Este é o Grande Odilon Ramos que conhecemos primeiramente como locutor da rádio Liberdade e que hoje continua fazendo sucesso para o orgulho de todos gaúchos de todas as querências.
SAUDADES desta Terra....da época que morei em Porto Alegre e trabalhava em Esteio.... os anos passaram nunca mais voltei. Mas ficou no coração.. Festas de CTG. passeios nas terras. Saudades sempre RGS...
Muito bonita esta poesia, eu gosto destas letras bem rimadas, ainda com o Odilon esta voz postada e imponente, mas suave e terna ao mesmo tempo, lindo, T.:F.:A.:
Cara vendo as músicas de hoje percebo que estamos perdidos no tempo , essa poesia gauderia do meu rio grande da de 1000 a 0 em muita cansado de hoje , baita interpretação até chorei 😉😉😉😉😉
Mais do que uma bela poesia é uma caricatura da sociedade em que vivemos aonde o grande se sente no direito de humilhar o pequeno, aonde o preconceito vai além do próprio ser humano, se estendendo até os animais. Cachorro de pobre não pode traçar cadela de rico. O peão pobre é capacho, e não tem o direito a nada, nem a ter seu cusco...Precisamos mudar essa realidade construindo uma sociedade mais justa, igualitária e socialista.
Que diacho, eu gostava do meu cusco Entendo, envelheci entendendo Bicho não tem alma, eu sei bem Mas será que vivente tem? Que diacho, eu gostava do meu cusco Era uma guaipeca amarelo Baixinho, de perna torta Que me seguiu num domingo De volta de umas carreira Eu andava abichornado Bebendo mais que o costume Essas coisa de rabicho, de ciúme Vocês me entendem? Ele entendeu Passei o dia bebendo E ele ali no costado Me olhando de atravessado Esperando por comida Nesse tempo era magrinho Que aparecia as costela Depois pegou mais estado Mas nunca foi de engordar Quando veio meu guisado Dei quase tudo pra ele Um pouco, por pena dele E outro, que nesse dia Só bebida eu engolia Por causa dos pensamento Já pela entrada do Sol Ainda pensando na moça E nas miséria da vida Toquei de volta pras casa E vi que o cusco magrinho Vinha troteando pertinho Com um jeito encabulado Volta pra casa, guaipeca Ralhei e ralhei com ele Parava um pouco, fugia Farejava qualquer coisa Depois voltava prá mim O capataz não gostou Na estância só tinha galgo Mas o guaipeca ficou Botei-lhe o nome de sorro As crianças, de brinquinho Mas o nome que pegou Foi de guaipeca amarelo Mas nome não é o que importa Bicho não tem alma, eu sei bem Mas será que vivente tem? Ficou seis anos na estância Lidava com gado e ovelha Sempre atento e voluntário Se um boi ganhava no mato O guaipeca só voltava Depois de tirar pra fora E nunca mordeu ninguém Nem as índia da cozinha Que inticava com ele Nem ovelha, nem galinha Nem quero-quero, avestruz Com lagarto, era o primeiro E mesmo pequininho Corria mais do que um pardo E tudo ia tão bem Até que um dia azarado O patrãozinho noivou E trouxe a noiva pra estância Era no mês de janeiro Os patrão tava na praia E veio um mundo de gente Tudo em roupa diferente Até colar, homem usava E as moça meio pelada Sem ser na hora do banho Imagino lá no arroio O retoço da moçada Mas bueno, sou do outro tempo Das trança e saia rodada E até aí não tem nada Que a gente respeita os branco Olha e finge que não ver O pior foi o meu cusco Que não entendeu, por bicho A distância que separa Um guaipeca de peão Da cachorrinha mimosa Da noiva do meu patrão Era quase de brinquedo A cachorrinha da moça Baixinha, reboladera Pêlo comprido e tratado Andava só na coleira E tinha medo de tudo Por qualquer coisa acoava Meu cusco perdeu o entono Quando viu a cachorrinha E lhes juro que a bichinha Também gostou do meu baio Mas namoro, só de longe Que a cusca era mais cuidada Que touro de exposição Mas numa noite de lua Foi mais forte a natureza A cadela tava alçada E o guaipeca atrás dela Entrou por uma janela E foi uma gritaria Quando encontraram os dois Achei graça na aventura Até que chegou o mocito O filho do meu patrão E disse pra o Vitalício Que tinha fama de ruim Benefecia o guaipeca Pra que respeite as família Parecia até uma filha Que o cusco tinha abusado Perdão, lhe disse, o coitado Não entende dessas coisa Deixe que eu leve pra o posto Do fundo, com meu compadre Depois que passar o verão Capa o cusco, Vitalício