O filósofo que duvida do mindfulness: 'Não acredito que possamos viver completamente no presente' 

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Meditem amigos, todos os dias pela manhã, treinem a respiração, só fechem os olhos e foquem na respiração, 10 minutos por dia, é maravilhoso.

Diminua as expectativas. O melhor remédio pro estresse e ansiedade 😏

A autêntica MEDITAÇÃO Budista requer ÉTICA...para alcançar benefícios não só pra si..mas para TODOS...mas isso parece ser inalcançável a maioria de nós... Concordo em tudo com oq ouvi aqui..

O mindfulness moderno é o desenvolvimento de uma habilidade cognitiva. Por isso mesmo ajuda em vários problemas e obviamente não é a solução para tudo. Usar mindfulness pra ignorar todos os problemas do mundo ao redor deixa de ser mindfulness para ser mera evitação.

Concordo com ele. E adoro pessoas que duvidam

Ninguém usa mindfulness para ignorar coisas importantes. O cara não entendeu nada. Criticando algo que claramente não conhece.

É muito importante que as dúvidas permaneçam.

Nós podemos não nos desligarmos totalmente do passado, e nem do futuro que ainda nem se concretizou, mas podemos tentar e isso já é um passo. Digo por mim, quando foco e busco estar consciente no hoje ,naquilo que estou fazendo no momento ,me sinto bem melhor , e tudo segue um fluxo bom. A meditação, os exercícios de respiração consciente ajudam sim. Viver remoendo o passado, saudosista demais , é atraso de vida.

O mindfulness é um nome modista para meditação. É um meio, não um fim. Um exercício de evacuação ou minimização de pensamentos e emoções. É preciso muita prática. O filósofo muito racionalista e questionador precisaria praticar mais e colher impressões de outros praticantes, além dos suas análises críticas limitadas.

Filósofos: gente frustrada, amarga, que duvidam de tudo e questionam tudo… quando veem pessoas felizes fazem de tudo para provar a elas que não estão felizes. Mindfulness é um termo comercial para MEDITAÇÃO. Não existe estar no tempo presente 24h por dia, mas fazer um esforço em focar na atenção plena é um exercício contra o stress. Me parece que tem muita gente nos comentários que vive de forma tão agitada que não consegue parar por um minuto para respirar, e ataca quem consegue. Melhorem, respira, tente … medite!

Ta mas mindfulness(atenção) plena nao é sobre fica 24 horas nesse estado mas sim se esforçar pra permanecer o maximo possível nele pra aproveitar o presente

Mindfulness como o Mestre Zen Thich Nhat Hanh ensinou: essa e' a genuina Mindfulness que espontaneamente gera Compaixao. E' preciso entender corretamente, evitar ficar preso ao debate, e' preciso praticar, experimentar.

Se a empresa que a "mind" bacana para os funcionários é: Pagar bem Plano de saúde Condições dignas de trabalho Não superexploração Não ter a empresa escala 6x1 Qualquer coisa fora do acima é querer que um funcionário sobrecarregado e superexplorado tenha algum paliativo mental para sua agonia socioeconômica.

Gosto da filosofia budista de uma forma geral e da mesma forma do Mindfulness e gostei muito desta entrevista. Os questionamentos deste filósofo são muito bem vindos. Ele não disse ser contra, só não é alguém que coloca o Mindfulness em um pedestal sem nenhum senso crítico. Gostei do vídeo.

A perspectiva colocada deturpa o ensinamento. Os pensamentos são pasageiros assim como todos os fenômenos externos e internos, surgem e passam. Tudo que é composto está destinado a se decompor. A pessoa deixando os pensamentos automáticos passar... a pessoa está presente: consciente.

Sempre muito bom ouvir Sidarta!!!!

Eu amo BBC Lê

O cara não entendeu o que é mindfullness, não é possível. Ele trás uma visão generalista e extremamente simplista. É claro que tudo depende de contexto.

No meu modo de ver, a questão de que o pensamento é mero pensamento e que nos envolvemos com ele se quisermos, tem muito a ver com o feto de que pensamentos muitas vezes são o fruto de um hábito extremamente arraigado no homem ocidental e com o qual ele se identifica completamente. O fato de ele se identificar completamente com os seus pensamentos faz com que ele pense sem ter consciência de que pensamentos são pensamentos e nem sempre correspondem à realidade. Em outras palavras, acaba que não é ele que pensa, mas o pensamento acontece nele uma vez que ele muitas vezes não ele consegue parar de pensar e, quando os pensamentos são negativos, é um passo para a ansiedade e a depressão. Além disso, quando a pessoa se identifica com seus pensamentos ela se sente ameaçada e reage quando alguém emite um ponto de vista diferente do seu. Assim, mindfulness, embora possa ser de origem budista, parece ter se adaptado bem ao modo de ser ocidental já que na prática está lhe trazendo muitos benefícios. Quanto à questão de pensar ou não pensar sobre muitos assuntos mundiais, o fato é que o homem ocidental está simplesmente habituado a ouvir notícias porque supostamente ele deve estar bem informado sobre tudo, mesmo que absolutamente não faça nem possa fazer qualquer coisa para mudar a situação. Por outro lado, estar no presente significa estar consciente dos pensamentos, isto é, não se identificar com eles. Estar consciente dos pensamentos implica em saber que "este sou eu e estes são os meus pensamentos; eu sou a testemunha dos meus pensamentos justamente porque não estou identificado com eles. Assim consigo prestar atenção a eles sem julgamento e sem ser dominado por eles".

