Não deixe o mimimidias acabar! :) catarse.me/mimimidias REFERÊNCIAS ↓ “Nietzsche, Freud e Marx”, Michel Foucault - Princípio Editora, 1997. “As Palavras e as Coisas”, Michel Foucault - Editora Martins Fontes, 1992 “O Conflito das Interpretações: Ensaios de Hermenêutica”, Paul Ricoeur - Editora Imago, 1978 “Hermenêutica”, Richard E. Palmer - Edições 70, 2006 “The Politics of Theories of Interpretation”, E. D. Hirsch - Critical Inquiry, v.9, n.1, 1982 “A Ideologia Alemã”, Karl Marx - Editora Boitempo, 2007 “A Vontade de Poder”, Friedrich Nietzsche - Editora Contraponto, 2008 “A Interpretação dos Sonhos”, Sigmund Freud - L&PM, 2016 “Pós-modernismo: a lógica cultural do capitalismo tardio”, Fredric Jameson. Editora Ática, 1996 - ~ Apoio mimimidias de verão : É HOSTEL - Ouro Preto ~ bit.ly/ehostelmimimidias - MÚSICAS: Yonder Hill and Dale - Aaron Kenny Bobobossa - Fernanda Dias Cantus Firmus Monks - Doug Maxwell Atmospheria - Francis Preve Coupe - The Grand Affair Tension Nonstop - Myuu Keep the Pace - Gunnar Olsen Rest - Otis McDonald - A nossa música tema foi composta pela incrível Fernanda Dias: soundcloud.com/ironfairy/ - Siga a gente nas nossas redes sociais! Facebook: facebook.com/canalmimimidias Twitter: twitter.com/mimimidias Instagram: goo.gl/PgHDH4 Servidor do Discord: discord.io/mimimidias Não deixe o mimimidias acabar, apoie! :) catarse.me/mimimidias Escute nosso podcast! mimimidias.podbean.com/
Eu (graduando de filosofia e que pesquiso acerca da hermenêutica) fui maravilhado por esse vídeo que já é um dos melhores do canal e que me deixou como uma criança querendo saber mais e mais! Continuem com esse trabalho maravilhoso, gente, e muito obrigado por democratizarem o conhecimento dessa forma.
Como interpretar um texto? Ler atentamente observando a pontuação. Reler quantas vezes for necessário. Conhecer o significado das palavras. Focar-se somente nas ideias do autor.
Através do vídeo eu entendi que por mais que não exista uma interpretação objetiva, existe sim uma interpretação objetiva. É a interpretação de que a interpretação é subjetiva e entra num looping infinito de interpretações. Isso também é uma interpretação.
Desde o ensino médio eu penso como um professor pode dar errado numa questão de interpretação pq sempre pareceu pra mim que a interpretação é subjetiva . Eu acho que as pessoas preferem esquecer que a subjetividade existe, tipo pq eu vou brigar e xingar alguém que teve uma visão diferente da minha sobre um livro X ou filme Y, se eu lembrar da subjetividade de cada individuo já me faz economizar uma energia gigantesca.
apesar de não existir interpretação certa, existe interpretação coerente. Se a sua interpretação não for bem baseada nos fatos apresentados poderia se desqualifica-la como valida. Contudo majoritariamente o professor ensinar a interpretar como ele, que aprendeu a interpretar de outros professores pois essa abordagem que falei é custosa e não encaixa em um sistema educacional industrial que não da suporte e nem quer que exista uma pluralidade de interpretações.
O problema da subjetividade é que sem limites ela causa o que estamos vivendo hoje: cada um escolhe sua própria versão da realidade, qualquer maluco pode inventar sua própria versão, e uma realidade inventada tende a ser muito mais interessante do que a verdadeira. Mas ainda assim, interpretação e subjetividade são importantes.
@@Lucan47 Bom, em última instância todo mundo vive imerso na própria realidade inventada. A socialização serve de modo a compatibilizar, em alguns lugares, noções éticas e morais que formam alguma coesão entre as pessoas. Talvez a divisão do trabalho seja um desses lugares.
Tavos eu acho q todo filosofo de respeito passa por esse questionamento fundamental. Como ler as coisas? Como olhar? Eu tive uma sorte de ter como parâmetro de vida, crescer com o parâmetro da busca pela verdade.... E ai quando eu cai na filosofia acabei perdido num mar de ciclos loucos como esse da hermenêutica.... E por fim eu conclui uma coisa q responde todas as perguntas fundamentais... Que quebra os ciclos em linhas possíveis... Que responde a sua ultima pergunta do vídeo. Porque eu vou fazer isso? qual nível devo parar. Eu descobri que a unica coisa que é inquestionável é a vida, nos existimos, a vida busca continuar a existir e a tendência da vida é buscar se tornar complexo(evoluir). E por ai eu vou segundo! E montando as perguntas certas e tentando responde-las! Parabéns pelo vídeo!