E tu, pega os teus pertence E vai buscar o teu cavalo Me deu uma raiva por dentro De ser assim despachado Por um piazito mijado E ainda usando colar Mas prometi aqui pra dentro Mesmo filho do patrão No meu cusco ninguém toca Pego ele, vou me embora E acabou-se a função Que diacho, eu gostava do meu cusco Bicho não tem alma, eu sei bem Mas será que vivente tem? Campiei ele nos galpão Nos brete, pelas mangueira E nada do desgraçado No fim, já meio cansado Peguei o ruano velho E fui buscar o meu cavalo Com o tordilho por diante Vinha pensando na vida Posso entrar numa comparsa Mesmo no fim das esquila Depois ajeito os apero E busco colocação Nem que seja de caseiro Se não me ajustam de peão E levo o cusco comigo Pois foi o único amigo Que nunca negou a mão Nisso, ouvi a gritaria E os ganido do meu cusco Que era um grito de susto De medo, um grito de horror Toquei a espora no ruano Mas era tarde demais Tinham feito a judiaria E o pobrezinho sangrava Sangrava de fazer poça E já chorava baixinho Peguei o cusco no colo E apertei o coração O sangue tava fugindo Não tinha mais esperança O cusco foi se finando E os meus olho chorando Chorando que nem criança Que diacho, eu gostava do meu cusco Bicho não tem alma, eu sei bem Mas será que vivente tem? Nessa hora desgraçada O tal mocito voltou Pra saber pelo serviço Botei o cusco no chão Passei a mão no facão E dei uns grito com ele Com ele e com o Vitalício Ele puxô do revólver Mas tava perto demais Antes que a bala saisse Cortei ele pra matar Foi assim, bem direitinho Eu não tô aqui prá menti É verdade que eu fugi Mas depois me apresentei Me julgaram e condenaram Mas o pior que assassino Foi dizerem que o motivo Era pouco pra o que fiz Que diacho, eu gostava do meu cusco Bicho não tem alma, eu sei bem Mas será que vivente tem?
Que diacho! Eu gostava do meu cusco.. Entendo. Envelheci entendendo. Bicho não tem alma, eu sei bem, mas será que vivente tem? Que diacho! Eu gostava do meu cusco. Era uma guaipeca amarelo, baixinho, de perna torta, que me seguiu num domingo, de volta de umas carreira. Eu andava abichornado, bebendo mais que o costume, essas coisa de rabicho, de ciúme, vocês me entendem? Ele entendeu. Passei o dia bebendo e ele ali no costado me olhando de atravessado, esperando por comida. Nesse tempo era magrinho que aparecia as costela. Depois pegou mais estado mas nunca foi de engordá. Quando veio meu guisado, dei quase tudo prá ele. Um pouco, por pena dele, e outro, que nesse dia, só bebida eu engolia por causa dos pensamento. Já pela entrada do sol, ainda pensando na moça e nas miséria da vida, toquei de volta prás casa e vi que o cusco magrinho vinha troteando pertinho, com um jeito encabulado Volta prá casa, guaipeca! Ralhei e ralhei com ele. Parava um pouco, fugia, farejava qualquer coisa, depois voltava prá mim. O capataz não gostou, na estância só tinha galgo, mas o guaipeca ficou. Botei-lhe o nome de sorro, as crianças, de brinquinho, mas o nome que pegou foi de guaipeca amarelo. Mas nome não é o que importa. Bicho não tem alma, eu sei bem. Mas será que vivente tem? Ficou seis anos na estância. Lidava com gado e ovelha sempre atento e voluntário. Se um boi ganhava no mato, o guaipeca só voltava depois de tirá prá fora. E nunca mordeu ninguém! Nem as índia da cozinha que inticava com ele. Nem ovelha, nem galinha, nem quero-quero, avestruz. Com lagarto, era o primeiro e mesmo pequininho corria mais do que um pardo. E tudo ia tão bem... Até que um dia azarado o patrãozinho noivou e trouxe a noiva prá estância. Era no mês de janeiro, os patrão tava na praia, e veio um mundo de gente, tudo em roupa diferente, até colar, home usava, e as moça meio pelada, sem sê na hora do banho, imagino lá no arroio, o retoço da moçada. Mas bueno, sou d'outro tempo, das trança e saia rodada, até aí não tem nada, que a gente respeita os branco, olha e finge que não vê. O pior foi o meu cusco, que não entendeu, por bicho, a distância que separa um guaipeca de peão da cachorrinha mimosa da noiva do meu patrão. Era quase de brinquedo a cachorrinha da moça. Baixinha, reboladera, pêlo comprido e tratado, andava só na coleira e tinha medo de tudo, por qualquer coisa acoava. Meu cusco perdeu o