Ótimas reflexões e questionamentos. Diferente da matéria dizendo que ele duvida do mindfulness, compreendi Diferente. Ele critica o mindfulness em alguns pontos e que são interessantes. Eu tenho praticado e experimentado há 2 semanas. Percebo benefícios. Acho que a crítica do filósofo pelo que percebi, ao.menos um delas, é de não nos tornarmos passivos demais em relação a nossos sentimentos e pensamentos e à nossa realidade.

A atenção plena é um modo de meditação budista, e como toda prática existente num contexto filosófico/ religioso ela tem ensinamentos e doutrinas que a norteiam. O ocidente desvinculou a atenção plena de sua doutrina ética e filosófica, e isso pode trazer resultados incertos. O foco da meditação budista é desenvolver o estado budico e o bodstava, que é um ser que ajuda os outros. O foco é empático, compassivo e a compaixão e renuncia estão presentes. Muito diferente de somente ignorar as coisas que acontecem no mundo e ficar preso ao nosso ego. O budismo Theravada nos ensina até a renunciar o ego.

Sono e projeto onde ficam? Acho que sou mediocre ois nao entendo

Muito boa a matéria! Também acho que toda e qualquer "ferramenta" deve ser usada com cautela e senso.

A frequência das ondas do cérebro existem e o cérebro é treinável e ainda pouco sabemos sobre ele. A oração é uma meditação é dá resultado

A missão do filósofo é questionar, mas esse questionamento foi raso, infelizmente, ele poderia traçar estudos já feitos em que provaram que a prática da meditação melhorou a plasticidade cerebral de algumas pessoas, observado por ressonâncias por exemplo. O que seria essa plasticidade? Para que serve? Ao que serve? Isso trata-se de melhora cognitiva substancial em casos de transtornos? Ou ajuda apenas com que as pessoas se concentrem mais em si e assim possam ver seus problemas por outros ângulos? Isso pode ser alcançado com jornadas de trabalho menos extenuantes? Precisamos de meditação ou menos dias de trabalho? Mais dias de ócio e apenas ócio, não ócio criativo ou poucos dias pra arrumar a bagunça de nossas casas? Por exemplo aqui deixei pequenos questionamentos que poderiam ser mais úteis. Já que todo adulto um pouco informado já sabe que qualquer ferramenta pode ser cooptada e mal usada como ele descreveu nesse áudio.

Super concordo.

Exato, não é a meditação por si só, mas meditação e senso crítico, exame racional.

Na minha percepção o mindfulness tem sido usado como ferramenta apenas. Não se trata de viver 100% no presente e atenta. E sim estar presente e atenta DURANTE a prática.

Eu sou semi analfabeto, mas encontrei uma explicação que me convenceu: só existe o tempo futuro e passado! O presente é apenas o espaço de pulso entre um e o outro.

A meditação pode sim ser entendida como uma prática puramente físico-mental, sem qualquer suporte, qualquer a priori religioso, doutrinário, metafísico. O caminho não está na meditação somente, mas tal prática coadunada com uma atitude pessoal filosófica, ou seja, crítica, reflexiva, investigativa.

Excelentes reflexões desse filósofo!

Todos os entretenimento,verdadeiras armadilhas criadas sutilmente para destruição humanos, vêm funcionando com eficácia. As pessoas não entendem que vivemos todos,a fauna e Flora, uma evolução constante,e que os desafios diários, fazem parte,são eles que nos levam a grandeza futura, todavia, encharcados na ignorância,vivem procurando uma zona de conforto, desse modo, regridem voltando a sua forma primeiro mesmo antes de seu desencarne. São tomados sem mãos físicas e lançados no sofrimento de verdade, e nele, pelo que passam a sentir junto com milhares, descobrem que,comparado a situação presente, estavam no céu. E a volta daqueles que se foram, torna-se longa e difícil.

Passado, presente e futuro sao somente um conceito, uma ideia. Vivemos em um eterno agora.

O que mais tem hoje é esperto que diz ter encontrado a solução pros nossos problemas.

Concordo muito

Medite!

A necessidade nos alivia do embaraço da escolha. Vauvenargues.

Conseguir visualizar essas questões que ele coloca, sempre com perguntas e não com respostas, já é mindfulness. Mindfulness é observar, não é encontrar soluções, excluir o passado ou ignorar pensamentos. O Mindfulness não vai resolver os problemas de ninguém, mas talvêz os ajudem a resolvê-los por conta da observação. Tudo o que é observado de forma atenta e lúcida, tende a ter melhor solução.

Muito bom, ter uma posição política coletiva mundo, é isso que transforma as coisas! O individualismo não explica nada.

EU acho que quando a depressão ou ansiedade ou doença similar instala na pessoa, essas técnicas não parecem ter um efeito positvo. É importante quando vc não chegou nesse estado, como prevenção e otimização .

É so porque ele nao consegue, nao quer dizer que seja impossível

O filósofo tem o direito de acreditar ou não acreditar, se faz bem para você continue fazendo, o próprio "pai da filosofia" Sócrates disse: “conhece-te a ti mesmo” procurar o autoconhecimento sempre faz bem pra si próprio.

