Você foi tão gentil nesse assunto... sinto que muitas pessoas acabam se sentindo "atacadas" ou na "defensiva" por tantas pessoas terem essas duvidas sobre si mesmas e acho tão estranho julgar essas pessoas. Nenhuma pessoa que faz auto diagnóstico realmente vai usar algum direito de alguém ou mentir sobre um transtorno pra se "aparecer" é como sentir uma dor no estômago e ir no médico checar o que pode ser a causa, não se trata de "fingir ser quem não é", mas sim sobre organizar em palavras o que sente e então procurar as causas e ajuda profissional e até mesmo formas de passar por uma situação de forma mais preparada.
Eu suspeitei de autismo quando li o DSM depois dos seus vídeos, mas não tive certeza de nada até concluir todos os testes da avaliação neuropsicológica e receber a devolutiva, e ainda assim esperei o laudo da psiquiatra para enfim me permitir pensar: nossa eu realmente sou autista.
Normalmente quando a gente fala sobre isso com um profissional, estamos tentando apenas entender o que está acontecendo, mas as vezes as pessoas acham que já fechamos o nosso diagnóstico e estamos atrás de um carimbo.
Devo-lhe agradecer pelos seus esclarecimentos sobre o autismo; a partir deles, comecei a atentar pera muitos sinais não só em mim, mas nos meus dois filhos. Faço tratamento psiquiátrico há 20 anos e nesse período apenas uma psisiquiatra cogitou esse diagnóstico, mas mudou para Borderlaine. Só após levar as minhas crianças para avaliação psicológica e sem relatar nenhum dos meus receios, escutei da profissional que por sinal é especialista em autismo infantil, que os dois apresentam sinais de autismo e TDAH. Confesso, que fiquei triste, meio que assustada, pois ao saber da possibilidade que está sendo investigada, tive uma resposta sobre mim. Agora também buscarei a avaliação de um especialista, pois afinal, todo ser humano busca compreender a si mesmo.
Eu pensei que todos os meus sintomas eram de transtorno pós-traumatico... Este ano estou percebendo que vai além disso e pode haver autismo envolvido. O problema é que eu fui educada para prestar mais atenção nas necessidades dos outros do que nas minhas, então sempre fui muito desconectada de mim mesma. O resultado foram constantes burnouts. Acho isso um assunto importante, pois fui taxada de ser uma criança "fria" quando eu só estava tentando me regular e viver dentro dos meus limites.
eu concordo, o problema de fato começa quando as pessoas não querem ir atras de um diagnostico oficial/tratamento mas querem usar como desculpa pros seus fracassos, eu tenho a impressão de q autismo é mais levado a serio nesse sentido mas com tdah é bizarro, acho q 1 terço das vezes q eu comentei sobre eu ouvi um "eu tambem" e perguntando mais essa crença veio do mais absoluto nada, tanto q hj em dia nas raras vezes q eu falo sobre eu coloco um "de verdade" no final da frase pra ja evitar esses papos esquisitos (ou ser confundido com esse tipo de gente) por um lado é bom n ter tanto preconceito com tdah mas por outro ele n é nem um pouco levado a serio
Gosto mt do seu conteúdo e se me permitir indicar um video de outro produtor de conteúdo sobre o mesmo tema: Jeremy Andrews Davis - Autism Self Diagnosis is invalid
Só sei que as mentalidades medicas e do DSM têm que mudar. Eu tenho muitas características de Autismo e de TDAH, mas não tenho as principais, por isso não fecho diagnóstico. Mas aquela frase besta "não é um transtorno" está muito errada. Minha vida teve problemas desde a infancia até chegar num nivel de desistir de viver, por ser diferente e não me encaixar no mundo e ser muito compreensiva com todas as formas de viver, mas ninguém me compreender e por isso me julgar, me humilhar, me agredir, me rejeitar, me excluir... Então, sim, é um transtorno a minha vida. Não só no ambito social mas funcional tb. E não me encaixar nem nos transtornos mais dicersos é outro transtorno pra mim. Então eu deveria ter direito a tratamento especializado, mesmo sem o diagnóstico, pq não a cura e nem remédio, e sim tratamento para cada área com déficit. Acho tudo isso um absurdo. Já fiz varias terapias ao longo da vida. E tirando a parte emocional, os terapeutas me acham tão estranha que não sabem como me ajudar.
Dra. essa essa semana fui diagnosticada com TEA nível 1 de suporte e suspeita de Altas Habilidades. Porém, sinceramente não acho que me encaixo 100% nos critérios para ser Autista. Seria possível "se" possuir altas habilidades, esse fator estar encobrindo ou camuflando aos meus olhos o TEA? Tem essa possibilidade? Eu sou extrovertida, engraçada, líder, falo pra caramba, super empática, entendo sarcasmo e sou sarcástica, entendo normalmente expressões faciais (até mais que o normal). Me ajuda por favor.
Interessante. Gente com mais traços que você não é considerada. Isso é subjetivo e os testes ridículos. Ou talvez locais caros diagnósticam melhor. No meu caso, local gratuito, desconsideram várias coisas da minha vida e fazem perguntas tão subjetivas, além de não serem simpáticos. É patético! Gente com demanda menor que a minha foi lá pagou e teve diagnóstico. Patético.
O hábito da auto percepção do corpo é muito importante e creio ser muito raro. Poucas pessoas têm essa sensibilidade. Quando um profissional valoriza isso, já é meio caminho andado para um diagnóstico médico ou psicológico. A prática do yoga ajuda essa auto percepção.🙏🏽
Pois é. Deveria ser respeitado e valorizado. Só senti isso por algumas pediatras em relação ao que falei do meu filho. Mas qdo sou eu que falo de mim: Isso não existe. Isso não existe. Então é coisa da sua cabeça. Eu não entendo pq os médicos não clinicam iguais aos pediatras. Eles apenas mal nos ouvem e deduzem que somos loucas, não fazem exames clínicos.