Sensatez brilha no meio de tanta escuridão. É legal ver opiniões sinceras, construtivas e que infelizmente já não tem espaço na socidedade polarizada e ultra simplista. Paulo Cruz, vou guardar esse nome.
Ótimo video, explicação perfeita. Não sei se Paulo Cruz considera-se um intelectual, mas eu acho, sim, que ele é um dos mais inteligentes intelectuais, e acho ótimo que ele seja de direita, fazendo contraponto a tantos intelectuais de esquerda.
Eu pensei que iria morrer e não ouvir isso dessa forma, muitaaaaaa vezes me confundem com o segurança do lugar quando minha mulher vai em alguma loja e eu espero na porta, já fico esperando alguém me perguntar alguma coisa as vezes estou de chinelo e regata kkkkkk
Meu pitaco: De modo geral, as pessoas tendem se associar com outras pessoas de status igual ou maior do que o delas e evitam se associar com pessoas com status abaixo das do dela, e isso nem sempre se dá de modo consciente. E tem explicação biológica, está relacionado a probabilidade de sobrevivência num mundo hóstil. O ser humano é mestre em julgar os outros superficialmente (fazemos isso há centenas de milhares de anos), precisávamos saber, com pouco elementos de base, quem era quem - associação com pessoas "erradas" poderia causar não só a nossa morte, mas a de toda tribo , - e num contexto de vida primitiva, da qual passamos a maior parte do tempo e nos adaptamos, conseguimos nos virar, mas num contexto complexo de vida em sociedade, a qual estamos a relativamente pouco tempo, essa habilidade não esta totalmente transposta , não raramente nos equivocamos: Ainda vemos pessoas bonitas como mais competentes e tratamos elas de forma diferente (efeito halo), ainda associamos a altura, por exemplo, a liderança natural, e etc. A familiridade nos era e ainda é psicologicamente confortável. E agora entra a parte histórica, onde a escravização de pessoas negras ocorreu, e que trouxe o reflexo em sociedades multiétnicas com passado escravagista em associar o tom de pele mais claro e traços europeus a status elevado e pele escura e traços de origem africana a status mais baixo (a tal subalternização). Isso parece que não é só em paises da democracia liberal ocidental, mas ocorre também na Índia, por exemplo. Por isso me parece estupidez o argumento usado por parte da direita brasileira em comparar a escravização dos eslavos com a dos africanos quanto as consequências de cada uma nos dias atuais: Um eslavo que teve seus ancestrais escravizados é fenotipicamente indistinto de outro que não teve, ao passo que entre dois brasileiros ou (e principalmente) entre dois norteamericanos não. Numa sociedade miscigenada, a cor da pele, por si só, se torna um estigma - um elemento de discriminação. Uma sugestão é trazer para o consciente aquilo que esta abaixo dele, assim conseguiremos lidar melhor com a questão do racismo, e abordar todos os fatores envolvidos. Essas teorias recentes, a meu ver, por mais bem intencionadas que sejam, confudem e escondem mais elementos importantes pra sua discussão, justamente por não levarem em conta sua multifatoriedade, social, biológia e psicológica.
Ir ao banheiro não é uma coisa que a gnt precisa pensar para fazer, mas nós conseguimos segurar até chegar lá. Isso significa que apesar de ser um fator biologico, eu possuo controle sobre minhas ações. Instinto é uma coisa que nós controlamos o tempo todo. O racismo não tem como se perpetuar se não houver uma manutenção de tempos em tempos, ideologia também precisa ser reafirmada todo dia para se manter. Nossa sociedade faz um julgamento moral das pessoas, não racional e para isso é preciso que elas sintam, e sentir aqui é saber no fundo que apesar da parte racional que diz que o outro não é diferente, a pessoa sente de alguma forma que é mais ou menos que o outro de acordo com esse julgamento moral que diz que o outro é preguiçoso, que não teme a deus, que rouba e etc. O nome disso é ideologia e para que uma ideologia se mantenha é preciso reafirmar ela todo dia em cenas como uma criança branca com caderno debaixo do braço e uma negra com sua mae na mesma rua. Essas cenas se tornam naturais ao ponto de que perceber o racismo estrutural é um ato que precisamos fazer ativamente porquê isso já é o normal, isso já é a coisa mais "natural" do mundo. Da mesma forma que bate um estranhamento ver uma trans como chefe de alguma empresa.