Ele se contradiz no q ele mesmo afirma! O pensamento final contradiz o inicial. Absurdo a parte que ele falou sobre a guerra. A guerra nao é sua, nao é minha! Pensar na guerra e se envolver com um assunto que nao esta sob a sua responsabilidade e se envolver nao mudará em nada, isso apenas fará vc sofrer! O mindfulness é exatamente NAO PENSAR EM ALGO Q NAO PODEMOS MUDAR! Se vc quiser alterar/mudar algo vc primeiro terá q se tornar parte dela!

Esse filosofo está totalmente equivocado. Meditar não é ignorar e sim observar pensamentos durante poucos minutos. Se vc quer refletir e se envolver em seus pensamentos e problemas, faça isso nas outras horas do dia. Chego a conclusão que qualquer um pode opinar sem pratica e sem sucesso na própria meditação.

Nunca ouvi tanta ignorância. Uma decepção essa entrevista da BBC que admiro tanto

Mindfulness não é para qualquer pessoa, e eu também sou bem desacreditado em relação aos resultados da prática. TÔ COM O FILÓSOFO.

Estressados

Acredito que comentários em redes sociais deveriam ser banidos. As pessoas não entendem, não compreendem, não assimilam. Não trazem referências literárias, não discutem sobre o tema trazendo experiências pessoais. Somente atacam uma pessoa que nem pode se defender! Eu amo meditar. E entendi perfeitamente o que o filósofo quis dizer. Concordo com algumas ideias que ele trouxe, outras não. Porém entendi que o filósofo tem seu ponto de vista bem assertivo em relação ao tema. Ele mesmo já praticou e encontrou benefícios. Mas ele trás uma abordagem sobre ética. E a grande maioria das pessoas (segundo os comentários aqui) não possuem (eu inclusive), capacidade teórica, literária para discutir. As pessoas atacam o filósofo como se ele não pudesse ter suas ideias a respeito de um assunto! Falta de respeito, falta de ética, falta de humanidade.

Essas especulações e questionamentos sobre o Mindfulness - geralmente para chamar a atenção ou gerar manchetes - são muito fora de contexto e maniqueistas. É ÓBVIO que a meditação não é "panaceia", e não funciona "para tudo". Mas continua sendo excelente prática, com resultados cada dia mais comprovados pela ciência.

No budismo, o foco é a lucidez, e não "viver no presente". Não ignoramos o passado nem o futuro. Ainda lidamos com consequências do passado e ainda planejamos o futuro, e mais importante que viver o presente é a vivência ética. No nobre caminho óctuplo, a meditação é só um dos oito caminhos.

Bela b....isso,as pessoas têm que focar no presente e na realidade seus frescos😊

Reportagem relevante. Concordo 100% com o filósofo Odysseus Stone

Eu vejo o mindfulness como um princípio básico para executar tarefas e momentos com mais qualidade. Ou seja, o mínimo que eu como pessoa deveria fazer era prestar a atenção somente no que o outro está dizendo enquanto estou numa conversa, executar um trabalho mais atento, sentir os momentos de lazer naquele momento e não se apegar a eles. Esse é o básico para DIMINUIR o estresse e ansiedade e não curar ou fazer milagres. Pessoas com ansiedade e depressão moderadas ou severas poderão não sentir os efeitos dos exercícios com exatidão, a menos que acompanhadas por um profissional sempre. A prática é diária, pois um estudo indicou que o programa constante de 8 semanas reduziram os sintomas em 20%. Ou seja, foi constante e com instrução correta. Por isso, pela gravidade das doenças como ansiedade e depressão, isso pode parecer nulo pra quem tenta. E ainda tem a questão da motivação para fazer. Ou seja, defendo os bons resultados da prática, mas precisamos ter bom senso para entender que não vai funcionar com todo mundo, mas que sim, isso deveria ser ensinado nas escolas, pois o mínimo que precisamos é de atenção em coisas que realmente importam em meio a tantas distrações. Por isso, tentem sim, existem meditações guiadas no RU-vid também, tem um app certificado "Meditação Natura" que é de graça... Mas se verem que não funciona, apenas parem e procurem orientação profissional. Eu só queria convidar todos a viver um momento por vez, pois estamos o tempo todo intercalando nossa atenção entre duas ou mais atividades (em geral). Posso estar errado sim, mas esse é meu ponto de equilíbrio sobre uma prática que me ajudou muito (como prevenção da ansiedade e depressão, já que não saio quase de casa e fiquei dois anos trabalhando e estudando com muito estresse, lidando com clientes também).

Por quê adquiriríamos uma habilidade que fosse inútil ou prejudicial? Nada melhor que lavar a louça enquanto resolve outros problemas na mente. A questão é quando precisamos estar presente devemos estar presente e quando não precisamos podemos vagar por aí (preferencialmente para pensar coisas úteis). O erro estar em não conseguir controlar isso.

Ele claramente não entendeu mindfulness.

Concordo plenamente com o filósofo.

Precisamos de uma critica radical do atual ritmo de vida. Não podemos continuar com a aceleração da vida que existe hoje.

