Tenho reparado que vocês dão oportunidade a jovens como eu a trabalhar numa oficina de renome com bastantes condições Falo porque ainda existe muitas oficinas que não apoiam os jovens dessa maneira
A fiabilidade dos automóveis tem vindo a aumentar de forma significativa nos últimos anos. Desde o ano 2000 que a boa capacidade de processamento atingiu um preço que até os veículos mais baratos poderiam ter vários processadores (colocados em ECUs), desbloqueando a capacidade de diagnóstico. Por exemplo, o sistema ABS que tem dois processadores a correr lado-a-lado, e o seu resultado é comparado, de forma a garantir que tudo está a funcionar bem; depois o controlo de tração, e finalmente o ESP. Com isto, também os motores de combustão interna passaram a ter processamento dedicado, e com elevada capacidade de (auto-)diagnóstico, conseguindo, inclusive, adaptar-se às condições do mesmo. Exemplo, a ECU do motor adaptava-se à sujidade acumulada na borboleta da admissão (motores de ciclo Otto, vulgo, gasolina). Dito isto, o pico da fiabilidade de motores de combustão interna talvez tenha sido atingido entre 2010 e 2018. Neste período, apesar de termos tido vários sistemas de tratamento de emissões pós motor, estes eram robustos - como o filtro de partículas ou a EGR. O problema é os clientes escolherem motores de ciclo Diesel para fazer circuitos de condução urbanos! Atualmente, com óleos muito finos, segmentos menos apertados, e injeção direta (nos motores de ciclo Otto), o consumo de óleo passou a ser algo "normal" entre revisões. Só isso é assustador! Pois, a indústria automóvel passou anos a tentar dizer aos utilizadores que só precisa preocupar-se em conduzir - tapando tudo no motor, e deixando só umas 4 tampas à vista: óleo (muitos sem vareta), líquido de refrigeração, óleo de travões, e líquido de limpeza dos vidros. Estes mesmos OEMs, agora recomendam a verificar o liven do óleo! Contudo, devido ao desencorajamento do utilizador compreender a máquina, e até às metodologias long-life, muitos utilizadores não percebem a importância de uma manutenção (a) realizada de forma atempada e proativa, e (b) a relevância da utilização de material (peças, lubrificante, líquidos) de alta qualidade. Só através destes dois pontos é que será possível manter a elevada fiabilidade dos automóveis!
O que mata os carros recentes são os planos de manutenções alargadas. Para os fabricantes só interessa que aguentem até o final da garantia, se depois avariarem precocemente ainda bem, assim vão ter que produzir mais automóveis novos. Sociedade de consumo no seu melhor, em vez de fabricarem algo fiável para durar, é ao contrário, cada vez duram menos. Esta obsolescência programada dos automóveis só contribui para que se gaste mais energia e recursos sempre a fazer os mesmos produtos com cada vez menor durabilidade, serve a maior produção de bens de consumo de baixa durabilidade para aumentar as emissões da industria, e ainda nos vendem a ideia de que os carros novos servem a ecologia e a sustentabilidade do planeta...
Os fabricantes estão interessados em cumprir as normas Euro6, Euro 7, etc. Porque caso contrário, não os podem vender. Se depois os carros duram 3 anos em vez de 20 como era antigamente, isso é um problema de quem os compra. É preciso é apresentar um produto que cumpra as exigências para estar no mercado.
@@GorySantos Os planos de manutenção alargada preconizados atualmente por quase todas as marcas, são alguma obrigatoriedade para cumprir as normas Euro?
@@jcrsa Não tenho a certeza, mas penso que os fabricantes são obrigados a garantir que durante o tempo de vida previsto do carro, as emissões poluentes provenientes da sua utilização ao longo dos anos não ultrapassa determinados valores. Isso implica reduzir ao máximo as manutenções necessárias. Mas julgo que não está relacionado com as normas Euro. Está relacionado sim com outro tipo de penalizações que os fabricantes podem ter ao comercializar esse carro.