@@andrelopesantunes9480 A gente não tem o controle perfeito sobre os instintos. Exemplo disso é a sexualidade. A gente *normalmente* não sai copolando por aí como bonobos, ou cometendo crimes dessa natureza, mas a gente não tem controle sobre que gênero e que características a gente vai se sentir atraído. Concordo com você sobre o racismo ser reforçado pela ideologia. Se a gente é exposto desde cedo continuamente a só uma configuração de cenário, vai tender a estranhar quando esse cenário não se realizar. Não chamaria de um preconceito estrutural neste caso, mas sim cultural, porque ele é transmitido culturalmente, mas não é fundamental pra manter de pé a estrutura social onde ele é transmitido. Abraços
Ele disse a exatamente a mesma coisa que o Jesse até a parte que ele que ele começa a falar de pobreza. Ai esquece os 300 anos de escravidão e também da diferenciação racial que a polícia faz com o preto e com branco, consequentemente o rico com o pobre.
A polícia faz diferenciação entre homem e mulher. As mulheres dificilmente são abordadas pela policia. Pela sua lógica a polícia é feminista também porque trata de forma diferente homens e mulheres.
@@homeric_odyssey4744 dificilmente e isso, infelizmente os bons pagam pelos maus, por exister em alguns estados uma recorencia de roubos, vindo de pessoas com x caracteriscas e x roupas, a policia fica atenda a essas pessoas, por isso mulheres não são abordadas e nem cogitadas normalmente, por que não a uma recorencia, isso justifica racismo estrutural? de forma alguma.
sabe o engraçado, existe mais de 2 mil anos de escravidão, principalmente na África, quando o homem branco chegou na índia e disseram vamos trocar mercadorias, eles deram armas, os outros especiarias tapetes e afim, porém quando chegaram na África e disseram vamos trocar, os africanos já disseram ah! temos escravos, vocês querem? E outra mercado de escravos existe até hoje na África
Já respondi observação semelhante em outro comentário. A crítica é que ninguém define o que querem dizer com "estrutural", não obstante se sentem confortáveis em usar o termo. Subjacente há uma crítica de que isto é uma estratégia deliberada de evitar críticas.
Cara… até eu que sou branco e não sou e esquerda creio que existe racismo estrutural. Pode não haver em alguns setores sociedade onde pessoas negras ja são bem aceitas. Mas em boa parte dos setores há sim. Eu tenho uma tia-avó negra que usou o elevador social do prédio e o síndico reclamou que empregada não devia usar o elevador social. Mas ela era moradora. E aí ele ficou na maior saia justa para pedir desculpas.
Paulo faça um "experimento social" ande em qualquer bairro da Periferia de São Paulo. E espere(não precisará esperar muito) uma viatura da PM do Tarcísio te parar. Se tu não entrar em mais um "caso isolado" com arma de fogo, tu faz um vídeo contando a experiência.👍🏽
Se ele andar na tal periferia e não for abordado por viatura então significa que não há racismo??? NÃO!!! Se ele for abordado por viatura então este fato quer dizer que há racismo em tal região??? NÃO!!! Conclusão: Não existe correlação algum entre ser abordado por viatura e o racismo!!!
Fala mestre. Sobre a questão da subserviência: me parece relacionada com o que eu entendi por racismo estrutural, quando você espera que o manobrista seja negro, ou que o negro causa estranhamento em lugares de poder economica é que a estrutura esperada da sociedade está sendo contestada. A estrutura força o racismo, é esperado que o homem negro de terno seja um trabalhador, uma assembleia de vereadores negros seria notícia no país. A estrutura esperada não é essa. Sobre o direito de discordar: nos meus primeiros anos na universidade eu costumava questionar meus pares no feminismo, LGBTQIA, movimento negro. Mas um dia eu pensei que os conservadores já fazem isso diariamente. Por mais que eu veja coisas que eu considero insensatas, é muito difícil falar isso em público, porque já é muito difícil com os conservadores atacando as ideias. Eu não sei se isso que eu penso é certo, mas foi na forma que eu encontrei de resolver as minhas questões com a agenda progressista
O ponto do vídeo é precisamente esse : "o que eu entendi". Entendeu a partir de qual definição? O argumento do prof. Paulo Cruz e dos dois outros autores citados é que Silvio Almeida não define o que seria o uso do termo "estrutural", tornando tecnicamente impossível que nós dois concordemos ou discordemos do conceito. É uma crítica técnica, porém com importantes consequências práticas. Isto são fatos. Do lado da opinião não estou convencido de que sua luta seja contra conservadores, visto que não tenho conhecimento de autores conservadores do ocidente que contemplem teses raciais, assim como não tenho ciência de nenhum autor conservador relevante hoje que defenda intervenção social ou estatal na vida afetiva privada de qualquer pessoa. Preconceito não é uma prerrogativa conservadora. Pensar assim denota preconceito.