O "deixar passar" não tem o objetivo nem a consequência de equiparar o que é importante com o que não é. Minha impressão é de que esse filósofo ou não entendeu o que é Mindfullness ou está apenas polemizando por atenção. Talvez, os dois.

Se as escolhas que eu faço são baseadas em experiências passadas, então essas escolhas nunca foram feitas no presente. Você não escolhe conscientemente, você assiste consciente. A consciência sofre por escolhas que ela não fez no passado , e sofre pra tentar descidir escolhas que ela não fará no futuro.

Acredito que haja um excesso por parte de quem diz que o mindfulness cura "todos os problemas ". Pode auxiliar, ser melhor pra alguns do que pra outros. Nada deve ser visto como chave para resolver todos os problemas.

O que seria viver no presente 'completamente'?

O Mindfulness visa o autoconhecimento, ou seja, estar consciente e em simultâneo num estado de aceitação dos seus pensamentos, das suas emoções, do seu corpo e do ambiente ao seu redor. Este não alheia as pessoas da realidade, muito pelo contrário. Claro que há um efeito reverso quando funciona como penso rápido para problemas psicológicos. A meditação é uma prática que tem os seus efeitos a longo prazo, mas necessita ser feita sem objetivos específicos. Se as pessoas vão praticar meditação / mindfulness com o objetivo de que têm de eliminar a ansiedade e de que precisam eliminar os pensamentos negativos, aí tem o efeito inverso.

"O problema estrutural dos meios digitais". Eu nasci em 87, enxergo plenamente isso. Acredito que o detox mais importante atualmente é a do meio digital. Definitivaamente nada é mais importante que isso para emergir no estado de presença.

Não precisamos conseguir viver completamente no presente, só querer. É um alvo. Uma meta. Uma libertação. Depressão é excesso de passado e ansiedade é excesso de futuro. O controle da atenção (ou “libido”) é parte das habilidades treináveis e necessárias para alcançar um nível de consciência mais amplo sobre a vida. Mindfulness não é indiferença, mas clareza para agir com sabedoria e efetividade. O foco no presente estado do nosso corpo nos desacelera e desconecta do que nos drena. Posso observar meus pensamentos como um narrador. Se ele representa ou não uma fonte extra-corpórea da consciência, um espírito, isso não muda nada. Esse eu que percebe os pensamentos, frutos do trabalho da mente/cérebro, classifica, julga e decide se incorpora / expressa ou não. Na ciência temos os que defendem o determinismo biológico, que inclui estruturas anatômicas e genéticas e sua interação com o ambiente. O mindfulness é um exercício para evitar que sejamos inconscientemente a média das cinco pessoas ao nosso redor. Representa os cinco segundos entre a reação e a reposta. É o que separa o homem do animal, o neocórtex do “cérebro reptiliano”. É talvez a mais importante técnica para controlar os próprios níveis de cortisol. De uma forma pragmática, crer em algo acima da mente em nós, nos faz viver mais e melhor, ainda que essa crença seja apenas uma abstração.

Só podemos viver no.presente. Onde mais viveríamos? Os pensamentos nunca cessam, desde que nascemos. Só ao morrermos, eles param (acredito). Questão não é parar de pensar ou manter a atenção o tempo todo no momento presente. Questão é perder o apego, aceitar que tudo está fibo deve estar e parar de dar atenção aos pensamentos.

Muitos dos comentários aqui apenas refletem o que o entrevistado está abordando, principalmente em 8:40