Acho muito interessante abordar essa parte do diagnóstico e do pass thru. Ha muitas marcas de maquinas de diagnostico no mercado e dizem que fazem tudo com servidores nao originais e depois vamos a ver e nao é verdade. Ha uma enorme complexidade para as oficinas em ter acesso a tudo
BOAS tardes TIAGO podes dar um bocadinho do teu tempo para falar das polémicas que ouve com os motor P S A 1.2 puretec em que veio equipar os OPEL CROSSELAND em geral os motores de 110 cv gripavam com 40 e poucos mil kms devido á degradação da correia de distribuição entupia a bomba de oleo e gripava os motores eu tenho um COSSELAND mas o de 80 cv e gostaria de um fio de bek da tua parte porque esteve em causa o oleo utilizado nos motores desses carros pela OPEL. Obrigado
Este vídeo merecia uma noticia de abertura de telejornal. Dois (2) japoneses na oficina com motor aberto! E mesmo assim um deles está de motor aberto por falta de manutenção adequada 🤣🤣
Os japoneses são fiáveis desde que se cuide deles mas não estão isentos de problemas. Quando não se cuida deles rapidamente se encontra um poço sem fundo.
mas BMW com motor fora já é normal então se for N47 é mato...já os japoneses, o Mazda pelo menos é por má manutenção e desleixo do proprietário do que propriamente motor problemático como são os N47....
Tiago, essa marca de pneus Lassa, apesar de pertencer à Bridgestone, nada tem a ver em termos de qualidade com a marca japonesa. Se pesquisares na net por testes a pneus, vais encontrar testes recentes que mostram que são todos eles muito fracos no seco e no molhado e, nos que foram testados neste parâmetro, que se gastam muito depressa. Recentemente os Driveway ficaram em 46º em 50 testados e em 45º em 50 testados, os Competus em 15º em 18 testados e os Driveways Sport em 25º em 50 testados. Uma marca francamente boa, barata e com pneus de grande durabilidade, ou seja, grande relação preço/qualidade é a Goodyear. Pessoalmente equipo o meu carro com Michelin e Continental porque prefiro um pouco mais de performance e acho que não se deve poupar em pneus, mas divulgares uma marca mazinha como essa não dá boa imagem à oficina, se não me levas a mal a sinceridade! Isso à parte adorei o vídeo e desejo muito sucesso para o oficina e para todo o pessoal!
Na minha opinião, todas os carros asiáticos e europeus avariam. A grande questão é contabilizar quantos carros avariam em cada 1000 por exemplo. Para mim só marcas japonesas puras e algumas marcas alemãs. E mesmo assim......não são de fiar como a 20 ou 30 anos. Cps
Sim todos podem avariar. Mas segundo estudos e estatísticas tanto a nível europeu como a nível mundial os carros japoneses e coreanos são os que menos vezes vão à oficina por motivos de avarias. Os estudos são contabilizados PP100 ( problemas por cada 100 veículos) vendidos. Estudo mundias feitos por J.D.Power
Quando o maior especialista Audi em Portugal diz que 2.0 TDI de 2003 a 2008 é para esquecer comprar um desses, está tudo dito sobre a fiabilidade deles.
@@joaofaustino2431 mudar o óleo mais frequente reduz a probabilidade da cabeça rachar e outras situações desse tipo? Eu mudo entre 10 e 15 mil e vai com 340 mil. O fabricante diz que pode ser aos 50 mil kms.
@@joaofaustino2431 ah sim, anticongelante convém. Já vi relatos de clientes que compraram Audis novos que ao fim de 2/3 anos já tinham corrosão no sistema de arrefecimento. Carro na garantia, tudo feito na marca, etc. No concecionario disseram que essa corrosão era normal e nem mudaram o anticongelante dessa vez
Tem cerca de 190 mil ( defeito de fabrico na junta numa série depois foi corrigido) a Lexus vende mesmo a junta para corrigir o problema de passagem de pressão para o circuito da água.
O dinheiro que se gasta em troca de segmentos é nesse trabalho todo que requer mão de obra para mim e melhor meter o motor fora arranjar outro ou meter me só o carro fora
É um 220d, considerado uma "mancha" negra nos Lexus, o que é normal pois a marca não é a mais experiente em motores a gasóleo, se formos às versões a gasolina dificilmente se encontra um na oficina (e falo por experiência própria)
Isso foi um problema de fábrica numa série de motores a própria Lexus vende a junta de correção do problema de passagem de pressão para o circuito da água.
Eles não podem partilhar segredos de negócio assim. Se não a concorrência depois começar a fazer um trabalho com a mesma qualidade e não pode ser. Se continuarem assim, vai ser a concorrência que recebe reclamações e não eles.
@@GorySantos Sim eu percebi que é por causa de reclamações, tinha apenas curiosidade em perceber o que pode acontecer quando não sai tudo. Eu não sou mecânico, mas com a "dica" dada, alguém da área deve perceber o benefício (que eu não sei).
@@Chico.00 A vantagem é ter melhor acesso ao motor para o retirar sem danificar o carro, e derivado ao preço da mão de obra, é mais rápido fazer uma revisão profunda no motor com o mesmo fora da viatura.