Essas análises são bem interessantes. As abordagens de um "storyteller"..., de um conhecedor das técnicas, que sabe conduzir a narrativa e transmitir as emoções em cada parte exposta, torna o enredo próximo ao original. Gostei. Deus abençoe, man.😎
Essa "desordem" de diálogos e pensamentos que você citou nesse video me fez lembrar Raduan Nassar em Lavoura Arcaica. No início é difícil, no meio você percebe que parece pior, no fim você se dá conta que entendeu algo impossível. Incrivel essa habilidade que alguns escritores têm, é fantástica e mágica.
Imigrei há 7 anos para o Canadá e hoje já sou inclusive cidadã. Sempre digo que não sou mais 100% brasileira e nunca serei 100% canadense. E estou confortável com isso. Meu marido e eu viemos com a ideia de manter as coisas boas da cultura brasileira e ao mesmo tempo abraçar a cultura do nosso novo país. Quando o Jurandir descreve o anjo da história, eu vejo mais do que um imigrante que só veio fazer negócios. Isso porque aqui no Canadá tem muito indiano. O que acontece com muitos dos indianos que vem pra cá é que eles se recusam a adotar qualquer coisa da cultura ocidental. Eles vivem aqui como se estivessem na Índia. Eles saíram da Índia, mas a Índia não saiu deles. E não estou falando disso como uma coisa boa ou ruim, apenas uma constatação mesmo. E pra não ficar só nas minhas palavras, recomendo a última temporada (temporada 3) do Is it Cake? que está disponível na Netflix. Teve um indiano-canadense (Jujhar Mann) que participou do show (eu inclusive estava torcendo pra ele e pra outra moça canadense 😊), mas ele não conhecia Rocky Balboa e De Volta pro Futuro 😅 E não pense que só os indianos são assim, tem muitos outros povos, inclusive os brasileiros, que vem pra cá e não querem se misturar. Tem brasileiro que só faz coisa de brasileiro, só come coisa de brasileiro e às vezes não falam nem inglês. Acabam vivendo um Canadá muito diferente daquele que os canadenses vivem. Eu não li o livro, mas me pergunto se talvez Rushdie queria descrever esses dois tipos de imigrantes: aqueles que negam completamente suas origens e querem se tornar 100% parte daquele novo país e aqueles que estão tão agarrados à cultura do seu país de origem que não conseguem, e até se negam, adotar a cultura de seu novo país.
Olha. Eu não ligo pra nacionalidade. Por mim tanto faz. Eu sou do lugar que estou no momento. Estou nem aí ai para minhas raízes, não sou árvore. Eu viajaria o mundo, e perteceria a terra. Mas isso sou eu tá. Cada um tem suas realidades e perspectivas.
😊sou professor de geografia, o mundo é a fonte de pesquisa , tem lógico vários objetos de estudo, geografia da população (etnia, religião, economia), climatologia, pedologia (solos) entre outros, concordo com nobre amigo com sua exposição, um lado o islã, de um lado o cristianismo e por aí vai, na Índia é um dos países que detém uma quantidade expressiva de muçulmanos (país de origem do autor de versos satânicos) e nos EUA onde o diretor de a última tentação de Cristo nasceu Martin Scorsese, duas realidades que podemos analisar nesse belo trabalho que apresentou, o radicalismo do oriente médio e a forma um pouco mais liberal do ocidente, a cultura Woke tentando influenciar e modificar livros feitos anteriormente que também inclue a Bíblia, o gordo não pode e nem o feio também não, fica cada vez mais claro que a manipulação das mentes dos seres humanos pelo seus líderes e uma forma de controle social, porque as pessoas terceirizam o ponto de vista ou uma opinião bem pensada, pensar dói, ser diferente da maioria, não ocupar o assento ao lado faz se sentir só, por essa razão procuro sempre pesquisar os assuntos abordados, assistir a última tentação de Cristo, bom filme, senhor Scorsese fez um filme para pensar, para refletir no sacrifício de Cristo, sinto muito pelo escritor Salman, e se possível procurarei ler a obra dele.
Interessante! Tenho um livro desse autor que ganhei da minha esposa a muitos anos, chama-se Haroun e o mar de histórias, acho que em minha primeira leitura (corrida até) provavelmente devo ter deixado passar muita coisa, vou procurar esse do vídeo e ler com mais calma o que eu já tenho, me pareceu ser um excelente autor.
Na época a imprensa fez um sensacionalismo em cima desse livro mas nunca explicou direito do que se tratava, e eu moleque, achando que era algo sobre satanismo 😂
Ótimo vídeo e assunto! Estou com esse livro na (longa) fila do Kindle para ler. Depois deste vídeo, ficaram duas opções: 1) “furar a fila” e colocá-lo na frente dos outros; ou 2) quebrar meu juramento de não ler dois (ou mais) livros concomitantemente. 😰
Ae cara... Have you ever thought about... creating some kind of course in English based on these cool things you know? There must be a discussion forum in English.
Só um pequeno erro Azazel não é o diabo, é apenas o bode que some isso é o que leva os pecados embora, some com eles, sendo assim não poderia ser o diabo
Eu ganhei uma edição portuguesa e tive dificuldade de terminar a leitura. Além dos obstáculos que você mencionou, nessa edição há muitas palavras e expressões que os portugueses usam e que são desconhecidas pra mim. Mas adorei a sua análise e fiquei com vontade de voltar e terminar a escalada.
Eu adorei o livro, minha parte favorita da leitura era a de Ayesha e seus seguidores. A comparação com O Evangelho segundo Jesus Cristo me foi automática, porém, o autor deste morreu de velhice, milionário, com dezenas de láureas e com poder político enorme. Rushdie, que na minha opinião escreveu um livro muito melhor e mais maduro na crítica religiosa, pagou um preço altíssimo.
Deixa eu ver se eu entendi... David Chapelle que sou muito fã... Usou uma frase de antepassados que lutaram pra que ele hoje tivessem voz e ele tá usando essa frase pra dizer que a voz que ele usa pra monetizar não deveria machucar porque ele está exercendo seu direito de liberdade de expressão... Nossa... O David Chapelle misturou tudo... Veio você e misturou mais ainda... Continuo sendo fã dele como comediante... Como filósofo não... Nós temos a mania de querer ver nosso ídolo em uma coisa sendo bom em outra... O David Chapelle é muito bom... Mas tá longe de ser mentor intelectual... E reconhecer isso é estar conectado com a realidade e não aplaudir tudo que nossos ídolos dizem... Foi oportunista... Usou uma frase criada num momento difícil do nosso povo pra tentar se eximir das coisas que ele diz... Ele que segure a reação do que ele diz
Na verdade esse livro é fraquíssimo, só é conhecido por conta da polêmica religiosa e muitos dizem que esse escritor também só é conhecido pela tal polêmica.