A meditação budista é um MEIO para atingir um fim: o Despertar, ou "iluminação". Ela na verdade é apenas uma peça da engrenagem do sistema completo que contém a Ética e o Aprendizado Doutrinário (sabedoria). Para que ela seja efetiva, ela deve ser realidade em dois, vamos dizer, campos de atuação, um que é chamado "shamata" (parar) e outro que é chamado "vipashyana" (ver) [em japonês essas práticas recebem o nome de Shi-Kan]. Uma meditação do tipo Shamata tem como objetivo acalmar a mente, limpar as agitações mentais, cessar os pensamentos intrusivos, e é uma condição para que a outra meditação aconteça. Com a mente clara, a pessoa consegue se concentrar melhor na análise dos dharmas, que é o objeto de estudo do Aprendizado Doutrinário (sabedoria) e aquilo que ela preencherá a mente na meditação Vipashyana. Porém, esse tipo de meditação (shamata) pode ser atrapalhada (e até mesmo anulada) pelos próprio pensamentos intrusivos se a pessoa não for um "herói" da força de vontade como foram o Buda e os grandes Arhats, por isso, um elemento essencial para que aumente as chances de sucesso, é altamente necessário que a pessoa adote um modo de vida ético dentro do padrão moral budista. Na tradição budista original, quem pratica meditação são os monges, e um laico que queira praticar, sem uma ordenação completa, precisa pelo menos seguir com uma "semi-ordenação". Esse modo de vida tem como objetivo fazer com que se diminuam os eventos na vida da pessoa que possam gerar pensamentos aleatórios e intrusivos. Por exemplo, monges mahayana na tradição chinesa são proibidos de comer carne (de qualquer animal) e alimentos com certos temperos, e uma das razões está no cheiro da comida, que pode fazer despertar o desejo gerando uma cadeia de outros pensamentos que poderão desencadear em um intrusivo, causando remorso, sensação de inabilidade, depressão, e toda espécie de sentimentos negativos que atrapalham o desenvolvimento da meditação. Sem um modo de vida apropriado (pelos padrões budistas) não é possível realizar plenamente o primeiro campo da meditação, shamata, não alcançando o tipo de calma e clareza mental necessária para o segundo campo, vipashyana, e neste ponto entra também um elemento fundamental que é de crença, as Doutrinas que formam o corpus da Sabedoria Budista. Se nós tiramos o elemento "ética" e o elemento "doutrina", nos apegando apenas à peça "meditação" dessa engrenagem, ela não funciona como deveria funcionar, e naturalmente não atingirá o objetivo específico dessa estrutura que é a iluminação. Entretanto, como a questão clínica não está preocupada com iluminação ou despertar espiritual, é plenamente possível se apropriar de metade dessa estrutura objetivando alcançar metade do processo, a tranquilidade mental, ignorando o aspecto mais doutrinário da engranem budista. Porém, a meditação (a forma como ela é executada) aqui deveria assumir um papel secundário, e ser priorizado o aspecto ético, comportamental (o que é extremamente problemático de um ponto de vista clínico secular), uma vez que tipos de meditação semelhantes à shamata são práticados por um grande número de religiões que possuem devocionais. Por exemplo, um tipo de prática Shamata muito utilizada por laicos no budismo é a devoção ao Buda (nembutsu), onde o praticante se concentra em recitar o nome do Buda Amitabha repetidamente, muito comum na tradição budista chinesa chamada de "Terra Pura", no budismo tibetano e no vajrayana sino-japonês a prática está centrada em repetição de mantras e dharanis, como o muito popular "om mani peme hum". Outras religiões possuem práticas que são extremamente semelhantes, como no cristianismo católico ocidental que tem a recitação de "pai nosso" e "ave maria", no Islamismo (principalmente entre os Sufis) onde há a prática do "Zikr" onde a pessoa recita repetidamente a frase árabe "la ilaha illa allah", no judaísmo existem diversas práticas cabalistas da chamada "hitbonenut" e o próprio serviço de orações cotidianas possuem frases que impregnam na mente e é gostoso de repetir como a oração "modeh ani" e "adonai s'fatai", além dos próprios salmos da Bíblia que parecem ter sido compostos para praticas meditativas desse tipo. Todas essas práticas religiosas poderiam ser utilizadas como métodos de "mindfullness" e ferramentas para o viver o presente (ou seja, se concentrar naquilo que ela está fazendo). Juntamente com essas práticas devocionais, todas as grandes religiões possuem também uma estrutura ética e moral que compartilha muitos elementos, e estabelece um sistema que regula o comportamento da pessoa e naturalmente ajuda a não gerar gatilhos de ansiedade e de pensamentos intrusivos (desde que estejamos falando de formas não fundamentalistas dessas religiões). Dessa forma, acredito que a psicologia poderia ser mais sensível à religiosidade na forma de estruturar sistemas de mindfullness aproveitando o background religioso.

Háaaaaa tinha que ter uma propaganda antesemita e pró Hamás embutidas na "matéria"

Muito interessante os pontos de vista colocados. Há todo um exagero na maneira como é vendida a meditação por aí...

Muita gente vive num futuro de passado 🖐🏿, outros vivem no passado de um futuro, e a maioria estão vegetando na realidade do presente 😮

Sempre pensei nisso.

Eu sinto que o questionamento é valido, mas as conclusões nem tanto. O exemplo da guerra no oriente medio como mera "projeção mental" não é resultado lógico de qualquer tipo de meditação. A meditação é exatamente aquilo que nos ensina o que é um pensamento importante, do que é "projeção mental" pura e simples. É a meditação que ensina o meditante a separar um fato concreto da vida, de uma ilusão. No exemplo dado sobre a guerra no oriente medio, um meditante já um pouco experiente saberia exatamente onde termina o fato: há uma guerra no oriente medio, e onde começa a ilusão: até onde devo me preocupar com isso? A conclusão de um meditante não é: não vou me preocupar com isso, pois são ilusões da mente! A conclusão de um meditante seria: quais ações estão ao meu alcance de acordo com o fato? Quais ações eu tenho condições de me engajar e promover? Se a resposta para estas questoes forem: nada, nenhuma ou muito pouco, o meditante concluirá que a ansiedade pela solução do conflito é ilusão de sua mente pois ele nada pode fazer sobre isso. Se a resposta for: posso me envolver com algum grupo de manifestantes, enviar doações para os refugiados, para a cruz vermelha, etc, o resultado será a diminuição da ansiedade e a ação correspondente. Um não meditante ficará ansioso por uma solução, sentirá impotencia diante dos fatos, procurará desesperadamente por alguma saída para sua ansiedade e ficará pulando de ideia em ideia sem clareza. Acho que o filósofo não é um praticante engajado de meditação. A critica mais contundente ao mindfulness não é da sua capacidade de expandir a percepção dos processos mentais, mas sim, da sua incapacidade de expandir a percepção dos processos espirituais. O mindfulness foca apenas o primeiro ponto, o cognitivo. É meditação para descrentes e por isso mesmo tem minha aprovação total. Se a meditação fosse ensinada sempre sob o viés da crença espiritual, ateus jamais a praticariam. E não existe melhor remédio natural para ansiedade, depressão, confusão, conflitos internos, que a meditação. Pode não ser a cura, mas não vejo como deixar a mente fluir sem apego durante 10, 15, 20 minutos ou 1 hora que seja por dia, vai afetar negativamente a vida de alguém. Enfim, a questão é interessante, mas não da pra debater num comentario. Tentei expor um pouco da experiencia que adquiri, acho que outros meditantes podem dar mais esclarecimentos sobre o resultado pratico da meditação.