Entendo sua crítica sobre a teoria do racismp estrutural, dela não ser bem defina, e concordo que as primeiras literaturas sobre pode ser um pouco vagas. Entretando, o que eu conheço, e foi me passado sobre o racismo estrutural, essa parte da "estrutura" pode ser entendida como os fatores históricos que levaram a sociedade ao pensamento de desconfiança e preconceito, e os principais fatores seriam, a escravidão, o capital acumulado da população branca, majoritariamente provida do sistema escravista no passado, e na marginalização das comunidades. O que eu li sobre RE explica o conceito que você falou no final, sobre ter pensamentos racistas sem ser na "maldade", como se fosse algo "natural" vem da origem do brasil, de como o brasil se formou. A "estrutura" é todo esse processo de origem do Brasil onde os negros sempre foram inferiorizados
O próprio Sílvio Almeida nunca definiu o que é o racismo estrutural e todas as obras sobre isso sempre foram vagas e a escravidão não está necessariamente conectada ao racismo, tanto isso é verdade que houveram negros que foram escravistas e com relação a pobreza, pois bem, ela não tem cor. Querer reduzir a formação do Brasil a racismo é não só não compreender a formação cultural do Brasil como reduzir a realidade social ao esquema da luta de classes.
O problema do negro é multifatorial. Não tem como isolar o racismo de todos os outros fatores. Por exemplo, a diferença de tratamento entre negros e brancos pobres pela polícia é muito menor que a diferença de tratamento entre homens e mulheres pela polícia: A policia mata muito mais homens negros do que mulheres negras , um sistema racista faz diferenciação entre negros e negras? Os nazistas matavam mais homens que mulheres ? Na escravidão tinha mas escravos que escravas?
@@lucasrochadasilva9704 Eu não entendi o que você quis dizer? Você quis dizer que o sistema não é racista porque a policia mata mais homens negros do que mulher negras? Se for isso pra mim não faz sentido, visto que a criminalidade, e crimes ocorridos, são a imensa maioria feita por homens "Por que os homens são responsáveis por 95% dos homicídios no mundo? -BBC" mas não estou discutindo gênero, é uma correlação nítida. Se tem mais homens comendo crime, tem mais homens morrendo. A questão do racismo estrutural vem do preconceito que os brasileiros tem do negro, mas não é um preconceito ativo, é um preconceito subliminar, tal como quando se está na rua de noite sozinho, você não olhará da mesma forma se um homem branco, bem vestido e etc, e um homem negro mal vestido. A questão da polícia é que há sim eese preconceito e interfere diretamente na ação deles, como quando escolher alguém para realizar a abordagem. Assim como o Orlando disse, sobre se perguntarem o que ele é só por conta de ser negro
Faltou colocar que o argumento do Silvio Almeida é falso e contrario a realidade pois nossas instituições não só não são racistas como são anti-racistas uma vez que temos leis severas que punem o racismo e qualificam como crime inafiançavel e imprescritível. Em nossa estrutura não há nada que prejudique a ascensão do negro pelo contrário nossa estrutura é anti-racista uma vez que temos cotas para que pessoas negras possam ocupar espaços com privilégio sobre o restante, inclusive brancos.
Concordo plenamente que a discordância seja saudável , e por conta disso li JS e MS. O meu questionamento, inicialmente, está na forma: estupidez é algo sem discernimento , e este não é o caso do Professor Sílvio Almeida. Em tempo, tbm li o livro Racismo Estrutural e, ao contrário do Senhor, vi a explicação sobre "estruturas" na parte sobre CONCEPÇÕES (mesmo que discorde). Acredito que o problema maior esteja no fato do autor não se aprofundar nisto, mas indicar outras bibliografias. Afinal de contas, este aprofundamento não caberia na proposta da Coleção.
Sim. A ambiguidade linguística é característica de militantes identitários. Um outro exemplo é a teoria queer ou ideologia de género. Nada lá é definido, assim pode usar a palavra como quiserem
Eu tava lendo sobre Marcuse a pouco. O Silvio nao precisa explicar nada,eh so falar qq merda que ta valendo.Falando nisso,Jesse Souza? Tu eh corajoso Paulo.Desse cara consegui ler apenas metade do prólogo.Vontade de vomitar.(Marcuse tambem)
O cara discorda da tese e propõe uma tese que é exatamente a mesma do professor silvio almeida... Paulo Cruz talvez um dia se de conta que para não parecer de esquerda ele aceita fazer o debate andar de lado e que isso é totalmente desnecessário, ele poderia juntar força com quem ele antagoniza e criar uma tese mais robusta, e que inclusive ele conseguiria fazer o discurso dele chegar mais para a galera de direita, visto que ele tem alguma capilariedade com os caras.
exatamente a mesma?? a gente viu o mesmo video?? ele ja tentou conversa com silvo almeida e o silvio que não quer juntar força para justificar sua teoria maluca de estrutura racial, que como paulo falo ele não explica e nem apresenta como é essa estrutura, não e apenas o paulo que acha essa teoria social dele não faz sentido total com realidade brasileira, como ele apresenta no video.