entono quando viu a cachorrinha. E lhes juro que a bichinha também gostou do meu baio. Mas namoro, só de longe que a cusca era mais cuidada que touro de exposição. Mas numa noite de lua, foi mais forte a natureza. A cadela tava alçada e o guaipeca atrás dela entrou por uma janela e foi uma gritaria quando encontraram os dois. Achei graça na aventura, até que chegou o mocito, o filho do meu patrão, e disse prá o Vitalício que tinha fama de ruim: Benefecia o guaipeca prá que respeite as família! Parecia até uma filha que o cusco tinha abusado. Perdão, lhe disse, o coitado não entende dessas coisa. Deixe qu'eu leve prá o posto do fundo, com meu compadre, depois que passá o verão. Capa o cusco, Vitalício! E tu, pega os teus pertence e vai buscá o teu cavalo. Me deu uma raiva por dentro de sê assim despachado por um piazito mijado e ainda usando colar. Mas prometi aqui prá dentro: mesmo filho do patrão, no meu cusco ninguém toca. Pego ele, vou m'embora e acabou-se a função. Que diacho! Eu gostava do meu cusco. Bicho não tem alma, eu sei bem. Mas será que vivente tem? Campiei ele no galpão, nos brete, pelas mangueira e nada do desgraçado. No fim, já meio cansado, peguei o ruano velho e fui buscá o meu cavalo. Com o tordilho por diante, vinha pensando na vida. Posso entrá numa comparsa, mesmo no fim das esquila. Depois ajeito os apero e busco colocação, nem que seja de caseiro, se nã me ajustam de peão. E levo o cusco comigo pois foi o único amigo que nunca negou a mão. Nisso, ouvi a gritaria e os ganido do meu cusco que era um grito de susto, de medo, um grito de horror. Toquei a espora no ruano mas era tarde demais. Tinham feito a judiaria e o pobrezinho sangrava, sangrava de fazê poça e já chorava fraquinho. Peguei o cusco no colo e apertei o coração. O sangue tava fugindo, não tinha mais esperança. O cusco foi se finando e os meus olho chorando, chorando que nem criança. Que diacho! Eu gostava do meu cusco. Bicho não tem alma, eu sei bem. Mas será que vivente tem? Nessa hora desgraçada o tal mocito voltou prá sabê pelo serviço. Botei o cusco no chão, passei a mão no facão e dei uns grito com ele, com ele e com o Vitalício! Ele puxô do revólver mas tava perto demais. Antes que a bala saísse, cortei ele prá matá. Foi assim, bem direitinho. Eu não tô aqui prá menti. É verdade qu'eu fugi mas depois me apresentei. Me julgaram e condenaram mas o pior que assassino, foi dizerem que o motivo era pouco prá o que fiz... Que diacho! Eu gostava do meu cusco. Bicho não tem alma, eu sei bem. Mas será que vivente tem?
Eu choro toda vez q eu escuto e se eu ouvir o dia todo não paro de chora por q sempre fui peão solito no mundo vagando por aqui por lá e assim vou vivendo....
Eu chorei muito ao escutar à triste história do teu 😂lin😊LINDO CUSCO AMARELO! POIS EU TAMBÉM 33 TAMBÉM TMK TENHO UMA LINDA, CU LINDA CUSCA, SÓ QUE, A MINHA CUSCA, DEI O NOME DE CUCA! POIS AQUI É AQUI É A TERRA DAS CUCAS, POR ISSO A MINHA CUSCA DEI, O NOME DE CUCA! 😅
Eu, também ch😂chorei, ao escutar à sua triste😢 😮história do teu lindo CUSCO AMARELO, POIS EU TAMBÉM TENHO UMA LINDA CUSCA, À QUAL MINHA FILHA À ADOTOU DO CANIL AQUI DE SANTA CRUZ DO SUL, À QUAL EU BATIZEI COM O NOME DE CUCA, POIS, AQUI É CIDADE DAS CUCAS! VENHAM VISITAR ESTA CIDADE, POIS EXISTEM MUITOS LOCAIS PARA QUE 😊😊VOCÊS, POSSAM PASSEAR E, TAMBÉM VISITAR OS VÁRIOS PONTOS TURÍSTICOS, OS QUAIS A CIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL, POSSUÍMOS PARA QUE, VOCÊS POSSAM VISITAR TUDO O QUE, A CIDADE POSSUI, PARA LHES OFERECER! OK?❤❤❤😂😂❤❤❤❤❤❤❤
lembro do meu cusco bagual Snoopy meu cãozinho onde eu ia ele ia onde eu tava ali ele estava quando eu chegava ele ouvia minha voz ficava todo feliz hoje ele nao vive entre nos só a lembrança nos uni pois eu nunca vou esquece lo mas que diacho era o meu cusco.
Boa noite tinha uma poesia de odilom ramos muito linda escutava pelo menos duas vezes na semana e agora suimiu ate do histórico chamava mãe gaucha se alguem conhece comenta
Bicho não tem alma eu sei bem,mas sera que vivente tem?😢 Na igreja que participo a qual adoramos o altissimo YAUH sabemos que bicho tem alma,não tem espírito mas alma tem. Porém o unico que parece nao ter alma é o homem(vivente)😕