Meditação não foi feita para obter benefícios, mas sim descamar a nossa consciência até chegar o ponto onde não haja mais nenhum "eu", assim rompendo as barreiras com o todo, meditação sem o propósito de se iluminar talvez não funcione

Ônibus não! São ondas... Estamos em uma prancha de surf, e os pensamentos vêem como ondas no mar. Alguns podemos deixar passar, outros podemos surfar, mas se o mar está revolto, as vezes, nos engole. Não conseguimos escapar da fúria das ondas, da revolta do pensamento.

Nietzsche, o avô da psicanalise, diz que devemos enfrentar nossas derrotas e sofrimentos para nos elevarmos como pessoa, fugir delas não adianta. Nada contr a meditação, pois tbm pratico.

Filosofia VS evidências científicas. 😅 O problema não é o mindfulness. É o uso equivocado e individualista. É uma prática que tem que ser orientada por um profissional que posso explicar as vantagens e limitações.

Se eu to no presente pensando no futuro o pensamento sobre o futuro está acontecendo no presente

Um filósofo sendo filósofo 😂😂😂 Até pra pegar o leite na geladeira 🤭

Penso que esse professor precisa passar por algumas reuniões do AA e entender que, saber a diferença entre o que se pode mudar e o que se deve aceitar para sermos felizes é necessario e isso não é algo que se aplica só ao mindfullness, mas a qualquer forma de elevar o pensamento, tanto na terapia por exemplo. Porém as falas dele parecem de um religioso perdendo o propósito na sua propria religiosidade já que não há além de você mesmo para dizer o que é e o que não é necessario..

Eu nunca pratiquei mindfulness, os budistas ficavam isolados buscando equilíbrio com a vida não é, e hoje as pessoas querem fugir da depressão da ansiedade , até as crianças. As pessoas não são e não precisam ser iguais, quando se busca uma adequação uma adaptação a qualquer tipo de crença para dar mais significado a sua existência de vida terrena não deveria existir um padrão de comportamento para todos agirem da mesma forma porque como filhos de Deus somos todos diferentes cada pessoa com a sua visão e experiência de vida e pensamentos diferentes mesmo todos aqueles da mesma família e como seres individuais pensantes podemos ter atitudes diferentes uns dos outros e resultados diferentes. Se o presente for a maior preocupação com o agora, meu trabalho meu estudo meu foco, está certo tem que cuidar da sua família e de sua saúde e vida, para a religião a alma espera cansa grita por mais . Resta saber, onde procurar e encontrar a paz

Olha só o argumento 》 Se você se preocupar com o conflito lá do outro lado do mundo você se torna mais consciente... É impressionante como nós quase humanos, temos a capacidade de nos desviar de nossas questões pessoais...

Mindfulness e Estoicismo: Embora distintas em suas origens e filosofias, Mindfulness e Estoicismo convergem em um objetivo fundamental: o autoconhecimento e a busca pela serenidade em meio às vicissitudes da vida. * Mindfulness: Prática meditativa que nos ancora no presente, promovendo a consciência plena de nossos pensamentos, emoções e sensações corporais, sem julgamentos. * Estoicismo: Filosofia milenar que propõe cultivar a virtude e a razão para lidar com os desafios da vida, buscando a tranquilidade interior diante das adversidades. Pontos em comum: * Foco no presente: Ambas as práticas enfatizam a importância de viver o agora, sem se apegar ao passado ou se preocupar com o futuro. * Aceitação da realidade: Reconhecem que nem tudo está sob nosso controle e que a aceitação é fundamental para lidar com os desafios da vida. * Desapego: Promovem o desapego de pensamentos, emoções e desejos negativos, que geram sofrimento. * Desenvolvimento da autoconsciência: Auxiliam no desenvolvimento da autoconsciência, permitindo um melhor entendimento de nossos valores, crenças e padrões comportamentais. Importância para o autoconhecimento: * Mindfulness: Através da observação atenta e sem julgamentos de nossos pensamentos e emoções, podemos identificar padrões negativos, crenças limitantes e gatilhos emocionais, abrindo caminho para a transformação pessoal. * Estoicismo: Ao questionarmos nossos pensamentos e avaliarmos racionalmente as situações, podemos desenvolver uma visão mais objetiva da realidade, reduzindo a ansiedade e o estresse, e tomando decisões mais conscientes. Conclusão: Mindfulness e Estoicismo oferecem ferramentas valiosas para o autoconhecimento, permitindo-nos navegar pelas complexidades da vida com maior serenidade, clareza e sabedoria. Através da prática regular, podemos cultivar a resiliência diante das adversidades, fortalecer nossas relações interpessoais e alcançar um estado de bem-estar duradouro. Lembre-se: A jornada do autoconhecimento é um processo contínuo que exige dedicação e disciplina. Comece com pequenos passos, incorpore as práticas em sua rotina e desfrute dos benefícios que elas podem trazer para sua vida. Há, não se esqueça ou não se deixe enganar, se o que vc pratica ou segue, não o faz se sentir melhor em relação ao passado, presente, ou futuro, não busque balas de prata, mas a harmonização, aceitação, humanização e mansidão de você com você mesmo, e pessoas que lhe facam o dia melhor.❤❤❤❤

