avisou que era controverso): O Jorge manteve várias vezes durante o episódio que uma das principais motivações dele era pensar no tipo de homem que gostaria que as filhas se relacionassem - o que é de facto uma motivação louvável e nobre. No entanto, ao falar de Andrew Tate, parece que o Jorge desculpabiliza o discurso misógino e muitas vezes de ódio - ao apelar à violência física contra mulheres, à objectificação sexual, entre outras - dizendo que "é mais um sintoma da sociedade do que uma característica do Andrew Tate", como se este não tivesse responsabilidade (e responsabilização do homem é outro dos argumentos que o Jorge defende durante o episódio) pelas palavras que diz e a influência que isso pode ter nos seus seguidores. Parece-me no mínimo contraditório e algo para pensar quando se fala sobre o movimento "red pill", do qual já agora, não penso que o Jordan Peterson faça parte na mesma medida. A minha pergunta para o Jorge seria: o que acharias se as tuas filhas se relacionassem e tivessem a infelicidade de interagir com seguidores do Andrew Tate que em principio (tomando em conta o discurso e a mensagem) não iriam ter respeito por elas como seres humanos ao mesmo nível e com os mesmos direitos? (é uma pergunta de um pai de uma menina de 4 anos que tem as mesmas preocupações sobre parentalidade)
Também não concordo muito com o Andrew Tate embora note que toca em muitos pontos fundamentais e alguns até aprofunda com perspectivas interessantes, que muita gente se autocensura e não discute sobre eles. No entanto, dizer que existe ou que ele tem discurso "misógino" ou "de ódio" parece-me ser uma falácia (e fundamentalmente feminino) porque não te está a criticar o conteúdo mas sim a maneira que se transmite a mensagem. Isto é, não dizer que ele está errado pela razão X mas sim porque potencialmente pode ofender alguém. Desafio-te a criticar algo que ele esteja errado e não entrar nesses chavões e frases feitas ou o chamado "tongue policing", porque pode causar desconforto a quem é criticado.
Viva. EU não desculpo nem julgo o discurso de nenhum individúo em particular. Acho que há uma diferença muito grande entre o AT em formato curto de soundbytes, muito potenciado pelo proprio como ser inteligente que é, aproveitando-se do algoritmo e o formato longo em que é um claro defensor da moral, dos costumes e da familia e são nesses pontos que tendo a concordar com ele. No entanto, ele, como todos nós nem é só bom nem só mau e diz muita coisa deveras reprovável. Quanto às minhas filhas, o que pretendo é que tenham uma educação e um exemplo que lhes permita tomar as melhores decisões e se encontrarem um seguidor do Tate que as trate bem, de lhes segurança e as ame, não tenho nada contra. Da mesma forma que se encontrarem alguém que tenha as mesmas características e não goste do AT também não tenho nada contra.
@@jorgemachado9448obrigado pela resposta que é muito sensata e faz bastante sentido - muitas vezes os formatos apresentados nas redes sociais não ajudam no que toca à compreensão mais holística de uma certa personalidade, levando a vieses e julgamentos rápidos - parece-me que essa postura de evitar julgamento no geral, será sem dúvida a melhor - tudo de bom para ti e para as tuas filhas 💪 também desejo o mesmo para a minha 😊
Boas. Eu sou de Braga. Interesso me grandemente por coisas mais espirituais. No meu grupo de amigos é muito difícil desenvolver é partilhar essas coisas. Alguém sabe de algum círculo de homens cá para cima para o norte, perto de Braga? Agradecia. Se alguém precisar de desabafar e partilhar mande mensagem.
Os circulos do Jorge Machado no Porto costumam ter pessoas de Braga e até mais longe. Podes entrar em contacto com ele pelo Instagram e podes vir ao retiro em Setembro!
Ao ouvir 02:04:00 pensei ... E será que o que muitas mulheres sentem depois de uma gravidez, e depois de um pós-parto complicado talvez com depressão ... a tal dificuldade de concentração, a sensação de ter a cabeça com muita coisa a acontecer ao mesmo tempo e tudo inacabado, sentirem que iam para um sitio fazer uma coisa e depois cruzam-se com outra por fazer e mudam... não será também algo semelhante à PHDA de aquisição tardia?
Esta conversa também me mostrou algo que eu não sabia. Eu pensava que nós, mulheres, somos muito competitivas e pouco solidárias entre nós. E que os homens são mais unidos. Afinal, não é bem assim. Os homens fingem uma ligação de parceria, que acaba por ser muito superficial. As mulheres podem ser implacáveis, mas também são mais profundas nas suas relações de amizade.
Gostei muito deste episódio, por imensos motivos. Mas houve um que se destacou: finalmente, surgiram convidados, cuja lotaria genética e social não foi "perfeita ", tal como acontece com a maioria dos comuns mortais. 😅 Nos outros episódios, quase todos os convidados apresentaram famílias e ambientes sociais, de infância e juventude, quase perfeitos. Ainda bem que eles tiveram essa sorte, mas também é importante conhecer pessoas, com realidades mais difíceis, e como é que elas evoluiram a partir daí.
Valorizo muito novas abordagens de aprofundamento humano, os meus parabéns pela iniciativa de criar círculos de homens. O mundo da espiritualidade e das terapias alternativas possui uma população maioritariamente de mulheres, está na hora de equilibrar isto. É de grande valor para a sociedade o autoconhecimento masculino elevado. Enquanto assistia ao podcast imaginei a vossa reflexão grupal a debater temas ligados aos receios, desafios e expectativas sexuais masculinas. Dá-me a sensação que há muita camuflagem máscula a ocultar medos de performance que por vezes até são desconhecimento do próprio. Mais do que de copos e futebol os homens precisam de falar uns com os outros e encontrarem semelhanças e compreensão. Grata ao Despolariza também 💋
O amigo Ruizinho é um grande defensor da democracia da Venezuela. Fascistas como o Ruizinho, não muito obrigado. Não posso com fascistas escondidos debaixo da capa do povo, como é o caso deste burguês Rui Tavares, que nunca viveu as verdadeiras dificuldades do cidadão comum.
Gostei muito deste episódio! Eu que fui criada maioritariamente por mulheres, senti que estava finalmente a ter um entendimento sobre a perspectiva masculina no que toca a tantos assuntos. Atenção ao que o Jorge falou no final, sobre a desigualdade paternal em separações e divórcios: uma questão social tão relevante e tão ignorada - eu diria que é meio tabu, até. Talvez possa ser útil falar sobre isso num futuro episódio 😉🫶🏻
Sou grande fã! Mas drogas com álcool não corre bem! E tiveste um dia infeliz! Um homem tem que assumir os seus erros! Tens k ser um homenzinho e admitir! Não confundas e iludas o álcool com o k aconteceu! Bad day bad trip! Mas continuas a ser o maior! Agora admite e sê grande ......