é só pegar o limite da função texto com interpretação tendendo a infinito. O resultado q der a gente fala q ta próximo o suficiente e segue com a vida kkkkkkkkkkkkkkkk
@@Lucan47 mas o infinito é um assunto de humanas... Afinal o infinito tem mtas interpretações e visões sobre sequer "existir", tem o finitismo, ultrafinitismo, etc. É um assunto filosófico, tratado, obviamente, por filósofos da matemática. Mas é um assunto mais antigo. É metafísica que mtas vezes passa despercebida, mas é algo que mtos filósofos já trataram.
Eu ia dizer que td isso é mt profundo, mas acabei de descobrir que é apenas uma ilusão do desconjecido a profundidade, e que devo escavar melhor todas essas ideias, sobretudo o "Belo" naquele frame que passou rapidão
Curti muitoo o vídeo!! Sabe que o que anda fazendo eu pensar sobre isso e acaba trazendo novas formas de trabalhar com o mundo é a virada ontológica na antropologia e nós estudos sociais de ciência e tecnologia. Eu não conheço muito sobre, mas alguns nomes que me chamam atenção são Eduardo Viveiros de Castro e Annemarie Mol, duas abordagens beem diferentes mas que parecem trabalhar com a interpretação de forma diferente.
Assisto pelomenos uma vez por semana esse vídeo, sempre tiro uma lição a mais. Tavos se não for pedir muito tem como fazer um vídeo explicando o porquê de obras clássicas e porque são clássicas.
Incrível... Meu objeto de mestrado está bem vizinho do seu texto... só que no meu caso é audiovisual Que maravilha de vídeo! Que continuem a nós levar pra borda e encarar o abismo tomando uma cerveja! Vcs são sensacionais!
Já cheguei dando o like, quando terminou eu queria dar outro e por isso compartilhei hueheuehuehe. Simplesmente amei o vídeo, essa tríplice de filósofos é a base da pós-verdade/modernidade. Tudo perpassa pela nossa interpretação e a gente ta mais imerso na ação de interpretar do que entender a ação em si. Enquanto Hermes dá as ferramentas da interpretação, Apolo oferece o "conhece-te a ti mesmo". A interpretação da própria interpretação condiciona a máxima anterior. Nesse loop recursivo acabo pensando que mais certo era Dionísio: abraçar a loucura e dançar com a plateia. Amei o vídeo Tavos, incrível! Progresso pro trampo de vocês!
Eu não acho que esses autores (Nietzsche, Freud e Marx) minaram a hermenêutica, mas sim ampliaram as proporções da interpretação, deram mais instrumentos a ela. e como foi dito no vídeo. Realmente, hoje em dia é mais importante se perguntar: pra quê eu quero interpretar esse texto? e então vc escolhe seus instrumentos, se quer fazer uma análise detalhada do psicológico de um personagem, pega uma teoria freudiana, se quiser fazer uma análise da obra como um produto cultural histórico, pega uma teoria marxista, e assim por diante.
A solução que mais me agrada pra essa questão, pelo menos na literatura, é a do Terry Eagleton. Ele sugere um retorno à retórica, no sentido de estudar o texto a partir de como ele causa os efeitos que produz no leitor. Outro aspecto que acho legal dessa ideia é que ela retorna a cultura à prática social, porque se estuda retórica não só pra compreender as técnicas, mas pra poder assimilar elas na sua própria produção de significado. Isso no último capítulo do livro Teoria Literária: uma Introdução.
Amei esse vídeo. A solução para a escolha de qual linha de raciocínio seguir não seria a de levar em conta todos os sentidos que estão relacionados a uma certa interpretação?
Heidegger foi outro filósofo que se debruçou sobre o assunto da hermenêutica mas dentro da ontologia (hermenêutica da facticidade). Segundo Heidegger o ser tem como características intrínseca de sempre estar interpretando o mundo e se auto interpretando...
A cada vídeo de vocês que envolva literatura e filosofia que eu assisto o sentimento de regressão mental/espiritual aliado ao de progressão ,do mesmo nível, é triplicada. Canal fenonenal.
Excelente!! Tento explicar minhas convicções pra alguns amigos, e este vídeo é paralelo à uma observação que estou praticando sob a história e tudo mais. Gratidão é oque sinto por seu trabalho. Valeu!!
Eu acho muito engraçado como todas as discussões do nosso tempo (pós-modernidade?) nas diversas áreas da produção intelectual e até mesmo fora dela acaba caindo nesse abismo complexo das questões do relativismo. E uma questão que esse vídeo me trouxe é que se de alguma forma não voltemos a premissa do cogito cartesiano. Se todas as possibilidades são passiveis de serem analisadas/interpretadas como sendo "verdade", não nos resta então somente o subjetivo? O analisar sob a ótica do Eu penso? Até numa leitura um pouco mais existencialista, mas considerando a complexidade pelo qual se vai interpretar e as diversas analises que possa ser tiradas do mesmo objeto, não nos restaria então somente fazer uma escolha por qual verdade se aprofundar?
