Artists(as): SEMA Group
Album: «Las Cantigas de Alfonso el Sabio - CD 2: Cantigas de Santa María» (2000)
Origin: Galician-Portuguese lyric poetry
Genre: Derision and curse songs
Troubadour: D. Alfonso X (King of Castile & León)
"O que da guerra levou cavaleiros" is a derision and curse song, belonging to the Galician-Portuguese lyric tradition, and was composed by the king and troubadour Alfonso X of Castile (or by a poet from his court). It's another song about the behaviour of the "rich-men" and knights during the Andalusian campaigns, this one very long: we witness an endless and reiterative parade of fear, cowardice, flight, betrayal, desertion, uprising, dishonesty, usurpation, theft, abuse, intrusion, and decadence of the chivalric values. The refrain "non ven ao maio", constantly repeated, is polysemous by nature, as it is a play on words that builds up the song. It seeks to emphasise that those who haven't fought can't come to the May festivities ("Maias"). Moreover, the month of May was also the month of the alardo (military review; roll call of soldiers), which took place in the spring and summer, when the offensive war against the Islamic opposition usually began, thus acquiring a special symbolic value.
According to López-Aydillo, this sort of long satirical litany was composed in the context of the nobiliary revolt against Alfonso X, which took place between 1272 and 1274, when a large group of "rich men" and knights were demanding, among other things, delayed payments and the restitution of allegedly usurped properties. Given the seriousness of the situation, the king agreed to pay them their wages, but the "rich-men" didn't stop their hostile behaviour. Soon, the rebels presented themselves to the king in Burgos, with their respective hosts led by Nuno de Lara and Lopo Díaz de Haro, in a threatening and demanding tone. Their refusal to help the king on the border against the king of Granada, with whom they were conspiring, sparked an open conflict with the monarch of Castile. They even went as far as to ally themselves with the Muslim king, resulting in the confiscation of their lands, which were only reclaimed years later, when they returned to the service of the king of Castile. The accusations made in the composition seem to coincide perfectly with this data.
I'll provide a timestamp down below in the comments to better explain the song!
°.•*𒆜☬༒꧂
Origem: Poesia lírica galego-portuguesa
Género: Cantigas de Escárnio e Maldizer
Trovador: D. Afonso X (rei de Castela e Leão)
«O que da guerra levou cavaleiros» é uma cantiga de escárnio e maldizer, pertencente ao universos das cantigas trovadorescas galaico-portuguesas, que foi composta pelo rei e trovador Afonso X de Castela. Trata-se de mais uma cantiga que tem como motivo o comportamento dos cavaleiros e os os "ricos-homens" nas campanhas da Andaluzia, esta bem longa: assistimos a um desfile interminável e reiterativo de medo, covardia, fuga, traição, deserção, sublevação, desonestidade, usurpação, roubo, malversação, ingerências, decadência de valores. O refrão “non ven ao maio”, repetido exaustivamente, possui uma natureza polissêmica, tratando-se de um jogo de palavras que constrói a cantiga. Pretende reforçar que quem não combateu, não poderá vir às festas de Maio, isto é, as "Maias". Ademais, o mês de maio era também o mês do alardo (isto é, do recenseamento das tropas), praticada na primavera e o verão, época em que habitualmente se iniciava a guerra ofensiva contra a oposição islâmica, adquirindo assim um valor simbólico especial.
Segundo López-Aydillo, esta espécie de longa ladainha satírica foi composta no contexto da revolta nobiliárquica contra Alfonso X, que teve lugar entre 1272 e 1274, durante a qual um numeroso grupo de "ricos-homens" e cavaleiros exigia, entre outras reivindicações, pagamentos atrasados e a restituição de propriedades alegadamente usurpadas. Dada a gravidade da situação, o rei concordou em lhes pagar o soldo, mas os "ricos-homens" não cessaram com o seu comportamento hostil. Não tardou a que os rebeldes se apresentassem ao rei em Burgos, com as suas respectivas hostes lideradas por D. Nuno de Lara e D. Lopo Díaz de Haro, num tom ameaçador e exigente. A sua recusa em ajudar o rei na fronteira contra o rei de Granada, com quem conspiravam, num conflito aberto com o monarca de Castela. com quem conspiravam, desencadeou num conflito aberto com o monarca de Castela. Chegando até mesmo a aliarem-se com o rei muçulmano, o que resultou na confiscação das suas terras, que só foram recuperadas anos mais tarde, quando regressaram novamente ao serviço do rei de Castela. As denúncias feitas na composição parecem coincidir perfeitamente com estes dados.
Irei disponibilizar uma timestamp nos comentários abaixo, de modo a explicar a cantiga passo-a-passo!
Song & Lyrics Source: cantigas.fcsh....
Artwork (Arte): «Santa Cruz sobre las aguas» by Ricardo Balaca, c.1865
21 окт 2024