Os caminhões Fiat representaram uma sobrevida dos antigos Alfa Romeo da extinta Fábrica Nacional de Motores (FNM), conhecida como Fenemê, ocasião em que foram lançados um linha de leves, médios e pesados, encerrando sob administração da IVECO com o FIAT 190 Turbo, veja neste a história e evolução desses caminhões.
A História começou com a Fábrica Nacional de Motores, instalada no Estado do Rio de Janeiro em 1942, posteriormente firmando parceria com a Alfa Romeo Italiana para fabricação de caminhões, que mais adiante viria a assumir o controle da marca brasileira.
Já no início da década de 70 a FIAT veio se instalar no Brasil, como uma fábrica de carros em Betim e comprando parte da FNM para fabricação dos caminhões, lançando em 1974 o modelo cavalo mecânico 210S, além do automóvel Alfa Romeo 2300, e os futuros modelo FIAT 130 e e FIAT 70, que seriam lançados em 1976, juntamente com o FIAT 190E, modelos concorrendo principalmente com os Mercedes-Benz, más também com os caminhões FORDS e CHEVROLETS.
A FIAT assumiu a aquisição de 94% da FNM, que ainda era de propriedades da Alfa Romeo, alterando-se a razão social para Fiat Diesel Brasil S.A, seguindo com o aprimoramento do caminhão 190E, relançado como 190, mantendo o FIAT 180 com 5 variantes, e lançando o chassis de ônibus 130-OD com motor dianteiro. Em 1977 o nome IVECO começava a aparecer da parte frontal dos caminhões.
Alguns modelos com menos de 2 anos de vida, como os caminhões FIAT 70, 130, chassis 130-OD, além do remanescente cavalo mecânico 210, foram retirados de linha, e substituídos pelos Fiat 80 e o Fiat 140.
Em 1979, foi adicionado o caminhão modelo FIAT 120 com o mesmo motor do 140, porém com potência menor, e mais o fim do ano chegava o novo modelo 190H, em mecânica era o mesmo 190, dessa vez trazia uma nova cabine baseada em modelos italianos.
Em 1980 as vendas já declinaram, e em 1981 houve uma segunda leva de problemas trabalhistas, houve uma greve de 42 dias consecutivos! A marca lutou contra as dificuldades oferecendo novidades no XII Salão do Automóvel, como os modelos trucados 120 e 140 N3 e 190H, e versões em teste 6x4 dos modelos 140 e 190H.
A década de 80 não estava sendo difícil apenas para a Fiat Diesel, todas as outras montadoras de caminhões tiveram que fazer grandes reformulações para continuarem competitivas, a história da FNM já era conturbada desde o início, entre mudanças de administração, estatais e privatizações, 1982 também se iniciou com um péssimo rendimento, o que levou à uma última cartada para tentar salvar a marca, o controle da Fiat Diesel do Brasil foi transferido para IVECO, aliás a logo da IVECO já vinha nos caminhões Fiat desde 1977.
Ainda em 1982, na 7ª Festa do Carreteiro em Curitiba, foi apresentado o que viria a ser o último modele da marca, o Fiat 190 Turbo, que também foi o único modelo da saga FNM com turbo de fábrica, com um gigante motor de 14 litros, que turbinado rendia 306cv, possuía o segundo maior torque do país, 135Kgf.m, perdendo apenas para a Scania 142 V8. As vendas porém, não deslancharam.
Com apenas 420 empregados, o que não representava 10% do que outrora existia, em 1985 a decisão foi cessar as atividades de Fiat Diesel definitivamente, e todos os esforços foram concentrados na fábrica de Betim que havia lançado há pouco tempo o Fiat Uno, o maquinário foi comercializado entre a Cummins, Eaton, Krupp e Brasinca, com as instalações vendidas à Ciferal.
A marca Iveco retornaria ao Brasil ao final da década de 90, inaugurando a fábrica em sete lagoas no ano 2000, tendo como principal produto na época as vans e furgões IVECO Daily, e lançando seus primeiros caminhões EuroTech, Eurocargo e Stralis entre 2004 e 2005, e desde então permaneceu no mercado brasileiro.
17 янв 2020