Ótimo vídeo, como sempre. Adoraria ver um vídeo aprofundando o conceito de pós modernidade e como isso influência nas artes, seja na artes plástica, literatura, cinema etc. Abraços
Belíssima exposição sobre a arte da interpretação! Como graduado em letras e professor, fiquei maravilhado com a explanação e turbinei minha empolgação e encantamento com as atividades desta área. Ficam meus agradecimentos aos responsáveis.
O conteúdo que vocês trazem aqui para o RU-vid é puro ouro, eu sempre fico de cara com a qualidade e a forma como vocês abordam os temas. Vocês são fodas demais!
Obrigada pelo vídeo, sinto por meio dele, que é quase uma forma de retribuir à sociedade alguns aprendizados adquiridos na graduação! Novamente : mt grata pelo vídeo e q o ensino continue lhe vindo de modo libertador o incentivando a prosseguir a distribui-lo.
Em tempos em que um presidente fala que 'tem coisa demais escrita nos livros', ouvir sobre interpretação de texto com essa base teórica e didática me dá um alívio. Bom ver gente puxando a corda pro outro lado. Ótimo vídeo!
Quando se entende isso que foi explicado. Percebe-se que, tudo parte de um critica as obras de Kant, sendo mais específico as três críticas "pura, pratica e a faculdade de jugar".
Tavos e como vc pensa nessa ideia de vizinhança, para as "ciências clássicas"? Como a biologia, química etc. Pq nessas áreas n existe mto esse relativismo interpretativo
Ótimo vídeo, por favor, façam mais trabalhos nesses temas mais essenciais (não no sentido de necessidade, mas de buscar a essência das coisas), é mt foda
Senti falta de uma menção à tradição hermenêutica propriamente dita (Schleiermacher, Dilthey, Betti, etc.). Por consequência, também senti falta de uma menção à hermenêutica que teoriacamente "se opõe" à hermenêutica da suspeita mencionada (Nietzsche, Freud e Marx). Falo da "hermenêutica da tradição", como diz Ricoeur, bem representada por Gadamer. Mas depois vi nas suas referências Ricoeur, Hirsch e Palmer. Enfim, só um comentário. Parabéns pelo vídeo e pela explicação sobre os "mestres da suspeita" e sobre Foucault. Abs.
O vídeo é tão incrível que eu tenho muito a conversar sobre ele... mas quero deixar minhas duvidas pra depois e focar em perguntar uma única coisa: O logo do mimimidias foi inspirado naquela famosa frase do Antonio Abujamra?
acompanho muito o canal... sempre recomendo para todo muito! parabéns pelo trabalho sempre impecável, didático, acessível e democrático.... esse vídeo foi realmente denso deve ter dado um puta trabalho
Excelente vídeo, podemos imaginar que a interpretação, e falo como mediador de Leituras, também sofreu uma modificação na forma de como se entende o processo de ler. Durante muito tempo era considerado leitura como decodificação, que o texto (ou obra) diante dos olhos guardava em si um mensagen, e o ato de ler , era transformar o contigo diante de nós na mensagem escondida por ele. Paulo Freire, que não foi citado no vídeo, mas de um certo modo influenciado também por Carlos Marquês, que essa visão era limitada, na verdade leitura é um processo de construção de significado, o que estaria mais em consonância com os estudos culturais que foi citado. a Hermenêutica, talvez, transforme algo concreto e importante em um problema filosófico demasiado complexo e afastado das pessoas, gerando angústias da impossibilidade da interpretação, esse caminho é interessante intelectualmente, pois nós força os limites do pensamento, mas socialmente é desmotivante.
Fiquei esperando vc falar da relação que o ego cogito tem com o ego conquere pela perspectiva decolonial que o Henrique dussel faz, você já viu leu? É gosto muito dessa chave de interpretação e acho que pode agregar pra esse debate :)
Sem dúvidas! A lógica do ego cogito com o ego conquere é intrínseca a elas devido a pressuposição da "desigualdade de inteligências" que o Iluminismo postula ao crer na Razão Universal e tomar todas as demais formas de pensamento como "superstição", "religião", "fetichismo" e etc. Exemplifico: Se "penso, logo existe", logo, "existo, porque penso". A questão é: quem pensa? O europeu, os outros não pensam, logo, não existem, portanto, podem ser submetidos e exterminados. Resolver essa treta é reconhecer que um indígena xamã tem tanto a falar pra gente quando um filósofo do College de France. Descolonizar o pensamento, propriamente dizendo