O ESPINHO
(Otávio Severo/André Teixeira/Matheus Leal)
Espinhos são tantos, pra os olhos da alma...
Em todos sentidos por buenos ou não
São gestos que habitam o nosso inconsciente
E se manifestam pelo coração
Mal comparando é o malo na flor da tropilha
Não sabe formar e se faz de sinuelo,
É o espinho da farpa do arame e divisa
Guardando ressábios em forma de pêlo
Também é querência na lança em vigília
É arma bendita debaixo da asa
Escorando o campo em gritos de pampa
Revôo e puaço em defesa “das casa”
São pontas que choram na voz de rosetas
É o aço calado virando o carnal
Será o pé da cruz encravado na terra
Mostrando onde a vida encontra o final
O tempo nos cobra e revela segredos
Nas marcas que ficam o motivo comum,
Se até lindas flores têm garras de espinhos
Quem disse que o homem não pode ter um?
16 окт 2024