Pensamentos presente, científica ou não ajudou em nada só acabei no analista e outros tratamentos de saúde mental. Prefiro encarar a dura realidade dos pensamentos de perspectiva futura e desviar repetições do passado do que passar a ser um robô igual a todo mundo e perder sentimentos faz parte da natureza humana

Pratico meditação (dinâmica) desde 1980 e não gosto de mindfulness. Eu era cético e fiquei muito surpreso com o que obtive com a forma dinâmica de se meditar ao longo dos anos. É claro que, até por manter as pessoas com os cérebros funcionando na frequência alpha, o mindfulness já faz algum bem, relaxa, é anti-stress etc. Mas é muito pouco pelo que se busca. Não concordo, à luz da prática, com os princípios do mindfulness...

Não tem como ajudar esse tipo de mentalidade. Nem tentam.

Faltou o Yoga tb = Cirque du Soleil

O que não ficou claro, foi o objetivo do filósofo! Sem apresentar malefício algum, pareceu apenas ser opositor a algo cujos benefícios são inequívocos. Coisa de inimigo do homem.

Mindfulness contemporâneo é a prática de desrealizar e objetificar tudo para focar nos próprios interesses, coincidentemente é a mesma forma de compensação utilizada pelos psicopatas diante da própria insegurança, é o domínio da própria ignorância e o abuso dela.

Muito dessa moda de viver o "agora" se deve ao livro de Eckhart Tolle O Poder Do Agora. Mas o que é o "agora"? Essa frase que acabei de escrever não pertence ao "agora" e sim ao "passado". Por que entre aspas porque o passado tecnicamente falando também não existe exceto como lembrança na sua cabeça. O momento em que escrevo essa frase nunca mais irá se repetir ou seja, 13 de Julho de 2024 as 12:23 e alguns segundos nunca mais irá se repetir logo o passado existe apenas como memória na sua mente até que você não tenha mais essa memória. O mesmo vale para o "futuro"...

Excelente

Hoje falamos em viver no 'sempre'! "Focar no presente" é uma pegadinha de uma visão repartida, em passado, presente e futuro. A Perfeita ou Plena Meditação não é uma invenção budista e sua prática não conduz a uma atenção plena (o nome disso é concentração), mas a um estado de consciência que parte da Transformação, ou reprogramação mental que transforma o karma pessoal e coletivo. Passa pela Superação, ação da supra vontade, supra inteligência e supra emoção, como super humano meditar, ditar a mim. E termina na Metástase Avatárica, quando a compreensão do sempre nos leva ao Samadhi, versão dos vivos para o Nirvana, que só se adentra desencarnado. E a ciência acadêmica já está participando do sempre, só não compreendeu ainda, quando faz uma datação por carbono estimando um fóssil com, digamos 140milhões de anos. Este cientista está olhando para o sempre, mas não percebeu que o sempre já olhou de volta para ele. PAX! E até sempre!

O modo racional de pensar o pensamento não é comparável à proposta da meditação no yoga. Parece que o mindfullness é uma proposta moderna.

Discordo completamente desse filósofo, os pensamento que levam a ansiedade e a depressão não resolvem nenhum problema e nos levam a ficar doentes física e emocionalmente justamente o que o mindfulness promete nos libertar não existe nenhum perigo em se tornar um alienado emocional que não tem contato com a realidade mas em equilibrar as emoções para acerta nas decisões um absurdo total a análise dele.

Eu acho que ele não conhece Vipassana.

Se for atrás do que esse filósofo diz vai sair de uma situação de pelo menos um pouco de conforto para outra caótica, de sofrimento sem intervalos.