Vídeo contraditório e perigoso...! Uma vez estava em um restaurante na hora do almoço e um indivíduo branco chegou até mim entregando a chave do carro pedindo para eu estacionar... Outra vez estava em um shopping então um casal branco veio me pedir informação achando que eu era o segurança. Claramente essas pessoas fizeram isso pq. não podiam pensar outra coisa de um negro com vestimenta social, uma vez que foram educados assim, cresceram pensando assim e vivem agindo assim. Ora! Se a base estabelecida durante a vida inteira desses indivíduos foi a de considerar inferiores pessoas como eu SIMPLESMENTE POR CAUSA DA COR DA PELE, por que isso não seria algo estruturado? T+
Porque se fosse estruturado milhares de pessoas fariam isso só com você todos os dias, o racismo existe, ele precisa ser superado por muitos grupos sociais ainda (em especial na "nobreza"), mas não é uma estrutura criada pra ser racista em sua grande maioria. São nichos que ainda não se desenvolveram socialmente e que ficam menores a cada geração (a explosão da internet nos deu acesso quase ilimitado a informação, então nos ultimos anos parece que acontece muito mais coisa no mundo de forma geral, mas é apenas pelo fato de termos acesso a mais acontecimentos todos os dias), a tendencia é o ser humano ser menos preconceituoso, tendo por consequência menos racismo de forma geral (seja contra negro, asiático, nativo americano, europeu, etc). É importante continuar combatendo preconceitos, e mostrar para as próximas gerações que pessoas são seres humanos antes de qualquer coisa, e que todos são iguais em essência, que o racismo existe e faz mal para a sociedade. Como dito no final do vídeo, é com educação que se evolui e não com revolução. França tá aí como exemplo de o que acontece em revoluções.
@@ProfPauloCruz Algo moldado e montado para que funcione conforme o preconizado. A sociedade branca brasileira estruturou em sua filosofia, cultura e infraestrutura a inferioridade negra, criando uma estrutura tão forte e estabelecida que mesmo hoje (vamos "acreditar" que as pessoas que me abordaram não sejam racistas) inconscientemente pessoas brancas olham os negros como seres inferiores. Isso é notório até entre os negros, quando por exemplo se posicionam contra cotas em universidades alegando que isso os envergonharia; tal argumento (criado por brancos) mostra claramente o medo intrínseco entre brancos e negros (presos a esta estrutura) que ocorra uma mudança no status quo. A estrutura é tão poderosa que até mesmo os negros aceitam o discurso da inferioridade. Com todo o respeito, mas esse vídeo é uma clara demonstração disso...! T+
@@jbanzato, o problema da sua argumentação é que ela se pretende infalível só porque você acredita nela. Isso sequer pode ser considerado um argumento. Não há nenhum rigor conceitual. Tipo, o racismo é estrutural porque eu acredito nisso. Ou pior -- e isso está no vídeo: é tentar reduzir questões multifatoriais a uma causa única. Isso chama Falácia da Causa Falsa, em lógica. Quando você diz "a sociedade branca brasileira estruturou em sua filosofia" está só cometendo o mesmo erro que Sílvio Almeida comete no livro, declarando uma petição de princípio -- outra falácia, aliás. Crítica social não é achismo, há que se respeitar a conceituação básica, mínima, elementar. Dizer "isso é notório até entre os negros" é a mesma coisa: você faz uma leitura psicológica subjetiva, pessoal, sem qualquer contato com a realidade, e sai fazendo declarações em cima de um achismo. Isso, me desculpe, é ter orgulho da própria ignorância, algo que impede qualquer conversa, pois não estamos falando da mesma coisa, não estamos conversando na mesma "frequência". Não estou aqui para ficar debatendo nesse internetês declaratório. Há livros e autores citados no vídeo; quer argumentar seriamente, comece refutando os ARGUMENTOS do vídeo, e não rotule simplesmente de "contraditório e perigoso" por sequer ter entendido os pontos levantados. Abraço.
As estruturas sociais brasileiras não foram erguidas sobre bases racistas? O problema é que esse discurso de negativa acaba aportando na negativa do próprio racismo.
Falar em racismo estrutural num país onde a maior festa popular é amplamente baseada na raça negra (já pensou se existissem as "branquelas do Sargentelli"?) e o esporte mais popular da mesma forma sempre teve muitos atletas negros, além de ter rendido o maior jogador de futebol de todos os tempos - também negro - é no mínimo uma falácia... é por isso que todos os tratados que se queiram produzir sobre isso, por mais erudição que possuam seus autores, nunca terão sentido, vão se autodestruir. Mas o que não falta é gente para repetir frase feita.