Inicialmente é interessante um filósofo fazer tal análise, nada contra filósofos, tenho grande admiração por muitos deles, mas a via principal da filosofia é o PENSAR, a via da razão. Este é o trilho da filosofia. A meditação é uma via diferente do pensar, é outro trilho. São bem distintos e não dá para usar a imaginação de algo que não conhecemos. Precisamos nos CAPACITAR a trilhá-lo. Não é algo que se faça em 3 semanas e já se pode dizer que conhece. Não dá. Apesar de que, este é um tempo que se dedicado com disciplina e vontade, poderá já apresentar benefícios. O filósofo questiona que poderiam ter efeitos que não são benéficos na meditação, mas esqueceu de levantar quais seriam estes. Quais são? Fica vago e apenas levanta a hipótese, mas baseado em que? Não mostra nada sobre... Na primeira metade do texto, implica que o conceito de mindfulness se caracteriza por estar consciente e sem julgamentos, nem distinguir o que é bom ou ruim. Errado. A observação busca não interagir com tais julgamentos, que VÃO acontecer, as comparações VÃO acontecer, as distinções VÃO acontecer. É um caminho de descondicionamento. Passo a passo, dia após dia. Sobre o que ele apresenta em relação a SIMPLICIDADE com que é apresentado, está perfeitamente correto dizer que é simples, no entanto não vamos confundir simples com fácil. Os direcionamentos são genuinamente SIMPLES de serem compreendidos, são setas que basicamente qualquer um pode seguir, mas exigirá comprometimento para ver os resultados. Instruir alguém pegar um peso de 80kg com um dos braços na academia é SIMPLES, mas fazê-lo não é fácil para todo mundo. Precisa de prática !!! O que eu gostaria é que as pessoas "pensassem" melhor sobre o que acontece quando se faz este tipo de meditação. Novamente aqui ele volta ao campo do pensamento. A meditação não passa pelo campo da razão, entendo que como filósofo é inevitável voltar para este caminho, mas aqui há um erro fundamental. Não há que se analisar a meditação. Se só aprendemos a encontrar respostas pelo pensar, nos desvincular dele, pode parecer impossível. Dá para entender. Na metade do texto, ele fala: "Nem sempre há distinção clara sobre os pensamentos que deveriam ser importantes para você e aqueles que não deveriam. O mindfulness por si só não o ajudará a fazer a distinção entre o pensamento ansioso e o importante." Só faltou dizer PORQUE a meditação não lhe ajudará. Como assim? Que fundamento é acionado para apontar tal afirmação? Eu posso dizer: "o céu cairá sobre nossas cabeças, se não levantarmos da cama com o pé direito. Posso falar, sou livre para, mas o que dá sentido a isso? Não há valor em afirmações sem base. CERTAMENTE podemos ganhar clareza e aprimorar tal distinção interna, através da auto-observação, que se sutiliza, se aprimora conforme praticamos. Aqui ainda aponta: O PENSAMENTO importante no qual você "deveria se concentrar". Ele continuamente volta a dar muita importância para o pensamento. Pelo relato, claramente o filósofo ainda não tocou a experiência da observação destacada deles. Ele cita como um exemplo, a situação no oriente médio e acredita que ao meditar, não deveriamos DIZER: "ah este é apenas um tipo de pensamento que não reflete a realidade". Onde será que ele está "aprendendo" a meditar? Quem instruiu que temos que ficar dialogando com os tais pensamentos, mesmo que eles tenham ligação com a realidade? "Este é um tipo de evento que deveriamos nos envolver..." Que miscelânia de palpites. Ficar ruminando indefinidamente sobre os conflitos que existem no mundo, imersos em ansiedade, vai ajudar exatamente no que? Podemos entrar em COLAPSO se tivermos que dar conta de todos os conflitos que surgem no globo e ao nosso redor. Talvez sua vontade fosse expressar que não sejamos frios com o mundo. Se for o caso, SIM, não deveríamos nos tornar alheios. Mas isto é uma OUTRA coisa. Podemos sem dúvida, meditar, respirar com calma, nos desconectar momentaneamente das enxurradas de informações que recebemos todos os dias, para inclusive ter mais consciência sobre nosso papel possível e ter ações mais efetivas. Não morrer sufocados com as milhões de procupações que pairam neste mundo tão acelerado, é importante. Mais pro final, sobre controlar a atenção, concordo que as tecnologias modernas e redes que fazemos parte, tem grande contribuição na influência dela (atenção). Nossos cérebros estão se habituando com informação curtas e rápidas e isto impacta nossa capacidade de manter a atenção por mais tempo. A meditação é uma maneira de descondicionar deste padrão mencionado. Não dá para esperar milagres, se continuarmos a operar a maior parte do dia consumindo informações curtas e em contrapartida, meditar 5 minutos por dia. Quase fechando o texto, o filósofo afirma que a meditação tem um componente religioso. Errado ! Pode ter, mas pode não ter também, depende inteiramente da condução e da proposta. Não estou aqui apontando de onde veio a meditação e suas raizes, mas a forma de condução. Ela pode ser completamente neutra. Podemos viver completamente no presente? "Sou cético quanto a isto, é uma carcteristica fundalmental da nossa experiência de mundo, que haja alguma referência implicita ao passado e ao futuro." Haver uma referência não quer dizer que precisemos recorrer o tempo todo ao passado, ficar PRESOS nele ou demasiadamente ansiosos com o que pode acontecer no futuro. Não deveríamos nem ter este objetivo de ficar somente no momento presente. Um passo de cada vez. Se for possível estar 10% menos envolvidos com os devaneios da mente, de passado e futuro, valeu ou não valeu, o empenho?! A meditação é uma PORTA disruptiva, vivida e incentivada como um caminho de transcendência há milênios, mas precisa ser VIVIDA e não apenas especulada ou pensada.

Eu também não acredito, por mais que eu tento

@BBCNewsBrasil O conhecimento da meditação é exclusivamente experiencial e pessoal, isso significa que só se aprende a meditação e seus benefícios quem senta e medita. Mais, o progresso é, na maioria dos casos, lento, exige persistência e sobretudo tempo. Esse "cientista", claramente, jamais meditou, portanto, seu "conhecimento" vem de uma fonte, a razão não acompanhada da prática, que invalida suas conclusões. Uma pena o "estrago" que esse tipo de artigo produz, pois pode afastar da prática milhares de pessoas que poderiam dela se beneficiar.

Atenção plena. Quase ninguém consegue por muito tempo.